Fortes emoções à vista nos mercados: Investidores se preparam para possível vitória de Trump às vésperas de decisão do Fed sobre juros
Eventual vitória de Trump pode levar a desaceleração de ciclo de cortes de juros que se inicia em grande parte do mundo desenvolvido
Nas últimas semanas, vimos uma calmaria nos mercados, mas agora entramos em um período de intensa atividade. A semana começou com alta nos principais índices globais e com o preço do petróleo em queda após uma resposta mais moderada de Israel do que se esperava. No entanto, os juros seguem relativamente estáveis sob a influência do Trump Trade, que continua pressionando a curva de juros futuros e fortalecendo o dólar.
Bolsas dos EUA sobem mesmo com pressão dos juros
Nos Estados Unidos, o Nasdaq Composite registrou sua maior sequência de altas semanais em 2024, somando sete semanas consecutivas de valorização, mesmo com a pressão dos rendimentos crescentes dos títulos.
O S&P 500, por sua vez, alcançou quase 47 recordes ao longo deste ano, incluindo quatro apenas neste mês, impulsionado recentemente pelo excelente desempenho da Tesla, que deu início à temporada de balanços das "Sete Magníficas".
Big techs começam a divulgar balanços
Nesta semana, os investidores aguardam os resultados de gigantes como Alphabet, Amazon, Apple, Meta Platforms e Microsoft, além de mais de 150 empresas do S&P 500 programadas para divulgar seus números.
Até agora, esta temporada de balanços tem sido relativamente tranquila, com 52% das empresas superando as expectativas em um desvio padrão, acima da média histórica de 49%.
Indicadores econômicos dos EUA no radar
Além dos balanços, a semana traz indicadores econômicos cruciais para o Federal Reserve, como dados de emprego, PIB e inflação, que ganham ainda mais relevância antes da decisão sobre as taxas de juros prevista para quinta-feira.
Leia Também
Tony Volpon: Uma economia global de opostos
A Pesquisa de Vagas de Emprego e Rotatividade de Mão de Obra (Jolts) deve indicar cerca de 7,9 milhões de vagas em setembro, uma redução de aproximadamente 100 mil em relação a agosto. Já o relatório de empregos privados da ADP, divulgado na quarta-feira, também tende a apontar uma queda.
Em relação ao relatório de emprego (payroll), a expectativa é de criação de 110 mil vagas em outubro, embora o número possa surpreender para baixo devido à greve da Boeing e aos recentes furacões que causaram licenças temporárias.
A inflação deve permanecer estável, uma vez que já foram divulgados os dados de CPI, PPI e preços de importação. No relatório de despesas e rendas pessoais (PCE), o foco estará nos dados de renda e gastos das famílias, com publicação prevista para quinta-feira.
O ponto de atenção, porém, será o PIB dos EUA, que, de acordo com o Fed de Atlanta, pode ter crescido a uma taxa anualizada de 3,3% no terceiro trimestre, superando a estimativa inicial de 3,0%.
Fonte: Fed Atlanta.
O que esperar do Fed e dos juros
Em outras palavras, a preocupação de que o aquecimento econômico possa impulsionar os salários, elevando a inflação e limitando cortes mais expressivos nas taxas de juros pelo Federal Reserve, continua em evidência.
As projeções de mercado futuro apontam uma probabilidade de 97% para um corte de 25 pontos-base na taxa de juros na próxima reunião do Fed, na semana que vem, logo após as eleições presidenciais.
Essa expectativa é sustentada pela inflação que ainda supera a meta estabelecida e pela resiliência inesperada do mercado de trabalho. Além disso, o mercado tem respondido ao aumento das chances de vitória de Donald Trump nas eleições.
Para onde vão os juros se Trump vencer
Com a proximidade do pleito, investidores, tanto domésticos quanto internacionais, começam a se preparar para possíveis mudanças políticas, como aumento de tarifas comerciais, novos cortes de impostos e uma expansão na desregulamentação.
Líderes de bancos centrais globais têm demonstrado apreensão com a perspectiva de um possível retorno de Trump à presidência dos EUA, especialmente pelo impacto de suas políticas fiscais expansionistas, em particular os cortes de impostos, que poderiam elevar as expectativas de juros mais altos. Isso limitaria a margem de manobra de outras autoridades monetárias ao redor do mundo.
Embora o aumento das taxas de juros apresente desafios para certos setores, o impacto geral tende a ser positivo para a economia dos EUA e, por consequência, para o desempenho das empresas, especialmente no curto prazo.
Dessa forma, uma desaceleração no ritmo dos cortes de juros parece natural, mas esse cenário não é considerado desastroso.
Rodolfo Amstalden: De Flávio Day a Flávio Daily…
Mesmo com a rejeição elevada, muito maior que a dos pares eventuais, a candidatura de Flávio Bolsonaro tem chance concreta de seguir em frente; nem todas as candidaturas são feitas para ganhar as eleições
Veja quanto o seu banco paga de imposto, que indicadores vão mexer com a bolsa e o que mais você precisa saber hoje
Assim como as pessoas físicas, os grandes bancos também têm mecanismos para diminuir a mordida do Leão. Confira na matéria
As lições do Chile para o Brasil, ata do Copom, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Chile, assim como a Argentina, vive mudanças políticas que podem servir de sinal para o que está por vir no Brasil. Mercado aguarda ata do Banco Central e dados de emprego nos EUA
Chile vira a página — o Brasil vai ler ou rasgar o livro?
Não por acaso, ganha força a leitura de que o Chile de 2025 antecipa, em diversos aspectos, o Brasil de 2026
Felipe Miranda: Uma visão de Brasil, por Daniel Goldberg
O fundador da Lumina Capital participou de um dos episódios de ‘Hello, Brasil!’ e faz um diagnóstico da realidade brasileira
Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje
O Seu Dinheiro traz um levantamento do enorme volume de dividendos pagos pelas empresas neste ano e diz o que esperar para os proventos em 2026
Como enterrar um projeto: você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Talvez você ou sua empresa já tenham sua lista de metas para 2026. Mas você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
Veja como proteger seu patrimônio com contratos de opções e com escolhas de boas empresas
Flávio Day nos lembra a importância de ter proteção e investir em boas empresas
O evento mostra que ainda não chegou a hora de colocar qualquer ação na carteira. Por enquanto, vamos apenas com aquelas empresas boas, segundo a definição de André Esteves: que vão bem em qualquer cenário
A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje
A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros
Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…
Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir
A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir