O que você precisa saber sobre as novas regras dos fundos de investimento que entram em vigor hoje
Resolução CVM 175, chamada de Marco Regulatório dos Fundos de Investimento, permite que investidor de varejo tenha acesso a fundos hoje restritos a milionários; veja as mudanças que mais afetam a pessoa física

As regras dos fundos de investimento brasileiros mudaram. Nesta segunda-feira (02) entra em vigor finalmente a Resolução CVM 175, publicada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em dezembro do ano passado, após dois anos de discussão.
A nova norma deveria ter começado a valer no último mês de abril, mas seu lançamento foi adiado para hoje. De lá para cá, o chamado Marco Regulatório dos Fundos de Investimento foi pontualmente modificado por duas outras resoluções, as de números 184 e 187, que incluíram mais categorias de fundos de investimento nas novas regras.
O texto atualiza as normas inicialmente estabelecidas pelas Instruções de números 555 e 356, sendo composto por um conjunto de regras geral, válido para todos os fundos, e uma série de anexos específicos para cada categoria de fundos. Segundo a CVM, essa arquitetura traz flexibilidade e reduz custos.
Embora a maior parte das mudanças seja bastante técnica, algumas delas mudam diretamente a vida do investidor pessoa física que é cotista de fundos. As principais são aquelas que dão acesso ao público geral, inclusive ao investidor de varejo, a fundos antes restritos a investidores milionários, classificados como qualificados ou profissionais.
Segundo José Roberto Meirelles, coordenador da área de Mercado de Capitais e Fundos de Investimento do escritório Silveiro Advogados, destacam-se ainda as medidas que trazem mais segurança para o investidor, como a regulamentação da responsabilidade limitada dos cotistas de fundos, conforme já estava previsto na Lei de Liberdade Econômica, de 2019; e a possibilidade de os fundos criarem classes e subclasses de cotas, com segregação patrimonial, dentro da estrutura de um mesmo fundo.
A seguir, elencamos as mudanças introduzidas pela Resolução CVM 175 que afetam mais diretamente o investidor pessoa física:
Leia Também
Por que a Cogna (COGN3) quer fechar o capital da Vasta e tirar as ações da subsidiária de Wall Street
Quais tipos de fundos de investimento serão contemplados pelas novas normas?
A princípio, estão sujeitos às novas normas as seguintes categorias de fundos, que já dispõem de anexos na Resolução CVM 175:
- Fundos de Investimento Financeiro (FIF), que incluem os fundos abertos normalmente disponíveis para as pessoas físicas em plataformas de investimento, como os de renda fixa, multimercados, cambiais e de ações;
- Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC);
- Fundos de Investimento Imobiliário (FII);
- Fundos de Investimento em Participações (FIP);
- Fundos de Investimento em Índices de Mercado (ETFs);
- Fundos Mútuos de Privatização - FGTS (FMP-FGTS);
- Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional (Funcine);
- Fundos Mútuos de Ações Incentivadas (FMAI);
- Fundos de Investimento Cultural e Artístico (Ficart);
- Fundos previdenciários;
- FIDCs constituídos no âmbito do Programa de Incentivo à Implementação de Projetos de Interesse Social (FIDC–PIPS).
Posteriormente, a CVM deseja acrescentar também normas específicas para os Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros).
- [RENDA FIXA PREMIUM] Esses títulos são capazes de pagar retornos gigantescos mesmo com a queda da taxa Selic; acesse aqui
A quais novos investimentos o investidor pessoa física terá acesso?
A norma abre novas possibilidades de investimento para os FIFs, como a de investir em crioptoativos e ativos ligados à economia verde.
Também permite que fundos que investem 100% do patrimônio no exterior e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) possam ser oferecidos ao público geral, que inclui os investidores de varejo.
Hoje, tais investimentos são restritos aos investidores qualificados (com mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras) e profissionais (com mais de R$ 10 milhões sem aplicações financeiras).
No caso dos FIDCs, as novas regras preveem também a implementação de medidas que reduzem o risco para o investidor pessoa física, como o aumento das atribuições dos gestores, que passam a ficar responsáveis pela estruturação do fundo e pela verificação do lastro dos ativos que compõem a carteira; e a necessidade de os ativos (direitos creditórios) serem submetidos a registro, o que diminui o risco de fraude.
