🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Ainda o país da renda fixa

Investidor prefere renda fixa no 1º trimestre mesmo com juros mais baixos – e títulos isentos como LCI, LCA, CRI e CRA foram as estrelas

Crescimento do volume alocado em títulos de renda fixa isenta se destacou ante o desempenho de ações e fundos mais arriscados; poupança perdeu participação no volume investido pela pessoa física

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
21 de maio de 2024
18:14 - atualizado às 17:27
Leão do Imposto de Renda dormindo
Leão do Imposto de Renda. - Imagem: Debbie Steinhausser/Shutterstock

Mesmo com a Selic em queda e as mudanças nas regras de títulos isentos como LCI, LCA, CRI e CRA, o investidor pessoa física brasileiro continuou preferindo a renda fixa no primeiro trimestre deste ano, como atesta o crescimento do volume alocado nesses ativos no período.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o volume investido por pessoas físicas em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) cresceu 19,9% no primeiro trimestre, para R$ 111,3 bilhões, enquanto o valor alocado em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) subiu 17,5%, para R$ 73,4 bilhões.

Já a alocação em Letras de Crédito Imobiliário (LCI) aumentou 15,7%, somando R$ 330,5 bilhões ao final do trimestre, e o volume investido em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) cresceu 5,2%, para R$ 435,4 bilhões.

Ainda entre os instrumentos isentos, as debêntures incentivadas viram crescimento de 9,1% no trimestre, para R$ R$ 71,7 bilhões, e as debêntures tradicionais (sem isenção) cresceram 15,4%, para R$ 40,4 bilhões.

Os tradicionais e populares Certificados de Depósito Bancário (CDBs) cresceram 7,2% em volume, para R$ 923,5 bilhões ao final do primeiro trimestre, enquanto os títulos públicos viram alta de 10,2%, para R$ 162,6 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O crescimento dos volumes alocados em ativos de mais risco, por sua vez, não teve o mesmo brilho. Os investimentos em ações cresceram apenas 2,2%, para R$ 712,1 bilhões, no primeiro trimestre.

Leia Também

Entre os fundos de investimento mais arriscados, os multimercados e os de ações ficaram com volume praticamente estável no período. Os primeiros viram o volume crescer apenas 0,8%, para R$ 633,7 bilhões, e os acionários viram recuo de 0,6% no volume, somando R$ 246,2 bilhões.

Na renda variável, o crescimento mais significativo se deu entre os fundos imobiliários (alta de 16,9%, para R$ 106,1 bilhões) e os Fundos de Investimento em Participações (FIPs) (alta de 19,9%, para R$ 32,9 bilhões). Já os fundos de renda fixa viram crescimento de 13,3%, para R$ 645,2 bilhões.

Desempenho das ações no primeiro trimestre desanimou

O crescimento modesto do volume alocado em ativos de risco por pessoas físicas no primeiro trimestre pode ser atribuído ao fato de que, após um fim de ano de otimismo em relação à bolsa, o humor do mercado mudou no início de 2024, à medida que dados de atividade e inflação nos Estados Unidos vinham mostrando uma economia mais aquecida do que o esperado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Assim, os juros futuros subiram no Brasil e no exterior conforme o mercado ia jogando para frente a previsão de início nos cortes nas taxas de juros americanas, ainda que aqui a Selic tenha mantido seu ritmo de queda, recuando 1 ponto percentual no primeiro tri, de 11,75% para 10,75% ao ano.

Com isso, o Ibovespa fechou o período em baixa de 4,53%. Ao mesmo tempo, embora os títulos de renda fixa prefixados e indexados à inflação tenham seus preços negativamente impactados pelo aumento dos juros futuros, suas taxas ficaram ainda mais gordas e atrativas.

Assim, por um lado a Selic mais baixa reduziu o retorno das aplicações pós-fixadas (que pagam um percentual da Selic ou do CDI), mas ainda se mantinha nos dois dígitos, um patamar elevado; por outro, a alta dos juros futuros elevou as taxas prometidas pelas aplicações prefixadas e indexadas à inflação, atraindo o investidor.

Como exceção na renda variável, os fundos imobiliários tiveram um bom desempenho no primeiro trimestre, com o principal índice do setor, o IFIX, fechando em alta de quase 3%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O setor viu um ressurgimento dos fundos de tijolo (que investem em imóveis) com as perspectivas de mais cortes na Selic, ao mesmo tempo que também conseguiu se expor aos maiores retornos da renda fixa atrelada ao mercado imobiliário (CRIs e LCIs).

Mudança em CRI, CRA, LCI e LCA agitou o mercado

Para além dos fatores macroeconômicos, mudanças nas regras de CRI, CRA, LCI e LCA implementadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em fevereiro acabou, contraintuitivamente, atraindo o investidor ainda mais para os ativos isentos.

O governo resolveu restringir os tipos de emissores e garantias de CRIs e CRAs, o que, ao menos num primeiro momento, reduziu a oferta desse tipo de papel e, consequentemente, acabou impulsionando seus preços.

