Magazine Luiza (MGLU3) deixa prejuízo para trás e lucra R$ 331,2 milhões no terceiro trimestre — mas também revela ajuste contábil
A última vez que o Magalu teve resultado líquido positivo foi no quarto trimestre de 2021, quando o lucro líquido foi de R$ 93 milhões

Não é de hoje que o varejo brasileiro trafega em vias congestionadas e que fez muita gigante do setor pisar no freio — ou até dar marcha ré. Mas esse não é o caso do Magazine Luiza (MGLU3) no terceiro trimestre. O Magalu, no entanto, não conseguiu escapar de ajustes contábeis no período.
A varejista pisou no acelerador e deixou as rivais para trás bem como seis trimestres consecutivos de perdas. Entre julho e setembro deste ano, o Magalu voltou a gerar lucro.
A empresa saiu de um prejuízo de R$ 190,9 milhões no terceiro trimestre de 2022 para um lucro líquido de R$ 331,2 milhões agora.
A última vez que o Magazine Luiza teve resultado líquido positivo foi no quarto trimestre de 2021, quando o lucro líquido foi de R$ 93 milhões.
“Diante de um cenário macro ainda desafiador, o Magalu segue conciliando iniciativas com impacto imediato sobre as vendas e, sobretudo, a rentabilidade, e sua estratégia de longo prazo, calcada principalmente na expansão do marketplace”, afirmou a administração da empresa no relatório de resultados.
E as vendas do Magalu?
As vendas totais do Magazine Luiza — que inclui as lojas físicas, o e-commerce com estoque próprio e as lojistas virtuais (marketplace) — cresceram 4,8% no terceiro trimestre na comparação anual e atingiram R$ 15 bilhões.
Leia Também
Esse desempenho foi patrocinado pela expansão de 5,7% do e-commerce total, de 2,3% nas lojas físicas, além do marketplace, que cresceu 24,8%. A participação do e-commerce no total nas vendas teve leve alta de 0,7 ponto percentual (pp), correspondendo a 73,2%.
No mesmo período, o e-commerce brasileiro teve uma queda de 7%, segundo a Neotrust, enquanto as vendas do Magalu no segmento saltaram para R$ 11 bilhões.
- Leia também: Americanas (AMER3) adia republicação de balanços — de novo — e atrasa acordo com credores; veja a nova data
ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIs, BDRs, CRIPTOMOEDAS - VEJA INDICAÇÕES GRATUITAS
Outros números do Magazine Luiza no trimestre
A receita líquida do Magazine Luiza totalizou R$ 8,57 bilhões, o que representa uma queda de 2,6% em relação ao terceiro trimestre de 2022.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), por sua vez, foi de R$ 970,9 milhões, um resultado 2,1 vezes maior do que o obtido no mesmo período do ano anterior.
A geração de caixa operacional do Magalu foi de R$ 327 milhões. Já a posição de caixa líquido foi de R$ 700 milhões e a posição de caixa total alcançou R$ 8,1 bilhões.
MagaluPay
O volume total de transações processadas (TPV) da fintech do Magazine Luiza atingiu R$ 25 bilhões no trimestre, com alta de 11%.
O MagaluPay, por sua vez, superou a marca de 11,1 milhões de contas digitais. Mas nem tudo são flores para a varejista neste período. Na Luizacred, ja oint venture com o Itaú, houve R$ 15 milhões de prejuízo.
Por outro lado, a taxa de inadimplência de curto prazo foi de 3,3%, uma melhora de 0,2 p.p. em relação a junho de 2023. A carteira vencida acima de 90 dias também teve leve melhora — uma taxa de 10,5% em setembro, 0,4 p.p menor que em junho de 2023.
A denúncia contra o Magazine Luiza
Em um comunicado separado dos resultados financeiros, o Magazine Luiza informou que a apuração conduzida por Tozzini Freire Advogados e PricewaterhouseCoopers, sob supervisão do Comitê de Auditoria, Riscos e Compliance da companhia (CARC), concluiu como improcedente uma denúncia anônima de supostas práticas comerciais em desacordo com o Código de Conduta e Ética da companhia.
Segundo o relato não identificado, e informado ao mercado em fato relevante de 9 de março, as práticas envolveriam operações de bonificação relativas a compras de fornecedores e distribuidores.
O Magalu explicou que ao final da apuração foram identificadas incorreções em lançamentos contábeis relacionados ao período de competência do reconhecimento contábil de bonificações em determinadas transações comerciais.
Isso ocorreu, no entanto, pelo fato de certas notas de débito terem sido emitidas pela companhia e assinadas por fornecedores sem observar com precisão as obrigações de desempenho, as quais variam de acordo com as especificidades de cada negociação.
O conselho de administração do Magalu determinou a correção dos lançamentos contábeis correspondentes ao ajuste acumulado no patrimônio líquido da companhia no valor de R$ 829,5 milhões em 30 de junho deste ano, líquido de impostos e sem impacto no seu fluxo de caixa — os lançamentos foram refletidos no Formulário de Informações Trimestrais (ITR) relativo ao terceiro trimestre divulgados hoje.
A varejista informou ainda que, com base em recente decisão do STJ e na opinião de seus assessores legais, reconheceu neste trimestre o montante de R$ 688,7 milhões, ou R$ 507,4 milhões líquidos de impostos, em créditos fiscais extemporâneos de PIS/Cofins sobre bonificações recebidos de seus fornecedores.
