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Liliane de Lima

É repórter do Seu Dinheiro. Jornalista formada pela PUC-SP, já passou pelo portal DCI e setor de análise política da XP Investimentos.

RISCO GLOBAL

Dólar bate em R$ 5,14  e atinge maior nível em seis meses — e aqui estão três motivos para a disparada da moeda norte-americana hoje 

O dólar também se valoriza ante as divisas globais; as cotações do petróleo e do ouro renovam máximas históricas

Liliane de Lima
12 de abril de 2024
13:25 - atualizado às 16:28
dólares nota
Imagem: Shutterstock

Se a política monetária das principais economias do mundo norteou os mercados nas últimas semanas, nesta sexta-feira (12), o temor dos juros ganhou um novo aliado: a escalada da guerra no Oriente Médio — e o impacto é sentido diretamente no dólar. 

Na comparação com o real, o dólar renovou a máxima intraday a R$ 5,1482 no mercado à vista, por volta das 11h20 (horário de Brasília). Essa é a maior cotação em seis meses. Siga os mercados.

A moeda norte-americana fechou o dia a R$ 5,1212, com alta de 0,60% em relação ao fechamento da véspera. Na semana, a moeda norte-americana avançou 1,10%. 

Mas não é só contra moedas emergentes que o dólar se valoriza. O índice DXY, que compara a moeda norte-americana a uma cesta de seis divisas globais como euro e iene , superou os 106 pontos, com alta de quase 1% e opera no maior nível desde outubro do ano passado. 

1 - Corte de juros nos EUA adiado? 

Com a persistência da inflação acima da meta nos Estados Unidos, como mostrou o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de março, o mercado já precifica um adiamento do corte dos juros na maior economia do mundo para o final do segundo semestre deste ano. 

Antes da CPI, a expectativa de início de cortes era o mês de junho. Mas o dado veio mais forte do que o esperado e fez o mercado recalibrar suas apostas

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A inflação norte-americana acelerou 0,4% em março, colocando a taxa em 12 meses em 3,5% — 0,3 ponto percentual acima da de fevereiro. 

Vale destacar que o CPI não é a medida preferida do Federal Reserve, o banco central dos EUA, para a inflação, mas economistas consultados pela Dow Jones esperavam alta de 0,3% e de 3,4%, respectivamente. 

Excluindo componentes voláteis dos alimentos e da energia, o núcleo do CPI também acelerou 0,4% em base mensal e subiu 3,8% em relação ao ano anterior, em comparação com as estimativas de 0,3% e 3,7%.

Entre os expoentes do mercado, o Bank of America (BofA) atualizou as projeções sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos e agora prevê apenas o início do ciclo de cortes em dezembro.

"Continuamos a esperar que o Fed reduza quatro vezes (ou 100 pontos-base) em 2025 e duas vezes (50 pontos-base) em 2026", escreve o analista Michael Gapen, que assina o relatório.

Além do adiamento da expectativa de corte de junho para dezembro, o BofA afirma que os dados apontam para uma taxa terminal no intervalo de 3,50% a 3,75% ao ano, com fim do ciclo em 2026. Antes, a projeção era de taxa terminal de 3,00% a 3,50%.

O Itaú BBA também se juntou ao BofA na previsão de afrouxamento monetário nos EUA a partir de dezembro. 

2 - Irã x Israel 

O risco geopolítico aumentou a pressão sobre os mercados desde o início de abril com o ataque de Israel à embaixada  do Irã em Damasco, na Síria. Mas, a ebulição das tensões ganhou força nas últimas horas. 

O Irã, um dos maiores exportadores de petróleo do mundo e  importante aliado do grupo Houthis — que tem como alvo embarcações no Mar Vermelho com ligações com Israel como um protesto contra a ofensiva militar em Gaza — prometeu  vingança pelo ataque aéreo de 1º de abril. 

Até agora, Israel não declarou responsabilidade pelo ataque à embaixada e um porta-voz do governo disse que não comentaria as reportagens da imprensa estrangeira logo depois a ofensiva , segundo a Sky News.

Contudo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ontem (11) que continuaria a guerra em Gaza, mas seguiria com preparativos de segurança em outras regiões do país. 

E, assim como em qualquer situação de incerteza, os investidores procuram ativos considerados mais seguros, como o dólar, por exemplo. 

3 - Risco fiscal 

No Brasil, o cenário fiscal é um dos grandes motivos para a preocupação dos investidores — e quase sempre um impulsionador para o dólar. 

Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou a antecipação de um gasto extra de até R$ 15,7 bilhões neste ano, alterando o arcabouço fiscal — o que acendeu um alerta para o risco de novas mudanças na regra. 

Além disso, a meta fiscal do próximo ano também está no radar. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizou na última quarta-feira (10) que a meta de 2025 já está definida. 

O assunto ainda deve ser discutido com o presidente Lula e o anúncio é esperado para a próxima segunda-feira (15).

Vale lembrar que o dia 15 também é a data limite para o governo enviar a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) do ano que vem ao Congresso Nacional.

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Não é só o dólar 

As preocupações com o acirramento das tensões geopolíticas e as incertezas quanto aos juros nos Estados Unidos não impulsionam apenas o dólar. 

Os contratos mais líquidos do petróleo tipo Brent, referência para o mercado internacional, subiram mais de 2%, alcançando o nível próximo a US$ 92 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

A commodity, considerada um termômetro dos mercados, operou no maior nível desde o início do conflito entre Israel e Hamas, em outubro do ano passado. Os futuros do Brent terminaram o dia com o barril a US$ 90,45.

O ouro também renova máximas históricas. Os contratos mais líquidos do ouro, com vencimento em junho, subiram a US$ 2.437,80 a onça-troy, na Comex, divisão de metais na New York Mercantile Exchange (Nymex), no maior patamar do dia, por volta das 12h20 (horário de Brasília).

Mas a alta foi reduzida ao longo do dia. O ouro fechou as negociações a 2.374,10 a onça-troy.

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