A Americanas divulgou uma lista de credores atualizada na noite de sexta-feira (10) na qual esclarece e corrige valores divulgados na lista anterior, de 25 de janeiro. O total de dívidas com os mais de 9 mil credores agora ultrapassa R$ 42 bilhões - na primeira divulgação, a dívida total chegava a pouco mais de R$ 41 bilhões e tinha quase 8 mil nomes.
Um dos casos corrigidos foi o do Banco Votorantim, que na primeira lista aparecia com um crédito de R$ 3,2 bilhões. Logo depois da divulgação, o banco veio a público dizer que, na verdade, o valor se refere a debêntures estruturadas pelo BV para a Americanas que foram adquiridas por gestores. Mas na lista de credores, os valores apareciam como se fossem créditos do banco. Na lista nova, o valor foi corrigido para R$ 206,8 milhões, referentes a Cédulas de Crédito Bancário.
Outro esclarecimento que o novo documento traz é em relação aos valores com o Deutsche Bank. Na primeira divulgação, causou espanto quando o banco alemão aparecia com um crédito de R$ 5,2 bilhões, o maior dentre todas as instituições financeiras. A lista atualizada detalha que o Deutsche Bank atua como agente fiduciário de uma emissão de títulos de dívida no exterior. Ou seja, o banco alemão não tem valores a receber da Americanas.
No total, a nova lista de credores atualiza a dívida com os cinco maiores bancos do País de R$ 13,1 bilhões para R$ 15,2 bilhões. O que teve maior alteração foi o Itaú Unibanco (ITUB4), cujo crédito passou de R$ 2,9 bilhões para R$ 4,3 bilhões. Isto porque o documento agora contempla novas aplicações em fundos geridos pelo Itaú. Na primeira lista, o Itaú e seus fundos apareciam em seis ocorrências diferentes. Agora, aparecem em 13.
A diversidade de credores da Americanas
A lista também mostra que as dívidas da Americanas vão desde fornecedores de produtos até concessionárias de energia elétrica e saneamento, passando, inclusive, por empresas de auditoria.
Na lista, a PwC, responsável por auditar os balanços da Americanas nos últimos anos, aparece com crédito de R$ 210 mil. A Ernst & Young, que já auditou o balanço da varejista no passado, tem crédito de R$ 990 mil, enquanto a Deloitte tem R$ 110 mil.
Com a Nestlé Brasil, responsável por marcas como KitKat, Suflair e Passatempo, a dívida da Americanas soma R$ 239,8 milhões. Já com a Mondelez, dona do Trident, Bis, Halls, entre outras guloseimas, a dívida é de R$ 96 milhões.
A Americanas também tem dívidas com as principais empresas de telefonia do Brasil. A empresa deve R$ 8,8 milhões para a Vivo, R$ 6,6 milhões para a Claro, R$ 96 mil para a Oi e R$ 48 mil para a TIM.