Considerando os ajustes, a redução no patrimônio líquido do Magazine Luiza foi de R$ 322,1 milhões.
Gol (GOLL54) emite mais de 9 trilhões de ações e conclui capitalização bilionária; confira os detalhes da reestruturação
A operação teve como objetivo converter em ações os créditos devidos pela Gol, conforme o plano de recuperação judicial aprovado na Justiça dos EUA
Cade dá sinal verde para Nelson Tanure comprar controle da Braskem (BRKM5) mesmo sem OPA. O que falta para a aquisição sair do papel?
O Cade aprovou, sem restrições, a potencial transação proposta pelo empresário. No entanto, há outras etapas a serem concluídas antes que uma eventual troca de controle se concretize
Um cliente, US$ 52 bilhões a menos: a saída inesperada que derrubou as ações da BlackRock; entenda o que aconteceu
No pregão da última terça-feira (15), as ações da gestora listadas na bolsa de Nova York chegaram a desabar 7% após a divulgação dos resultados
Para o BTG, venda da Santa Elisa mostra pressa da Raízen (RAIZ4) em ganhar eficiência
Analistas enxergam movimento simbólico na reestruturação da companhia e destacam impacto operacional além do financeiro
Usiminas (USIM5): Os seis motivos que explicam por que o Goldman Sachs rebaixou as ações — um deles tem a ver com a CSN (CSNA3)
As ações encerraram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de o banco rebaixar as ações citando a China e a CSN entre as razões
US$ 10 bilhões para mudar o mundo: Jeff Bezos escala veterano da Amazon para comandar fundo climático
Ex-chefe da divisão da assistente de voz Alexa na Amazon deixa a aposentadoria para liderar uma das apostas mais simbólicas do bilionário em seu “legado verde”
Entenda o que está em jogo para Nvidia e AMD com retomada de vendas para a China
Após a proibição imposta em 15 de abril, rumores sugerem que a licença para embarques de GPUs de IA à China pode ser retomada; Bank of America faz projeções para as ações das duas empresas
Heineken sobe preço da cerveja no Brasil e Ambev (ABEV3) brinda com alta das ações
Os papéis da gigante das bebidas surgem entre as maiores altas do Ibovespa nesta quarta-feira (16) na esteira da notícia de que a holandesa vai reajustar preços depois de um ano
Ações da Aura Minerals chegam a Wall Street, mas IPO fica abaixo da meta de US$ 210 milhões
A mineradora canadense desembarcou nesta quarta-feira (16) com as ações AUGO na bolsa norte-americana Nasdaq
Família Coelho Diniz abocanha mais uma fatia do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3); confira os detalhes
O movimento que eleva a participação da família para quase 18%; saiba como fica o cenário do controle acionário da varejista
Carteira ESG: sai Mercado Livre (MELI34), entra Rede D’Or (RDOR3); veja as escolhas do BTG que aliam lucro e sustentabilidade em julho
A seleção do BTG Pactual aposta em ativos com valuation atrativo e foco em temas ambientais, sociais e de governança — e traz novidades importantes para o investidor ESG neste mês
MRV (MRVE3) lidera as quedas do Ibovespa: o que desagradou os analistas na prévia operacional do 2T25?
Apesar da MRV&Co ter saído do vermelho, com geração de caixa no 2T25, outras linhas ofuscaram os pontos positivos da prévia operacional do segundo trimestre
Marfrig (MRFG3) concentra 75% das ações nas mãos dos controladores; saiba o que está por trás desse movimento
A mudança acontece um dia após a Previ, maior fundo de pensão do país, zerar sua posição histórica na BRF (BRFS3)
Raízen (RAIZ4) fecha negócio de R$ 1 bilhão na missão para reduzir sua dívida — São Martinho (SMTO3) é uma das envolvidas na transação
A Raízen anunciou que pretende descontinuar as atividades na Usina Santa Elisa. Para isso, fechou negócio para vender 3,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, e a São Martinho está entre os compradores
Agora vai? BRF e Marfrig remarcam (de novo) as assembleias de fusão. Entenda as críticas dos minoritários e o que esperar da votação
As assembleias gerais extraordinárias (AGE), que definem o futuro da combinação de negócios dos frigoríficos, serão realizadas no dia 5 de agosto
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3) vai distribuir R$ 330 milhões em proventos; confira os prazos
Telefônica vai distribuir proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio, com pagamento programado somente para próximo ano
Previ vende R$ 1,9 bilhão em ações da BRF (BRFS3) e zera posição de 30 anos; veja o que motivou o fundo de pensão
Vendas aconteceram ao longo da última semana, enquanto fundo trava uma disputa com a empresa na Justiça
MRV (MRVE3) ensaia retorno aos bons tempos com geração de caixa no 2T25 e até Resia fica no azul — mas nem tudo foi festa
De acordo com a prévia operacional divulgada nesta segunda-feira (14), a MRV&Co voltou a gerar caixa no 2T25 — mas a operação principal ainda ficou no vermelho
BRB entra na mira da CVM — e nova investigação não tem nada a ver com o Banco Master, segundo jornal
Todo o comando do Banco de Brasília está sendo processado pela autarquia por irregularidades financeiras; entenda
Ações da Embraer (EMBR3) caem 11% em uma semana e JP Morgan diz que o pior ainda está por vir
O banco norte-americano acredita que, no curto prazo, a fabricante brasileira de aeronaves continuará volátil, com ações sendo usadas como referência para o risco tarifário