Interpretando a bolsa com Djavan: as recomendações para o fim de 2024 e balanços dominam mercados hoje
Com a agenda relativamente mais esvaziada, os investidores precisam ficar atentos à temporada de resultados e indicadores desta semana

“Açaí
Guardiã
Zum de besouro
Um imã
Branca é a tez da manhã”
Os versos acima são frequentemente usados para criticar o estilo de Djavan — um juízo equivocado, a meu ver, mas, para o bem do argumento, vamos seguir com ele debaixo do braço.
Isso porque o cantor e compositor não diz o que quer representar com clareza, preferindo descrever sensações, sons e outras sinestesias variadas para compor uma cena (com o perdão da alfinetada, falta aos críticos alguma sensibilidade nesse sentido).
E são esses múltiplos sentidos que o investidor precisará para encarar a semana que se inicia nesta segunda-feira (21).
A agenda relativamente mais esvaziada dá margem para que o investidor fique perdido nos próximos dias.
Começando pelo começo, enquanto era madrugada no Brasil, a China cortou em 25 pontos-base as principais taxas de juros de referência, as chamadas LPRs, em mais um esforço do país para estimular a economia local e atingir as metas de crescimento para 2024.
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Ainda de olho no exterior, na quarta-feira (23) os investidores acompanham a publicação do Livro Bege, que traz a visão do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) sobre diversos indicadores da economia norte-americana.
Já em terras brasileiras, os investidores aguardam a publicação da prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA-15, e o balanço da Vale (VALE3) nos próximos dias.
Além disso, outros balanços no exterior, tensões internacionais com a guerra continuada no Oriente Médio e a proximidade das eleições nos Estados Unidos devem pincelar o pano de fundo dos próximos dias.
Mas se você, leitor ou leitora do Seu Dinheiro, está tentando interpretar tudo que acontece nesta semana, nada tema.
Enquanto você tenta entender o que acontecerá nos próximos dias, há quem já esteja em ritmo de final de ano. E isso pode significar alívio ou desespero para alguns investidores que olham suas respectivas carteiras com um nó na garganta.
Como salvar os últimos dez meses em menos de 90 dias que faltam para o apagar das luzes de 2024?
Essa resposta pode ser tão complexa quanto decifrar uma letra inteira — e não apenas alguns versos — de Djavan.
O que você precisa saber hoje
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FUSÕES E AQUISIÇÕES
Subsidiária da MSC ‘atravessa’ concorrência e vai pagar R$ 4,35 bilhões pelo controle da Wilson Sons (PORT3). Controladora da Wilson Sons vinha negociando a venda da operação havia mais de um ano; preço por ação ficou 2% abaixo do fechamento de sexta-feira.
ELEIÇÕES NOS EUA
Novo apoio de Elon Musk a Donald Trump: Homem mais rico do mundo vai pagar prêmio de US$ 1 milhão por dia para quem assinou sua petição. A ação espalhafatosa do fundador da Tesla e da SpaceX demarca um território desconhecido na política americana; entenda.
ENTRE TURBULÊNCIAS
Em crise, Boeing vende subsidiária de defesa para multinacional francesa enquanto tenta reforçar as finanças. A Digital Receiver Technology, que fabrica equipamentos para os militares dos EUA, será vendida para a Thales Defense & Security, divisão da maior empresa de defesa da Europa.
EM BUSCA DE UM REMÉDIO
O que acontece com a Hypera (HYPE3)? Com dívidas altas e ações em queda, farmacêutica anuncia nova estratégia de capital, interrompe guidance e vai recomprar ações na B3. A estratégia de otimização de capital de giro inclui a redução do prazo de pagamento concedido aos clientes; entenda os detalhes do processo.
REFORMA DE RENDA
Taxação dos milionários tem potencial de R$ 40 bilhões ao ano, mas ainda assim não seria suficiente para ‘bancar’ a isenção maior do Imposto de Renda. Apesar do potencial de arrecadação previsto, a nova taxação deve gerar de fato algo próximo a R$ 20 bilhões devido ao planejamento tributário.
DE OLHO NO FISCAL
É o fim dos benefícios tributários? Entenda a medida do Ministério da Fazenda que pode proibir governos de dar incentivo fiscal. O endurecimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) pode impactar cerca de 300 cidades que, atualmente, não respeitam o equilíbrio de caixa e dívidas a pagar.
NOS CINEMAS
Coringa 2 não foi o único fracasso de bilheteria de 2024. Veja os maiores “flops” das telonas até agora. Pouco mais de duas semanas desde o lançamento, o longa-metragem da Warner Bros não está nem perto de se pagar, com uma bilheteria mundial de pouco mais de US$ 168,3 milhões.
CÂMBIO NAS ALTURAS
Sem chance de virada para o real? Os três fatores que devem manter o dólar em alta até o fim de 2024, segundo o mercado. Para participantes do mercado, a pressão tende a elevar as projeções de câmbio para o fim de 2024 — ainda que possa haver um alívio em relação aos níveis atuais.
EMPREENDEDORISMO
Atenção, empreendedor: MEI com dívidas pode ser excluído do Simples Nacional. Saiba como regularizar seu cadastro. Segundo a Receita Federal, a dívida combinada de microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte chega a R$ 26,7 milhões.
DE OLHO NAS BETS
Aposta vencedora? Duas empresas de bets recebem sinal verde do Ministério da Fazenda para voltar a atuar no Brasil. O Ministério incluiu as empresas Sportvip Group International Apostas e Megapix Comunicação e Tecnologia na lista.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Oi (OIBR3) fecha venda de torres e imóveis para ATC por R$ 41 milhões; entenda a operação. A Oi vai transferir de torres de celular e imóveis como forma de pagamento parcial de créditos do credor no plano de recuperação judicial.
ELEIÇÕES 2024
Quem faz 18 anos entre os turnos das eleições 2024 também é obrigado a votar. E agora? Saiba os próximos passos. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o voto é obrigatório para cidadãos entre 18 e 70 anos — e facultativo para maiores de 70 e jovens entre 16 e 18 anos.
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