Petrobras (PETR4) é pressionada pelo governo a fazer acordo e pagar parte de dívida de R$ 100 bi em impostos. Os dividendos estão em risco?
O ministro de Minas e Energia disse que a Petrobras tem obrigação de dar exemplo, mas, mesmo com eventual acordo, a estatal deve desembolsar no mínimo R$ 30 bilhões
Já faz algum tempo que analistas avaliam quais os possíveis impactos para a Petrobras (PETR4; PETR3), inclusive no pagamento de dividendos, no caso de uma condenação em uma disputa bilionária no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
Porém, o caso ganhou um novo capítulo neste último domingo (17), depois de entrevista do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, à agência de notícias Bloomberg.
Durante a entrevista, Silveira fez um apelo para que a estatal dê o exemplo a outras empresas com dívidas fiscais e se sente à mesa com a Receita Federal, considerando não apenas seus investidores privados, mas o dever que tem com o Brasil.
A dívida da petrolífera ultrapassa os R$ 100 bilhões em impostos atrasados devido ao não pagamento de taxas em importações, remessas ao exterior e lucros passados, de acordo com autoridades do governo ouvidas pela Bloomberg.
Um possível acordo com o governo poderia diminuir o montante para menos da metade do valor, para R$ 30 a R$ 40 bilhões.
Porém, em agosto, a Petrobras negou que estaria negociando um acordo com o governo e disse que suas decisões sobre obrigações tributárias levam em consideração as esferas administrativa e judicial.
Leia Também
Como é o foguete que o Brasil vai lançar em dezembro (se não atrasar de novo)
Liquidação do Banco Master não traz risco sistêmico, avalia Comitê de Estabilidade Financeira do BC
O Carf é uma entidade administrativa do governo, o que significa que, caso condenada, ela pode recorrer na Justiça.
Pagamento de R$ 30 bi afeta dividendos extraordinários da Petrobras?
Os analistas do BTG Pactual comentaram sobre a possibilidade de a Petrobras fazer um acordo com o governo sobre a dívida e afirmam que isso não muda sua recomendação de compra para o papel.
Segundo os analistas, além de a estatal negar negociações, é importante considerar que ela pode preferir recorrer judicialmente no caso de eventuais prejuízos.
Outro ponto levantado pelo BTG é que mesmo que se chegue a um acordo com o governo, o pagamento de parte da dívida provavelmente será parcelado.
No pior cenário - no qual a petrolífera tenha que pagar cerca de R$ 30 bilhões - os analistas acreditam que “apenas os dividendos extraordinários do exercício financeiro de 2023 estariam em risco”.
Mesmo nesse caso, o cálculo é que as ações da Petrobras sejam negociadas com uma taxa de rendimento de dividendos (dividend yield) de 6% no segundo semestre de 2023 e de 17% em 2024.
“Portanto, acreditamos que qualquer queda significativa no preço das ações devido a esse problema constitui um bom ponto de entrada. A Petrobras continua sendo nossa principal escolha no setor de óleo e gás”, afirmaram os analistas, em relatório.
PETROBRAS (PETR4): DIVIDENDOS 'GORDOS' COMPENSAM O RISCO POLÍTICO DA PETROLEIRA? ANALISTA RESPONDE
Petrobras: previsão é de dividendos gordos
Em agosto, uma série de analistas começou a revisar suas previsões para a estatal, esperando que ela siga a distribuir dividendos bilionários para os acionistas.
O próprio BTG Pactual já havia destacado que a companhia anunciou uma robusta política de distribuição de dividendos.
Além disso, ressaltaram que os aumentos de preço da gasolina e do diesel feitos em meados do mês passado forçaram que, embora a nova política de preços não seja clara, ela não se desvinculará totalmente dos preços de mercado, reduzindo os riscos.
Na época, o BTG Pactual elevou a recomendação das ADRs (recibos que representam ações de empresas estrangeiras negociadas nos Estados Unidos) da Petrobras para “compra”, com preço-alvo de US$ 16 por papel, implicando em um potencial de valorização de 29% para os próximos 12 meses.
Já os analistas dos Bank of America calcularam que a Petrobras deve pagar US$ 19,5 bilhões em dividendos no ano que vem, o que significa quase R$ 100 bilhões, no câmbio atual. O cálculo considera um preço de US$ 90 do barril de petróleo.
Para os analistas do BofA, há alta probabilidade de pagamentos extraordinários já que a empresa não possui reserva estatutária e, portanto, não pode reter excesso de caixa e já que o governo brasileiro quer zerar o déficit fiscal em 2024.