Entenda o que são e como funcionam os FIDCs.
A DINHEIRISTA – Crise nas Casas Bahia: Estou perdendo rios de dinheiro com ações VIIA3 (que viraram BHIA3). E agora?
Quais são as novidades que aumentam a segurança para o patrimônio dos investidores de fundos?
- Gestora e administradora passam a dividir responsabilidades na contratação de prestadores de serviços dos fundos. A medida amplia o envolvimento e a responsabilidade da gestora. Hoje, é a administradora a responsável por todas as contratações. Com a nova norma, a gestora cuidará de algumas delas, como a do distribuidor e a da consultoria de investimentos, enquanto a administradora permanecerá responsável por contratar outras, como a auditoria e o custodiante.
- Fundos poderão prever responsabilidade limitada ou ilimitada para os cotistas: hoje, por padrão, cotistas podem ser chamados a aportar mais recursos em caso de perdas em valor superior ao patrimônio do fundo. A nova regra inverte essa lógica. Todos os fundos passam a prever responsabilidade limitada, em que os cotistas passam a responder apenas até o valor das suas cotas. Para preferem responsabilidade ilimitada, os fundos deverão comunicar aos cotistas, que deverão assinar um termo de ciência. “O que hoje é regra vai passar a ser exceção. Vai ser uma segurança maravilhosa para o investidor”, diz Meirelles.;
- Fundos poderão passar a pedir insolvência: tendo em vista o item anterior, os fundos de investimento poderão passar a pedir insolvência, seguindo a mesma legislação das empresas, caso cheguem a ter problemas de liquidez e não possam pedir novos aportes dos cotistas;
- Fundos poderão passar a ter classes e subclasses de cotas dentro da mesma estrutura, mas com patrimônios segregados e voltadas para diferentes ativos (ações, renda fixa, câmbio etc.): por exemplo, será possível dispor de classes que permitam investir em determinados tipos de ativos vedados para as demais classes ou voltadas a um perfil específico de investidor, inclusive com taxas de administração e performance diferentes para cada uma. Também será possível manter os fundos master e fundos-espelho sob o mesmo chapéu. O investidor poderá escolher em quais classes investir (e quais riscos correr), e caso uma classe dê prejuízo, ela não afetará as demais. Com isso, explica Meirelles, as gestoras não vão precisar mais criar vários fundos para os cotistas acessarem separadamente os diferentes ativos da sua estratégia. “Dentro dessa estrutura única, o fundo pode, se quiser, utilizar os mesmos prestadores de serviços, o que pode, no futuro, reduzir os custos do fundo”, diz o advogado.
Até quando os fundos de investimento precisam se adequar totalmente à nova norma?
Os fundos que surgirem a partir da publicação da norma deverão já nascer adaptados às novas regras. Mas aqueles que já existem precisam se adaptar totalmente às novas regras até 31 de dezembro de 2024, com exceção dos FIDCs, que têm prazo até 1º de abril de 2024.
Esse prazo de transição, porém, pode trazer efeitos colaterais negativos para a indústria de fundos, na opinião de José Roberto Meirelles. Para ele, essa convivência entre regras diferentes durante tanto tempo pode trazer certa insegurança jurídica e até mesmo elevar os custos para os prestadores de serviços da indústria de fundos.
Professores já podem se cadastrar para emitir a Carteira Nacional de Docente
Carteira Nacional de Docente começará a ser emitida em outubro e promete ampliar acesso a vantagens para docentes
O homem mais rico do Brasil não vive no país desde criança e foi expulso da empresa que fundou; conheça Eduardo Saverin
Expulso do Facebook por Mark Zuckerberg, Eduardo Saverin transformou sua fatia mínima na empresa em bilhões e hoje é o brasileiro mais rico do mundo.
