Ministra do Turismo acusada de envolvimento com milícia contratou empresa de uma ex-beneficiária do Auxílio Emergencial
Ao longo do período da pandemia da covid, a empresa recebeu um total de R$ 364 mil pela locação de automóveis de passeio, vans, minitrios e até um caminhão
![A ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil), é responsável pela primeira grande crise do novo governo](https://media.seudinheiro.com/uploads/2023/01/A-ministra-do-Turismo-Daniela-Carneiro-Uniao-Brasil-e-responsavel-pela-primeira-grande-crise-do-novo-governo-628x353.png)
Denunciada por envolvimento com milícias, a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil), é responsável pela primeira grande crise do novo governo. Segundo o Broadcast, a chefe da pasta contratou a empresa de uma ex-beneficiária do Auxílio Emergencial para atender seu gabinete na Câmara e sua campanha a deputada federal.
Ao longo do período da pandemia da covid, a empresa recebeu um total de R$ 364 mil pela locação de automóveis de passeio, vans, minitrios e até um caminhão.
A CABC Soares Coutinho Transportes LTDA, de Ana Paula da Silva Soares Figueiredo, tem sua sede registrada em Belford Roxo, base eleitoral da ministra e de seu marido, o prefeito Wagner Carneiro (União), o Waguinho.
Na semana passada, Daniela do Waguinho, nome eleitoral da ministra, virou a primeira dor de cabeça do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foram reveladas fotos de campanha em que ela aparece ao lado do miliciano Juracy Alves Prudêncio, o Jura, e da mulher dele, a ex-vereadora Giane Prudêncio.
Como mostrou o Estadão, a ministra atribuiu a inimigos que desejam “queimá-la” a suspeita de que mantém elo político com o miliciano.
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As “provas de fogo” do governo
O capital social da empresa que prestou serviço para a campanha e o gabinete de Daniela do Waguinho é de R$ 110 mil. A beneficiária do auxiliar emergencial Ana Paula da Silva Soares Figueiredo entrou como sócia em 1º de julho de 2021, dois meses após receber a última parcela do benefício no valor de R$ 250.
O auxílio foi concedido pelo governo Jair Bolsonaro entre 2020 e 2021, durante a pandemia da covid-19, a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados.
A CABC fechou contrato com a campanha de Daniela do Waguinho em 1º de setembro do ano passado. Pelo acordo, a empresa recebeu R$ 293 mil, pagos com verba do fundo eleitoral. A campanha de Daniela à Câmara custou R$ 3,1 milhões.
Histórico
O contrato, disponibilizado em sua prestação de contas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), registrou o aluguel de 21 automóveis “para transporte de pessoal, material de campanha, bem como veículos equipados com aparelhagem de sonorização (carros de som, minitrios e trios elétricos, com motoristas”.
O acordo valeu até o dia 1º de outubro, véspera do primeiro turno.
A empresa de locação de veículos, fundada em 2017, começou a trabalhar para o gabinete de Daniela em março de 2021. A CABC Soares, cujo nome fantasia é Cout Transporte, foi contratada em nove oportunidades até fevereiro do ano passado.
Ao se tonar sócia da empresa, Ana Paula da Silva Soares Figueiredo já havia recebido R$ 4,45 mil do Auxílio Emergencial, em 10 parcelas.
Silêncio dos envolvidos
A reportagem tentou contato com a empresa por meio dos números de telefone registrados na Receita e no contrato apresentado no TSE, nesta quinta-feira (05), mas ambos estavam desligados. O e-mail de contato da CABC está em nome de Alexandre Barreto Coutinho.
Por R$ 141 mil, a empresa também trabalhou para o deputado estadual Márcio Canella (União Brasil), reeleito com o maior número de votos no Estado do Rio, no ano passado. Daniela e Canella são aliados em Belford Roxo.
O deputado estadual foi vice-prefeito de Waguinho em 2016. Canella apareceu em fotografia ao lado de Daniela e de parentes do ex-presidente da Câmara de Vereadores de Belford Roxo, Márcio Pagniez, o Marcinho Bombeiro, em ato de campanha no ano passado, segundo o jornal Folha de S.Paulo. O ex-vereador foi preso sob suspeita de chefiar uma milícia.
Presidente estadual do União Brasil
O deputado tem como assessora a ex-vereadora Giane Prudêncio, de acordo com o jornal. Ela é mulher do ex-policial militar, Juracy Prudêncio, condenado e preso por chefiar uma milícia há quatro anos. Giane foi cabo eleitoral da ministra, em 2018 e 2022. Nos gastos de campanha enviados ao TSE, a ministra informou ter comprado material com o nome dela e do aliado.
Waguinho é presidente estadual do União Brasil. O apoio do prefeito foi disputado por Lula e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno das eleições, em outubro. O petista levou a melhor e conseguiu que o marido de Daniela fosse às ruas pedir votos para ele.
*Com informações do Broadcast
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