O primeiro debate entre Joe Biden e Donald Trump vem aí: o que esperar da eleição mais importante do mundo
Biden e Trump voltam a disputar a Casa Branca no momento de maior fragilidade da democracia mais disfuncional dos países industrializados

Os mercados globais estão em alerta para um possível aumento da instabilidade política na segunda metade deste ano, impulsionado por um evento geopolítico crucial: as eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2024.
O sistema político dos EUA é amplamente considerado o mais disfuncional entre as democracias industrializadas (os membros do G7).
As próximas eleições prometem intensificar essa disfunção, agravando as divisões internas e testando a robustez da democracia americana de uma maneira que não se via há 150 anos, além de prejudicar a imagem internacional do país.
A importância dessas eleições vai além das fronteiras dos EUA, impactando a segurança, a estabilidade e as perspectivas econômicas globais.
O resultado afetará a vida das 8 bilhões de pessoas no mundo, apesar de apenas 160 milhões de americanos participarem da votação.
Aliás, a decisão será influenciada por um número relativamente pequeno de eleitores em estados-chave, sendo a Pensilvânia particularmente crítica, conforme as análises mais recentes. A seguir podemos ver os sete estados-chave da eleição de 2024.
Leia Também
Fonte: The New York Times.
Trump em vantagem em Estados-pêndulo
Não importa se Trump e Biden estão empatados no âmbito nacional. Se Trump levar os estados acima demonstrados, como as projeções mais recentes apontam, ele será o próximo presidente.
Provavelmente, portanto, independentemente do vencedor, seja Democrata ou Republicano, é provável que o resultado seja contestado como ilegítimo pelo lado perdedor, que pode resistir em aceitar a derrota.
Esse cenário desafiará instituições políticas fundamentais dos EUA, como a integridade das eleições, a transferência pacífica de poder e o equilíbrio dos poderes.
Nesse contexto tenso, o primeiro debate presidencial entre Joe Biden e Donald Trump, agendado para esta quinta-feira, está gerando grande expectativa.
- LEIA TAMBÉM: Casa de análise libera carteira gratuita de ações americanas para você buscar lucros dolarizados em 2024. Clique aqui e acesse.
Debate decide eleição?
Embora os debates anteriores em 2020 tenham sido pouco produtivos, qualquer desempenho percebido como vitorioso pode alterar significativamente a dinâmica da corrida eleitoral, dado o equilíbrio atual nas pesquisas.
Um ponto de atenção será o desempenho de Biden, que está tendo sua idade avançada questionada de maneira recorrente (não que Trump seja muito mais jovem, mas parece ter mais lucidez).
Um movimento incomum nas bolsas
Ao mesmo tempo, ao longo das últimas semanas, o mercado de ações tem sido testemunha de um fenômeno notável, alcançando máximas históricas repetidas vezes, apesar de algumas correções nos últimos dias.
Desde janeiro, o S&P 500 quebrou seu próprio recorde 31 vezes, estabelecendo novos picos a cada quatro dias de negociação, em média.
Ignorando as altas taxas de juros e inflação, bem como a turbulência política e econômica global, 2024 destaca-se como o melhor início de um ano eleitoral já registrado.
Tradicionalmente, os anos de eleições presidenciais são positivos para o mercado; desde 1952, o S&P 500 apresentou um retorno médio de 7% nesses anos.
Esse retorno sobe para 12,2% quando o presidente em exercício busca a reeleição, refletindo a preferência dos investidores por estabilidade.
Este ano, o S&P 500 já superou essas médias, com um aumento de 14,6% desde o início do ano e um crescimento de quase 31% desde a baixa de outubro de 2023.
Mais vai continuar assim?
A eleição de 2024 é peculiar, pois é a primeira desde 1892 em que ambos os principais candidatos já ocuparam a Casa Branca, o que pode estar contribuindo para um ambiente de menor incerteza e maior estabilidade.
Espera-se que essa eleição influencie significativamente o mercado no segundo semestre do ano, tradicionalmente marcado por maior volatilidade conforme a campanha eleitoral se intensifica.
- Vem mais volatilidade por aí? Receba diariamente os insights do analista Matheus Spiess no seu e-mail para ficar a par de tudo que acontece no mercado – é GRATUITO. Clique aqui.
Mesmo com uma corrida apertada nas pesquisas, Donald Trump aparece como favorito.
Fontes: StoneX e ACG Analytics.
Como deve ficar o Congresso dos EUA
No entanto, a configuração final do Congresso, que parece inclinar-se para um domínio republicano tanto na Câmara quanto no Senado, será crucial.
Isso poderia oferecer um contrapeso fiscal significativo, dependendo do resultado da eleição presidencial, e moldar as políticas e o impacto geopolítico e fiscal dos EUA a partir de 2025.
O cenário ainda é fluido, e os investidores devem permanecer atentos, pois os desenvolvimentos futuros nas eleições poderão proporcionar tanto oportunidades quanto novos desafios.
- LEIA TAMBÉM: O paradoxo do conservadorismo necessário: para que os juros caiam depois, é preciso mantê-los elevados agora
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell
Rodolfo Amstalden: No news is bad news
Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias
Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)
No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA
O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje
No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed
O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso
Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda
Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard
O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução
Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)
No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas
Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?
Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores
A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)
Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos
Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento
Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar
As críticas a uma Petrobras ‘do poço ao posto’ e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (2)
No Brasil, investidores repercutem a aprovação do projeto de isenção do IR e o IPC-Fipe de setembro; no exterior, shutdown nos EUA e dados do emprego na zona do euro
Rodolfo Amstalden: Bolhas de pus, bolhas de sabão e outras hipóteses
Ainda que uma bolha de preços no setor de inteligência artificial pareça improvável, uma bolha de lucros continua sendo possível