Polícia Federal prende 8 suspeitos de ataque hacker durante tentativa para invadir o sistema de Pix da Caixa Econômica Federal
As prisões em flagrante foram convertidas em preventivas e os suspeitos poderão responder pelos crimes de organização criminosa
Tamagotchi: clássico dos anos 1990 ganha nova versão e volta a fazer sucesso
Impulsionado por revival de adultos que cresceram nos anos 1990, Tamagotchi ultrapassa a marca de 100 milhões de unidades vendidas
Moody’s teme reversão de lista de isenção dos EUA ao Brasil após condenação de Bolsonaro
Em agosto, o presidente dos EUA, Donald Trump, promoveu um “tarifaço” contra produtos brasileiros, porém, 694 produtos que ficaram de fora da lista
Copa do Brasil 2025: por que Vasco e Fluminense faturaram até agora mais dinheiro que Corinthians e Cruzeiro mesmo com todos classificados para as semifinais
Apesar de estarem na mesma fase da Copa do Brasil, a dupla carioca percorreu um caminho diferente dos outros dois semifinalistas
A felicidade durou pouco: Elon Musk desbanca Larry Ellison e retoma o trono de homem mais rico do mundo
A disputa pelo topo da lista dos mais ricos continua acirrada: Elon Musk retomou a liderança como o homem mais rico do mundo, com uma fortuna de US$ 399 bilhões
Lotofácil e Dia de Sorte têm bolas divididas e deixam 4 apostadores no meio do caminho rumo ao primeiro milhão
Enquanto a Lotofácil e a Dia de Sorte tiveram dois ganhadores cada, a Quina e a Timemania acumularam na noite de quinta-feira
Mega-Sena sai pela primeira vez em setembro e paga quase R$ 54 milhões a dono ou dona de aposta simples
Depois de sair três vez em agosto, a faixa principal da Mega-Sena tem seu primeiro ganhador em setembro; ele ou ela tem agora 90 dias para reivindicar o prêmio
Banco Central amplia regras de segurança e proíbe bancos de efetuar pagamentos para contas suspeitas de fraude
A nova norma vem na esteira de uma série de medidas da autarquia para aumentar a segurança das transações financeiras
Bebidas com cannabis: como a criatividade brasileira desafia as barreiras de um mercado bilionário?
Enquanto o mercado global de bebidas com THC e CBD movimenta bilhões, a indústria brasileira inova com criatividade, testando os limites da lei e preparando o terreno para uma futura legalização
Entre a simplicidade e a teimosia, Lotofácil 3483 tem 4 ganhadores, mas ninguém fica muito perto do primeiro milhão
Assim como aconteceu na segunda e na terça-feira, a Lotofácil foi a única loteria a ter vencedores na faixa principal ontem
O trono de homem mais rico do mundo tem um novo dono: Larry Ellison, cofundador da Oracle, ultrapassa Elon Musk
Salto nas ações da Oracle e projeções otimistas para a nuvem transformam Larry Ellison no novo homem mais rico do planeta, desbancando Elon Musk
Fux rejeita condenação de Bolsonaro por organização criminosa e dá início ao julgamento de outros crimes
O voto do Ministro ainda está em andamento,
Mais de 48 milhões de brasileiros ainda têm dinheiro esquecido nos bancos; veja se você é um deles
Sistema de Valores a Receber do Banco Central já devolveu R$ 11,3 bilhões, mas ainda há R$ 10,7 bilhões disponíveis para saque
O que é a “cláusula da desgraça” que faz influencers lucrarem com as perdas de seus seguidores nas bets
A cada real perdido por seguidores, influencers recebem comissão das casas de apostas
Trabalho presencial, home-office total ou regime híbrido? Demissões no Itaú colocam lenha no debate
As demissões no Itaú tiveram como justificativa a alegação de inatividade dos colaboradores durante o home office
Mega-Sena 2912 acumula, mas Lotofácil 3482 deixa mais duas pessoas mais próximas do primeiro milhão
Assim como aconteceu na segunda-feira, a Lotofácil foi a única loteria a ter vencedores na faixa principal ontem; além da Mega-Sena, a Quina, a Dia de Sorte e a Timemania também acumularam
Fitch projeta novo cenário de crédito no Brasil com o Pix parcelado; saiba quem ganha e quem perde com isso
Agência de classificação de risco prevê que o modelo vai remodelar pagamentos e aumentar a concorrência com os cartões de crédito no Brasil; Banco Central deve liberar nova modalidade ainda em setembro
‘Vamos explorar petróleo na Foz do Amazonas’, diz Lula — presidente tenta esfriar tensões em torno da Margem Equatorial
Durante entrevista à Rede Amazônica, o petista falou sobre as atividades na região e também saiu em defesa da ministra do Meio Ambiente