Ao que tudo indica, a Novonor (ex-Odebrecht) segue colecionando fracassos em sua tentativa de vender a fatia de 50,1% que detém na Braskem (BRKM5).
Depois das diversas negociações frustradas dos últimos anos, a companhia acaba de recusar uma proposta da J&F Investimentos, holding dos irmãos Batista. As informações são do jornalista Lauro Jardim, em sua coluna d’O Globo.
Segundo a publicação, a holding fez uma proposta indicativa não vinculante de R$ 9 bilhões pela companhia — R$ 30 por ação —, mas a oferta foi recusada. Tendo como base o fechamento dos papéis BRKM5 da última sexta-feira (03), a J&F propôs um prêmio de quase 50% por ação. No ano, a Braskem acumula um recuo de mais de 10% na bolsa.
VEJA TAMBÉM - Enquanto Lula e Biden se 'descabelam' estas empresas se deram bem; descubra
Venda da Braskem: uma novela épica
Essa não é a primeira adversidade que aparece no caminho da Braskem. Rumores sobre uma eventual venda tanto da fatia detida pela Novonor quanto pela Petrobras (PETR4) são frequentes, movimentando bastante o mercado — que fica atento para uma eventual oferta pública dos papéis e de melhorias com relação à governança corporativa.
Muita água rolou desde 7 de agosto de 2020, a primeira vez que a companhia informou a Braskem (BRKM5) sobre o início da preparação para a saída do capital da companhia — mas pouco avançou nas negociações.
Em novembro de 2022, no entanto, a Novonor deu o seu passo mais significativo para o processo. Na data, a Braskem informou ter recebido uma comunicação da sua controladora, onde ela pede o apoio da petroquímica para interagir com eventuais interessados na fatia da holding — papel aceito .
A dificuldade da venda da fatia parece estar na recusa da Novonor, em recuperação judicial desde 2020, não aceita descontos para vender a sua fatia. Essa, inclusive, foi a razão para o fracasso da oferta de ações que estava programada para o início de 2022.
Procurada, a Novonor disse que não irá comentar o caso por se tratar de um processo reservado.