A Ericsson, gigante de telecomunicações sueca, confirmou nesta segunda-feira (20) que planeja cortar cerca de 1.400 empregos empregos em seu país de origem.
A companhia — que, em terras brasileiras, ficou conhecida pelos celulares lançados em parceria com a Sony no início dos anos 2000 — luta com a desaceleração da demanda por seus equipamentos 5G em mercados como os Estados Unidos.
Os cortes fazem parte de um esforço anunciado pela empresa no final do ano passado para reduzir custos em 9 bilhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de US$ 861 milhões, até o final de 2023 por meio de processos de racionalização, fechamento de instalações e uso de menos consultores.
A Ericsson concluiu agora as negociações com os sindicatos suecos e planeja fazer cortes de empregos por meio de um programa voluntário, segundo informado por uma porta-voz da companhia hoje.
Os gerentes fornecerão mais detalhes sobre como cada unidade será afetada com seus funcionários nos próximos dias.
No Brasil, Neon promoveu o mais recente corte de funcionários
Ainda não é possível afirmar se o corte se extenderá as operações da Ericsson no Brasil — a porta-voz da companhia recusou-se a comentar sobre o potencial de reduções adicionais de pessoal no exterior.
Mas outras empresas de tecnologia nacionais e estrangeiras têm promovido demissões em massa no país. A mais recente ocorreu na Neon e afetou cerca de 9% da força total de trabalho do banco digital, conforme apurado pelo Seu Dinheiro.
Ao menos 210 profissionais foram desligados do banco digital, com base no número de funcionários informado pela empresa na página do LinkedIn. A Neon, porém, não divulgou o número oficial de demissões.
De acordo com os ex-funcionários afetados, os cortes aconteceram, principalmente, nas áreas de tecnologia, produtos e projetos ágeis (Agile Master), em todos os níveis de senioridade, incluindo profissionais com menos de um ano de casa.
Fundada em 2016, a fintech Neon se tornou um "unicórnio" – como são conhecidas as startup avaliadas em mais de US$ 1 bilhão – em fevereiro do ano passado, com um aporte em série D de US$ 300 milhões (R$ 1,6 bilhão na cotação da época), realizado pelo banco espanhol BBVA.
*Com informações do Estadão Conteúdo