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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

ATA DO COPOM

Uma ata dura como a decisão: Copom continua desconfortável com inflação desancorada e revisa juro neutro para cima diante de riscos materializados

Economistas de mercado consideram que a ata da última reunião foi tão dura quanto o comunicado que acompanhou a alta dos juros a 12,25% ao ano

Ricardo Gozzi
17 de dezembro de 2024
13:19
roberto campos neto e gabriel galípolo, banco central, bc
Reunião do Copom foi a última antes da substituição de Roberto Campos Neto por Gabriel Galípolo. Imagem: Agência Brasil/Canva - Montagem: Maria Eduarda Nogueira

O comunicado duro que acompanhou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de elevar a taxa de juros a 12,25% refletiu-se na ata da reunião.

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O Copom divulgou na manhã desta terça-feira (17) uma ata considerada dura por economistas de mercado.

No documento, o Copom confirma que a decisão de elevar a taxa Selic em um ponto porcentual não foi a única unanimidade entre os diretores do BC.

Os integrantes do colegiado também foram unânimes quanto à retomada do forward guidance, bem como quanto a sua magnitude.

Na reunião da semana passada, o BC já antecipou que, se não houver nenhuma mudança significativa no cenário, elevará a taxa de juros em um ponto porcentual em cada uma das duas próximas reuniões — as primeiras com Gabriel Galípolo como sucessor de Roberto Campos Neto na condição de presidente da autarquia.

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Copom vê riscos materializados

Hoje, na ata, o Copom informou que a magnitude da deterioração de curto e médio prazos do cenário de inflação exigia uma postura mais tempestiva para manter o firme compromisso de convergência da inflação à meta. Esse mesmo “compromisso” ditará a extensão total do ciclo de alta da taxa Selic.

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Os diretores do BC também debateram que os "vários riscos se materializaram". Isso tornou o cenário mais adverso, mas menos incerto, permitindo maior visibilidade para que o Copom antecipasse as próximas decisões.

Além disso, a desancoragem das expectativas de inflação é um "fator de desconforto comum" a todos os integrantes do Copom e “precisa ser combatida”.

Segundo o documento, a percepção dos agentes econômicos sobre o pacote de ajuste fiscal do governo afetou "de forma relevante" os preços de ativos e expectativas.

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Diante disso, as expectativas de inflação subiram em todos os prazos, indicando um processo de desancoragem adicional, diz o Copom.

"Concluiu-se que os determinantes de prazo mais curto, como a taxa de câmbio e a inflação corrente, e os determinantes de médio prazo, como o hiato do produto e as expectativas de inflação, se deterioraram de forma relevante", avaliaram os membros da cúpula do BC na última reunião.

Copom vê juro neutro sob pressão

Na ata, o Copom reforça a visão de que o esmorecimento no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal, o aumento do crédito direcionado e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia.

“O descompasso entre a política fiscal expansionista e a política monetária contracionista tem criado um cenário de maior risco macroeconômico, refletido na desancoragem das expectativas inflacionárias e na deterioração da taxa de câmbio”, afirma André Muller, estrategista-chefe da AZ Quest.

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Para Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter, a principal preocupação do Copom está na combinação da dinâmica atual da inflação e na desancoragem das expectativas.

“Apesar do elevado patamar dos juros, já em território contracionista, o crescimento da economia continua surpreendendo e a inflação de serviços segue alta”, disse ela.

Juro real ainda mais alto

A economista-chefe do Inter disse ainda que a elevação dos preços dos alimentos e a desvalorização cambial adicionam risco ao cenário de inflação futura traçado pelo Copom.

Somado à piora nas expectativas, ela considera que isso justifica a alta dos juros e a sinalização de novas elevações nas próximas reuniões.

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“Caminhamos para uma taxa de juros real ainda mais restritiva, que pode chegar próxima de 10%, e ainda assim sem visibilidade de convergência da inflação para a meta”, afirmou Rafaela Vitória.

Na avaliação da economista, está claro que o processo de desinflação somente será concluído com a retomada da credibilidade no ajuste fiscal. “Até lá, iremos arcar com um elevado custo da política monetária e um efeito reduzido.”

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