Quando a conta não fecha: Ibovespa repercute envio de pacote fiscal ao Congresso em dia de PIB do terceiro trimestre
Governo enviou PEC do pacote fiscal ao Congresso na noite de segunda-feira enquanto o dólar segue acima dos R$ 6
Lidar com dinheiro pode ser mais difícil do que parece. Embora algumas pessoas pareçam dispor de um talento especial para lidar com as contas, educação financeira ainda é um artigo raro por aí.
Quando entra mais dinheiro do que somos capazes de gastar, tudo parece simples e fácil. Mas essa está longe de ser a situação da maior parte não apenas dos brasileiros, mas da humanidade.
Quando o cobertor é curto, a conta não fecha e nem sempre a educação financeira é suficiente para nos tirar da crise. Isso não vale apenas para a população em geral, mas também para empresas e governos.
Nos últimos dias, saltou aos olhos a reação dos participantes do mercado financeiro ao pacote fiscal proposto pelo governo.
A bolsa caiu, o dólar disparou e até mesmo o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, já adverte que a economia brasileira talvez precise de juros ainda mais altos por muito mais tempo para ancorar as expectativas inflacionárias.
Para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, marcada para a semana que vem, a maioria dos participantes do mercado agora projeta uma alta de 0,75 ponto porcentual da taxa Selic, para 12,00% ao ano.
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Ontem à noite, o governo enviou ao Congresso a Proposta de Emenda à Constituição referente ao pacote fiscal apresentado na semana passada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Enquanto o governo tenta fazer a conta fechar diante do olhar para lá de desconfiado do mercado, os investidores também repercutem hoje o PIB do Brasil no terceiro trimestre, as contas do Tesouro Nacional em outubro, novos números de emprego no EUA e o impasse político na França.
Ainda falando sobre fechar a conta, a repórter Maria Eduarda Nogueira apurou que a produtora 30e vai promover mais de 300 shows no Brasil em 2025, entre atrações nacionais e internacionais.
Isso em um cenário no qual ela concorre com a T4F e a Live Nation. Duro vai ser ter dinheiro sobrando para acompanhar tudo o que dá vontade de ir assistir.
O que você precisa saber hoje
DESCONTO NO IR?
SEM APETITE PELO BRASIL
Selic a 15% ao ano, inflação e fantasma fiscal: por que a Kinea está vendida na bolsa brasileira? Responsável por mais de R$ 132 bilhões em ativos, a gestora afirma que “existem melhores oportunidades no exterior”; veja onde a Kinea investe hoje.
VAI VOLTAR PARA R$ 5?
O dólar não vai parar de subir? Moeda americana segue acima de R$ 6 e bancão diz o que esperar para o fim do ano e para 2025. O UBS BB também fez projeções para a taxa de juros no Brasil; Banco Central tem reunião marcada para a próxima semana — a última sob o comando de Roberto Campos Neto.
ONDE INVESTIR
8 títulos de renda fixa isentos de imposto de renda para lucrar em cenário de alta de juros e inflação, segundo o BB-BI. Banco manteve indicações de novembro e acrescentou CRA da Marfrig e debênture da Eletrobras, diante da aversão a risco no mercado doméstico.
É HOJE!
O que é a Travel Tuesday, a Black Friday das viagens? Veja como conseguir descontos em passagens aéreas e hotéis. Depois da Cyber Monday, focada em aparelhos eletrônicos, surge a “terça-feira das viagens”, fenômeno que cresce no exterior e chega bem tímido ao Brasil.
TODOS CONTRA UM
À beira do abismo: sem apoio no parlamento, governo Macron precisa de um milagre para continuar de pé na França. Governo da França enfrenta moção de censura protagonizada tanto pela esquerda quanto pela extrema direita, em meio a incertezas na economia.
ESTÁ MAIS PERTO DO QUE PARECE
Argentinos livres para comprar dólar: governo de Milei dá prazo para acabar de vez com as amarras no câmbio — mas coloca condição para isso. A Argentina criou uma série de restrições cambiais nos últimos anos que limitam o acesso da pessoa física e das empresas ao dólar, mas esses dias estão contados, segundo o ministro Luis Caputo, que esteve nesta segunda-feira (2) em São Paulo.
