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Maria Eduarda Nogueira

Maria Eduarda Nogueira

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital na ESPM. Já trabalhou com comunicação institucional e jornalismo de viagens. Atualmente, é repórter de lifestyle do Seu Dinheiro. Está sempre disponível para falar sobre inovação, livros e cultura pop.

DESAFIOS NO SETOR FASHION

2025 será o ano de ‘acerto de contas’ para o mercado de moda: veja o que as marcas precisarão fazer para sobreviver ao próximo ano

Estudo do Business of Fashion com a McKinsey mostra desafios e oportunidades para a indústria fashion no ano que vem

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Imagem: BoF + McKinsey/Divulgação

A indústria da moda tem um 2025 tumultuado pela frente. Em um cenário econômico cheio de incertezas e consumidores mais sensíveis aos preços, com padrões de compra em plena transformação, o mercado verá uma mudança significativa nos drivers de crescimento. Quem aponta essa tendência é o relatório mais recente do Business of Fashion (BoF) com a consultoria McKinsey: o The State of Fashion 2025

Segundo o estudo, 2025 será um ano de “acerto de contas” para o mercado de moda. E quem vai continuar nas passarelas serão aquelas marcas que conseguirem se adaptar rapidamente para atender às novas demandas dos clientes e sobreviver em um ambiente de negócios cada vez mais caótico.

Mais do que isso, as marcas vão precisar provar que têm valor para conquistar a carteira dos consumidores, que estão cada vez mais seletivos, após um período de alta inflacionária. 

Nesse contexto, o boom de cópias mais baratas de produtos célebres (chamadas “dupes”) também acrescenta um desafio para as empresas fashion. 

Vale lembrar que 2024 já tem sido um ano “atípico”. Com exceção do período da pandemia, esta é a primeira vez desde 2010 que o segmento de luxo vai crescer menos do que o não luxo. 

A crise econômica da China é uma das principais “culpadas” por essa desaceleração, como o Seu Dinheiro explicou nesta matéria aqui

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Na análise do BoF + McKinsey, isso também levará a uma mudança na estratégia das marcas, que devem explorar outros mercados asiáticos, com destaque para Japão, Coreia do Sul e Índia. 

Para o ano que vem, as expectativas dos executivos não são muito melhores: apenas 20% esperam ver uma melhora do “humor” dos consumidores; ao passo que 39% preveem uma piora nas condições da indústria. 

“Ainda há crescimento a ser encontrado, mas aproveitá-lo exigirá navegar por um labirinto de desafios”, diz o estudo. Para o ano que vem, o estudo prevê um crescimento na casa de um dígito baixo para o setor fashion. 

Líderes do mercado de moda sabem que vão precisar inovar para continuar relevantes

O que fica de lição do estudo feito pelo BoF e pela McKinsey é que o mercado de moda precisa de renovação

Nas palavras do relatório, o antigo “manual de negócios” se tornou obsoleto e a indústria vai precisar de uma nova fórmula para se diferenciar e crescer. 

“Líderes que agirem rapidamente para identificar oportunidades, sejam elas geográficas, demográficas ou tecnológicas, estarão prontos para o sucesso, mas somente se forem capazes de evoluir”, diz. 

Os executivos da indústria consultados pelo The State of Fashion parecem já ter consciência dessa “condição” e elencaram a diferenciação como prioridade para a continuidade dos negócios – seja através de novos designs, experiências do cliente ou novos nichos de mercado. 

Quanto às preocupações, os players citaram o sentimento dos consumidores como o ponto mais crítico: sete entre cada 10 entrevistados têm medo que os clientes tenham um padrão de consumo “morno” em 2025. 

Para fins de comparação, em 2023, o “terror” era a inflação; neste ano, foi a instabilidade geopolítica. 

O que os consumidores de moda realmente querem para 2025?

Por mais paradoxal que pareça, o público quer menos opções na hora de comprar. Ou melhor dizendo: ele quer melhor direcionamento na hora da busca. 

  • De acordo com a pesquisa, 74% dos consumidores desistem de comprar on-line por causa do volume de escolhas disponíveis. Além disso, 80% relataram que a insatisfação com a busca é uma barreira para a compra. 

Diante desse cenário, as marcas já estão olhando para soluções de curadoria com inteligência artificial para inaugurar uma nova era de descoberta de produtos. 

Ainda sobre a experiência de compra, as lojas físicas também precisam se adaptar ao novo cenário da indústria, já que, segundo o The State of Fashion, “diferenciar a experiência na loja física é fundamental para reacender a demanda por compras presenciais.”

A fim de atingir esse objetivo, os vendedores, que são fundamentais para criar uma conexão com o cliente, devem receber mais treinamentos e capacitações. O resultado pode influenciar diretamente nas finanças, já que 75% dos clientes assumiram estar propensos a gastar mais, caso tenham recebido um atendimento de alto nível

Esta métrica torna-se ainda mais relevante em um contexto no qual os consumidores têm sido cada vez mais conquistados por outlets, peças promocionais e cópias mais baratas, como mostram os dados:

  • Mais de 70% dos respondentes disseram que planejam comprar em outlets nos próximos 12 meses, mesmo se tiverem mais dinheiro para gastar;
  • Quase um em cada três adultos nos Estados Unidos diz ter comprado intencionalmente uma imitação de um produto premium ou de luxo – um “dupe”.

O poder dos ‘Consumidores Prata’

Um dos pontos-chave do estudo mostra a relevância dos chamados “Consumidores Prata”: adultos acima de 50 anos, que podem “ditar” o crescimento do mercado nos próximos anos, devido ao poder aquisitivo elevado e pelos hábitos de compra. 

Segundo estimativas, eles serão responsáveis pelo crescimento de 48% do consumo global em 2025. 

Para as marcas, que costumam focar nos consumidores mais jovens, é importante dividir as atenções para atender a este público. 

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