Os Correios vão parar na Black Friday? Sindicato promete greve, mas empresa diz que opera normalmente
Os sindicatos dos Correios de São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru, Tocantins e Maranhão decidiram entrar em paralisação a partir desta quinta-feira (23) por tempo indeterminado

Se você tem comprinhas para chegar ou pretendia aproveitar a Black Friday para adquirir aquele produto tão sonhado, talvez tenha que esperar um pouco mais para receber as encomendas. Isso porque os trabalhadores de diversas unidades dos Correios no Brasil convocaram greve para esta semana.
*A matéria foi atualizada para incluir a informação de que a greve ainda deverá passar por aprovação em assembleias.
Os sindicatos dos Correios representados pela FINDECT (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios) decidiram entrar em paralisação a partir desta quinta-feira (23) por tempo indeterminado.
Vale ressaltar que a greve ainda deve passar por aprovação dos sindicatos em Assembleias, que estão marcadas para acontecer na noite desta quarta-feira (22) e na quinta-feira (23). A primeira reunião para bater o martelo começa às 19h30 de hoje.
Caso seja aprovada, a paralisação incluirá trabalhadores dos Correios de São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru, Tocantins e Maranhão.
Por sua vez, os Correios afirmaram que operam normalmente em todo o país até o momento, “com 100% dos empregados presentes, todas as agências abertas e todos os serviços disponíveis”.
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De acordo com a empresa, cinco dos 36 sindicatos dos Correios estão realizando assembleias para decidir se haverá ou não paralisação parcial.
Entretanto, ainda que os sindicatos aprovem a greve, a companhia afirma ter preparado “uma série de medidas para garantir a normalidade dos serviços”, como a contratação de mão de obra terceirizada, realização de horas extras, deslocamento de empregados entre as unidades e apoio de pessoal administrativo.
- Leia também: Black Fraude: veja quais produtos aumentaram de preço nas semanas anteriores à Black Friday
O acordo dos Correios
Segundo a assessoria de imprensa dos Correios, em 2023, a empresa assinou um acordo coletivo de trabalho que recuperou mais de 40 cláusulas que haviam sido excluídas pelo governo anterior.
Com o acordo, os Correios definiram um aumento de R$ 250 nos salários da maior parte do quadro de funcionários efetivos, equivalente a um aumento médio de 6,36% para mais de 71 mil empregados (83%), a partir de janeiro de 2024.
De acordo com a empresa, para uma parcela dos empregados, esse aumento chegaria a 12%.
Além disso, ontem, a companhia anunciou um programa de bolsa de estudos para empregados de nível médio — como carteiros e atendentes — nos cursos de graduação de sua escolha.
Confira alguns pontos do acordo:
- Aumento imediato nos benefícios de 3,53% – 100% do INPC, retroativo a agosto;
- Abonos de R$ 1 mil em 2023 e de R$ 1.500 em janeiro de 2024;
- Reembolso creche/babá de R$ 686,50;
- Licença paternidade de 20 dias;
- 50% de antecipação do 13º salário;
- Gratificação de quebra de caixa de R$ 256,22;
- Adiantamento de férias com desconto em 5 vezes;
- Remuneração e ticket mantidos por 90 dias para considerados inaptos pelo INSS;
- Ticket mantido até o retorno, em caso de acidente de trabalho;
- Abono-acompanhante de 6 dias;
- Adicional AADC para gestantes mantido a partir do 5º mês de gestação;
- Licença remunerada de 10 dias em caso de violência doméstica;
- Afastamento especial em caso de nascimento de bebê prematuro (para homens e mulheres);
- Horário especial de amamentação ampliado de 12 para 18 meses.
- Retorno da cláusula que prevê que os Correios arcarão provisoriamente com as multas de trânsito, relativas aos veículos da empresa, quando aplicadas nos percursos de coleta e entrega;
- Licença maternidade de 6 meses;
- Auxílio-especial de até R$ 2.868,45;
- Abono saúde de 10 dias.
Porém, de acordo com comunicado à imprensa da FINDECT, a greve — com início marcado para a véspera da Black Friday — vem na esteira da recusa da direção dos Correios em resolver 26 questões identificadas antes da assinatura do acordo coletivo.
O que diz o sindicato dos trabalhadores dos Correios
Um dos pontos do acordo de trabalho dos Correios questionados pela FINDECT é a falta de incorporação de R$ 250 ao salário base dos trabalhadores no acordo coletivo de trabalho, o que “contradiz o que foi negociado na mesa de negociação coletiva”, segundo a entidade.
Acontece que a direção dos Correios informou que, ao invés de ser incorporado aos salários, o pagamento seria feito em etapas (“steps”).
“A proposta de pagamento desse montante em “steps” não apresenta benefícios concretos e coloca em risco a estabilidade financeira da categoria”, destaca.
“Essa tentativa da ECT de transformar o reajuste salarial em uma medida superficial, sem impacto duradouro, é uma clara ameaça aos direitos e à estabilidade financeira da categoria.”
Além disso, na visão do sindicato, uma possível tributação sobre a bonificação de R$ 1500 em janeiro representa um sério risco de redução desses valores, o que agravaria os prejuízos para os trabalhadores dos Correios.
A Federação dos Sindicatos ainda exige a “realização de concursos públicos, melhorias nos planos de saúde e condições laborais dignas”.
“Esta greve não se limita à correção de inconsistências do acordo coletivo, mas busca reivindicar direitos e dignidade para os trabalhadores.”
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