Primeiro Fiagro do Brasil e outros credores de CRA decretam vencimento do título após calote parcial e podem executar garantias
Os credores deliberaram ontem pela medida, que resulta na cobrança imediata do saldo devedor integral do CRA Castilhos

Depois de alguns meses esperando que o devedor do Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) Catilhos regularizasse os pagamentos, os credores do título, incluindo o primeiro fundo de investimento nas cadeias agroindustriais (Fiagro) da B3, decidiram decretar o vencimento antecipado.
Quem divulgou a notícia foi justamente o fundo em questão, o Galápagos Recebíveis do Agronegócio (GCRA11). De acordo com um comunicado enviado ao mercado pelo Fiagro, os credores reuniram-se em assembleia ontem (6) e deliberaram pela medida, que resulta na cobrança imediata do saldo devedor integral do CRA.
"A decisão está fundamentada na tese de que o vencimento antecipado fortalecerá a posição do CRA no processo de cobrança face a devedora, possibilitando a adoção de medidas judiciais e extrajudiciais, incluindo a eventual excussão das garantias", diz o documento, que relembra que há inadimplência parcial no pagamento de juros e amortização desde o segundo semestre de 2023.
A gestora do GRCA11 explica ainda que as garantias do título incluem a alienação fiduciária de duas fazendas localizadas na região Oeste da Bahia, com índice de cobertura "confortável" em relação ao saldo devedor, e o penhor agrícola sobre as colheitas conduzidas nos imóveis.
O CRA Castilhos representa cerca de 9,5% do patrimônio líquido do Fiagro. O título foi emitido em agosto de 2021 para financiar a operação agrícola e abertura de novas áreas produtivas do
Grupo Castilhos. A taxa de emissão foi CDI + 8,5%, com juros semestrais e vencimento em outubro de 2025.
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CRA Castilhos não é o único problema no portfólio do Fiagro GCRA11
Vale destacar que a inadimplência do CRA Castilhos não é o único problema que os gestores do GCRA11 enfrentam no momento.
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O Fiagro também investe pouco mais de 8% de seu patrimônio líquido em CRAs devidos pela Elisa Agro Sustentável, companhia que pertence aos controladores da construtora Mitre e que entrou com um pedido de recuperação judicial no início do mês passado.
De acordo com o CGRA11, a securitizadora dos títulos aparece como "não sujeito" na lista de credores — ou seja, não deve entrar na RJ. Ainda assim, o pedido de RJ levou ao vencimento antecipado automático dos CRAs e, como no caso Castilhos, a cobrança total do valor da dívida.
Outra fonte de preocupação para os cotistas é o CRA Três Irmãos, que representa 11,6% do PL do fundo e cujo emissor também se encontra em processo de recuperação judicial desde novembro do ano passado.
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