Já no caso das LCIs e LCAs, os prazos de carência, durante os quais não é possível pedir resgate, subiram de três meses para 12 e 9 meses, respectivamente. Mas nem por isso o investidor deixou de demandar esse tipo de papel.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As mudanças em CRI, CRA, LCI e LCA acabaram afetando também o mercado de debêntures incentivadas. Embora não tenham sofrido mudanças de regras, esses títulos de dívida isentos de IR tornaram-se uma segunda opção para os investidores, o que também contribuiu para a alta nos seus preços.

Quanto às debêntures tradicionais e não isentas, a Anbima observa que o aumento no volume alocado no primeiro trimestre se deveu principalmente ao investidor de varejo, que ampliou a aplicação em 44,8%. No segmento private, o produto registrou na verdade um recuo de 1,9%.

“As mudanças nas regras para a emissão dos isentos favoreceram a busca dos investidores, especialmente os de varejo, pelas debêntures. No private, esse movimento não aconteceu em função da maior diversificação da carteira”, explicou Ademir A. Correa Júnior, presidente do Fórum de Distribuição da Anbima, em nota.

Poupança perdeu participação na carteira do investidor pessoa física

O investimento total das pessoas físicas no Brasil cresceu 6,1% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao último trimestre de 2023, totalizando R$ 6,8 trilhões, segundo a Anbima.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os clientes de private banking, mais endinheirados, aumentaram seu volume investido em 7,4% no período, para R$ 2,2 trilhões, enquanto o varejo somou R$ 4,6 trilhões, alta de 5,5% na comparação trimestral.

A maior parte da carteira (45,3% ou R$ 3,1 trilhões) esteve alocada em títulos e valores mobiliários, uma alta de 7,4% em relação ao fechamento de 2023.

Em seguida, vieram os fundos de investimento, que compõem 24,9% do volume total investido, ou R$ 1,7 trilhão, uma alta de 6,4% no trimestre.

Com uma fatia de 16% do volume investido (R$ 1,1 trilhão), a previdência privada avançou 7,6% no período.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já a caderneta de poupança, aplicação financeira mais popular do país, perdeu espaço. O volume alocado em poupança, que em dezembro respondia por 14,5% do volume dos investimentos das pessoas físicas, no fim de março correspondia a 13,6% do valor investido, totalizando R$ 917,5 bilhões.

“A conjuntura econômica do primeiro trimestre, com queda na inflação e na taxa de juros, contribuiu para aumentar a confiança do investidor que, além de ampliar o volume aplicado, diversificou mais a carteira”, afirmou Correa Júnior, na nota.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
OPORTUNIDADE

Banco do Brasil (BBAS3) oferece até 70% de desconto na compra de imóveis em todo o país

4 de novembro de 2025 - 15:46

A nova campanha reúne mais de 150 imóveis urbanos disponíveis para leilão e venda direta, com condições especiais até 15 de dezembro

Imóvel à venda

Curiosos ou compradores? Mansão de Robinho, à venda por R$ 11 milhões, ‘viraliza’ em site de imobiliária; confira a cobertura

4 de novembro de 2025 - 14:32

No mercado há pelo menos seis meses, o imóvel é negociado por um valor acima da média, mas tem um motivo

DESCONTO MISTERIOSO?

Este banco pode devolver R$ 7 milhões a 100 mil aposentados por erros no empréstimo consignado do INSS

4 de novembro de 2025 - 14:01

Depois de identificar falhas e cobranças irregulares em operações de consignado, o INSS apertou o cerco contra as instituições financeiras; entenda

ENERGIA MAIS CARA

A decisão da Aneel que vai manter sua conta de luz mais cara em novembro

4 de novembro de 2025 - 11:04

Com o nível dos reservatórios das hidrelétricas abaixo da média, a Aneel decidiu manter o custo extra de R$ 4,46 por 100 kWh, mas pequenas mudanças de hábito podem aliviar o impacto no bolso

INJEÇÃO BILIONÁRIA

Cosan (CSAN3) levanta R$ 9 bilhões em 1ª oferta de ações e já tem nova emissão no radar

4 de novembro de 2025 - 10:05

Em paralelo, a companhia anunciou que fará uma segunda oferta de ações, com potencial de captar até R$ 1,44 bilhão

BOLA DIVIDIDA

Lotofácil 3529 tem 16 ganhadores, mas só um deles fica mais perto do primeiro milhão

4 de novembro de 2025 - 6:25

A Lotofácil tem sorteios diários e volta à cena nesta terça-feira (4) com um prêmio maior do que de costume. Isso porque o sorteio de hoje tem final zero, para o qual é feita uma reserva especial.