A proposta do FGC para impedir um novo caso ‘Banco Master’ sem precisar aumentar o colchão do fundo
Com maior resgate da história do FGC, o caso Banco Master acelera discussões sobre mudanças nas regras do fundo e transparência na venda de CDBs
Pagamentos do Bolsa Família e Gás do Povo chegam a beneficiários com NIS final 8 nesta quarta (26)
O pagamento do benefício ocorre entre os dias 14 e 28 deste mês e segue ordem definida pelo último número do NIS
Quanto vai ser o salário mínimo de 2026 e o que ainda falta para ele entrar em vigor
O novo piso salarial nacional para 2026 já foi proposto, mas ainda aguarda aprovação; saiba o que ainda falta
Mega-Sena paga prêmio de quase R$ 15 milhões na ‘capital nacional do arroz’; bola dividida deixa Lotofácil em segundo plano
Enquanto a Mega-Sena saiu para uma aposta simples, a Lotofácil premiou um total de 11 apostadores; as demais loterias da Caixa acumularam ontem (25).
2026 sem alívio: projeções do Itaú indicam juros altos, inflação resistente e dólar quase parado
Cenário deve repetir 2025, apesar de R$ 200 bilhões em impulsos fiscais que turbinam o PIB, mas mantêm pressão nos preços
Um problema para o sistema elétrico? Por que a Aneel quer cortar o excedente de energia renovável
Agência aprova plano emergencial para evitar instabilidade elétrica em a excesso de energia solar e eólica
Uma vaca de R$ 54 milhões? Entenda o que faz Donna valer mais que um avião a jato
Entenda como Donna FIV CIAV alcançou R$ 54 milhões e por que matrizes Nelore se tornaram os ativos mais disputados da pecuária de elite
Foi vítima de golpe no Pix? Nova regra do Banco Central aumenta suas chances de reembolso; entenda como funciona
Nova regra do Banco Central reforça o MED, acelera o processo de contestação e aumenta a recuperação de valores após fraudes
BRB no centro da crise do Master: B3 exige explicações sobre possíveis operações irregulares, e banco responde
Em março, o banco estatal de Brasília havia anunciado a compra do Master, mas a operação foi vetada pelo Banco Central
Nova lei do setor elétrico é sancionada, com 10 vetos do governo: veja o que muda agora
Governo vetou mudança na forma de averiguar o preço de referência do petróleo, pois a redefinição da base de cálculo “contraria o interesse público”
Um conto de Black Friday: como uma data que antes era restrita aos Estados Unidos transformou o varejo brasileiro
Data que nasceu no varejo norte-americano ganhou força no Brasil e moldou uma nova lógica de promoções, competição e transparência de preços.
Lotofácil tem 24 ganhadores, mas só 3 vão receber o dinheiro todo; Timemania pode pagar (bem) mais que a Mega-Sena hoje
Seis bilhetes cravaram as dezenas válidas pela Lotofácil 3545, sendo três apostas simples e três bolões; todas as demais loterias sorteadas ontem acumularam
13º salário atrasou? Saiba o que fazer se o empregador não realizar o pagamento da primeira parcela até sexta-feira (28)
O prazo limite da primeira parcela do 13° é até a próxima sexta-feira (28), veja o que fazer caso o empregador atrase o pagamento
Seu Dinheiro figura no Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças 2025
Site contou com três jornalistas na primeira seleção que escolhe os 50 mais admirados do país
“O Banco Central não se emociona”, diz Galípolo; juro vai se manter restritivo até que inflação chegue à meta de 3%
Em evento da Febraban, o presidente do BC destacou o papel técnico da autarquia para controlar a inflação, sem influência da “questão midiática”
Defesa de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, pede habeas corpus para o banqueiro ao STJ
Ele recebeu voz de prisão de um policial federal à paisana no momento em que passava no raio-x do Aeroporto de Guarulhos para sair do Brasil na segunda-feira passada (17)
STF mantém prisão preventiva de Bolsonaro; entenda o que acontece agora
A ministra Cármen Lúcia foi a última a votar e apenas acompanhou o relator, sem apresentar voto escrito. Além dela, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram para confirmar prisão preventiva
Taxa Selic vai voltar para um dígito, segundo economistas, mas só em 2028 — já a inflação deve continuar acima da meta por bastante tempo
Boletim Focus desta segunda diminuiu a projeção de juros para 2026 e 2028, projetando pela primeira a Selic em 9,75% em 2028
Agenda da semana tem IPCA-15, inflação nos Estados Unidos e feriado de Ação de Graças em Wall Street
Semana traz agenda intensa de indicadores que incluem a prévia da inflação local e o PCE, índice de inflação favorito do Federal Reserve
Balanço do G20: Lula defende governança soberana em minerais críticos e IA e promete data para assinatura de acordo Mercosul-UE
Presidente discursou no evento sobre minerais como terras raras e inteligência artificial; a jornalistas, prometeu assinatura de acordo comercial para 20 de dezembro