MICRO BUYERS
MicroStrategy compra US$ 1,5 bilhão em bitcoin (BTC) e quer trazer Microsoft para o barco das criptomoedas. Aquisição dispara valor da moeda digital em US$ 2 mil em apenas uma hora enquanto ex-CEO Michael Saylor se prepara para defender a compra de bitcoin na Microsoft.
BARGANHAS?
Em meio às incertezas das commodities, entenda por que as ações da Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) são “refúgios” no setor de celulose, segundo o BTG. Valorização do dólar e fundamentos sólidos colocam as ações das produtoras de papel como apostas seguras no segmento.
BOA NOTÍCIA PARA OS COTISTAS
Os dividendos do Maxi Renda (MXRF11) vão voltar a subir; veja quanto o maior fundo imobiliário da B3 pagará aos cotistas. O FII distribuirá cerca de R$ 0,10 por cota, o que representa uma alta de cerca de 11,1% em relação à cifra depositada nos últimos três meses.
EXPANSÃO INTERNACIONAL
Tchau, Lemann: Grendene (GRND3) rescinde joint venture no exterior com a 3G Capital e se torna a única dona da GGB. A dona das marcas de calçados Melissa, Ipanema e Rider vai pagar em torno de US$ 10,5 milhões à gestora de Jorge Paulo Lemann para adquirir 50,1% da GGB.
BOLETIM FOCUS
Não deu tempo? Focus fica imune à reação do mercado ao pacote fiscal e mantêm projeções para dólar e juros. Enquanto as projeções para a inflação e o PIB subiram, as estimativas para o dólar e os juros permaneceram estáveis.
CARLOS TAVARES FORA
Renegade está vendendo pouco? O que está por trás da renúncia inesperada do CEO da Stellantis, que derruba a ação da dona de Jeep e Fiat. Saída do executivo acontece em um contexto desafiador para as montadoras de carro europeias.
BALANÇOU O BALANÇO
Justiça de Goiás dá aval para que Banco do Brasil (BBAS3) retenha garantias dos empréstimos da AgroGalaxy (AGXY3). O banco — que é credor de R$ 391,2 milhões — enfrenta a empresa de insumos agrícolas nos tribunais desde setembro deste ano.
REBALANCEAMENTO DO ÍNDICE
Substituição no time do Ibovespa: entra Marcopolo e saem Eztec e Alpargatas. Vale dizer que ainda devem ser publicadas mais duas prévias até o fim de dezembro para composição do índice para o próximo quadrimestre.
A AMEAÇA CONTRA O BRICS
Trump vs. Brics: Brasil e outros países ‘podem dizer adeus à negociação comercial com os EUA’, se prosseguirem com projeto ‘anti-dólar’. O republicano ameaçou taxação de 100% para o grupo econômico, em post em rede social.
TUDO JUNTO E MISTURADO
Executada com sucesso: Hapvida (HAPV3) anuncia conclusão da fusão com NotreDame — veja o que esperar a partir de agora. Ao longo deste ano, a Hapvida informa que cerca de 400 unidades assistenciais e administrativas foram integradas e mais de 6 milhões de beneficiários foram migrados.
O ESPORTE DE SENNA
Fórmula 1 está cada vez mais valiosa – e é por isso que as marcas de luxo querem entrar nessa corrida. Plataforma rankeia as 10 equipes mais valiosas do ano, que, juntas, valem aproximadamente US$ 231 bilhões.
Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor
Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro
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Projeções indicam que IPCA de julho deve acelerar em relação a junho e perder força no acumulado em 12 meses
As projeções para a inflação caem há 11 semanas; o que ainda segura o Banco Central de cortar juros?
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Felipe Miranda: Parada súbita ou razões para uma Selic bem mais baixa à frente
Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço
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O que Donald Trump e o tarifaço nos ensinam sobre negociação com pessoas difíceis?
Somos todos negociadores. Você negocia com seu filho, com seu chefe, com o vendedor ambulante. A diferença é que alguns negociam sem preparo, enquanto outros usam estratégias.
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Rodolfo Amstalden: Como lucrar com o pegapacapá entre Hume e Descartes?
A ocasião faz o ladrão, e também faz o filósofo. Há momentos convidativos para adotarmos uma ou outra visão de mundo e de mercado.
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O “Império da Lei” e do respeito à regra, tão caro aos EUA e tão atrelado a eles desde Tocqueville e sua “Democracia na América”, vai dando lugar à necessidade de laços pessoais e lealdade individual, no que, inclusive, aproxima-os de uma caracterização tipicamente brasileira
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