Um vira-lata no espaço

Laika vai para o espaço: a verdadeira história da ‘astronauta caramelo’

3 de novembro de 2025 - 17:06

Há exatos 68 anos, a cadela Laika fazia história ao ser o primeiro ser vivo a deixar a órbita do planeta Terra rumo ao espaço

NOME LIMPO

Serasa inicia o Feirão Limpa Nome 2025 com descontos de até 99% e dívidas parceladas por menos de R$ 10

3 de novembro de 2025 - 17:00

Mutirão do Serasa reúne mais de 1.600 empresas e oferece condições especiais para quem quer encerrar o ano com o nome limpo

DESVALORIZOU!

Convocação da seleção brasileira: última lista de Ancelotti em 2025 derruba valor da equipe canarinho

3 de novembro de 2025 - 15:57

A última convocação da seleção brasileira de Ancelotti em 2025 trouxe novidades como Luciano Juba e Vitor Roque, mas fez o valor de mercado da equipe cair

ÚLTIMA DE 2025

Convocação da Seleção Brasileira: veja onde assistir ao vivo à última lista de Ancelotti em 2025

3 de novembro de 2025 - 13:56

A última convocação de Carlo Ancelotti à frente da Seleção Brasileira acontece nesta segunda (3); veja o horário e onde assistir ao anúncio ao vivo

COMBATE AO CRIME

Receita coloca organizações criminosas na mira e passará a exigir o CPF de todos os cotistas de fundos de investimentos; entenda o que você precisa fazer

3 de novembro de 2025 - 10:29

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a iniciativa foi inspirada na Operação Carbono Oculto, que investiga suspeitas de lavagem de dinheiro do PCC por meio de fundos de investimento

MAIS TEMPO PARA APOSTAR

Sorteios das Loterias Caixa têm novo horário a partir de hoje (3); veja como ficam os sorteios da Mega-Sena e outros jogos

3 de novembro de 2025 - 10:02

Mudança em horário de sorteio das loterias começa a valer nesta segunda-feira (3); prazos para apostas também foram atualizados

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Maré baixa para fundos de infraestrutura isentos de IR, dados de PMI, e o que mais o investidor precisa saber hoje

3 de novembro de 2025 - 7:50

Rentabilidade das debêntures incentivadas, isentas de IR, caiu levemente mês passado, mas gestores se preocupam com ondas de resgates antecipados; investidores também estão de olho em dados econômicos internacionais e na fala de dirigente do Fed

ANOTE NO CALENDÁRIO

Decisão do Copom, balanço da Petrobras (PETR4) e mudança de horário das bolsas — confira a agenda econômica da semana

3 de novembro de 2025 - 7:02

A temporada de resultados pega fogo aqui e lá fora, enquanto a política monetária também dá o tom dos mercados no exterior, com decisão na Inglaterra, discursos do BCE e ata do BoJ

NOVO HORÁRIO NA B3

Horário de verão na bolsa? B3 vai funcionar por uma hora a mais a partir desta segunda-feira (3); entenda a mudança

2 de novembro de 2025 - 15:24

A Bolsa de Valores brasileira ajusta o pregão para manter sincronia com os mercados de Nova York, Londres e Frankfurt. Veja o novo horário completo

CARRO-CHEFE ENGUIÇADO

Mega-Sena começa novembro encalhada e prêmio acumulado já passa dos R$ 40 milhões

2 de novembro de 2025 - 10:37

Se a Lotofácil e a Quina entraram em novembro com o pé direito, o mesmo não pode ser dito sobre a Mega-Sena, que acumulou pelo terceiro sorteio seguido

ENTRE A TEIMOSIA E A COLETIVIDADE

Quina desencanta e faz 19 milionários de uma vez só, mas um deles vai ficar bem mais rico que os outros

2 de novembro de 2025 - 8:46

Depois de acumular por 14 sorteios seguidos, a Quina pagou o maior prêmio das loterias sorteadas pela Caixa na noite de sábado, 1º de novembro

BILHETE PREMIADO

Lotofácil entra em novembro com o pé direito a faz um novo milionário no Nordeste

2 de novembro de 2025 - 8:11

Ganhador ou ganhadora Lotofácil 3528 poderá sacar o prêmio a partir de amanhã, quando vai mudar o horário dos sorteios das loterias da Caixa

CONSTRUÍDO DO ZERO

De hacker a bilionário: o único não herdeiro na lista de ricaços brasileiro antes dos 30 da Forbes construiu seu patrimônio do zero

1 de novembro de 2025 - 14:31

Aos 28 anos, Pedro Franceschi é o único bilionário brasileiro abaixo dos 30 que construiu sua fortuna do zero — e transformou linhas de código em um império avaliado em bilhões

O MAIOR PRÊMIO DA HISTÓRIA

Caixa abre apostas para a Mega da Virada 2025 — e não estranhe se o prêmio chegar a R$ 1 bilhão

1 de novembro de 2025 - 11:27

Premiação histórica da Mega da Virada 2025 é estimada inicialmente em R$ 850 milhões, mas pode se aproximar de R$ 1 bilhão com mudanças nas regras e aumento na arrecadação

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar