Campos Neto diz o que pensa sobre os juros e seu sucessor: “vai passar pelo que eu passei” — e manda recado para Lula
RCN participou na noite desta quinta-feira (29) do CNN Talks e gastou o verbo para falar sobre pressão no BC, Bolsonaro e a questão fiscal brasileira — ele ainda deu uma pista sobre o que pode acontecer com a Selic daqui para frente
Há quatro meses do fim do mandato, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, se comprometeu nesta semana publicamente com uma transição suave. E, na noite desta quinta-feira (29), foi direto ao avisar o seu sucessor, Gabriel Galípolo, sobre o que o espera.
Campos Neto disse que Galípolo vai sofrer pressão porque nenhum dirigente passa por calmaria no comando do BC e que isso ele aprendeu com seu antecessor, Ilan Goldfajn.
“Não tem calmaria no Banco Central e Galípolo vai passar pelo que passei”, disse Campos Neto ao participar do painel “Os Caminhos para o Crescimento: Estratégias para o Brasil”, no evento CNN Talks.
Desde que Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo, Campos Neto vem sendo alvo de pressão do presidente e de ministros para que os juros caíam para um dígito no Brasil.
Atualmente, a Selic está em 10,50% ao ano e o mercado já trabalha com a perspectiva de aumento da taxa na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para 18 de setembro.
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Campos Neto: é tirar o BC da polarização
A pressão, no entanto, não é de todo mal, segundo Campos Neto. Ao reforçar que ela faz parte do cotidiano de um presidente de banco central, RCN disse que tem uma dimensão positiva desta pressão, porque é nela que se aprende também.
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“O importante é a gente entender que a institucionalidade está melhorando. A gente precisa tirar o Banco Central dessa polarização", afirmou.
"Eu sempre digo que eu espero que o nosso sucessor não seja julgado nem pela camisa, nem pelo jantar, nem pelo evento que participou, e sim pelas decisões técnicas que tomou”, acrescentou Campos Neto.
Ele se referia às críticas que recebeu por ter votado com a camisa da Seleção Brasileira, associada a seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro, e por ter ido a jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, no Palácio dos Bandeirantes.
Apesar do alerta de pressão feito a Galípolo, Campos Neto acredita que o governo vai ser mais colaborativo com seu sucessor.
“É importante entender que isso faz parte da história do BC daqui pra frente, de conviver, em alguns casos, com um executivo que não foi aquele que o indicou”, disse.
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Campos Neto dá pistas sobre os juros e manda recado para Lula
O presidente do BC voltou a afirmar que os juros neutros — aqueles que não provocam o superaquecimento ou o esfriamento da economia — são mais altos no Brasil e deu uma pista sobre o que pode acontecer com a Selic daqui para frente.
“Os juros neutros brasileiros são mais altos. A questão é em quanto está o nosso juro em relação ao neutro — que é o que chamamos de juros monetários, que é a medida de quão apertada está a política monetária. Nesse quesito, o Brasil está na média da América Latina”, afirmou.
Mas foi quando falou da inflação que Campos Neto deu uma pista do que pode acontecer com a Selic.
“O último número de inflação no Brasil teve um aspecto qualitativo melhor, mas precisamos de convergência adicional. A expectativa de inflação desancorou bastante”, afirmou ele, acrescentando que “a harmonia de âncoras fiscal e monetária é muito importante no caso brasileiro”.
Campos Neto lembrou que a questão fiscal do Brasil tem influenciado as expectativas de inflação e a curva de juros e, embora tenha reconhecido o esforço do governo para equilibrar a contas, mandou um recado para Lula:
“O governo tem feito um esforço e reconhecemos esse esforço. Houve um movimento grande de aumento de receita, mas as receitas ainda continuam subindo menos que as despesas”.
O presidente do BC destacou ainda o desempenho resiliente da economia brasileira e disse que, apesar de revisões levemente para baixo no mercado das expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2025, todos indicadores de economia seguem fortes na ponta.
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