O que está no caminho da queda da inflação no mundo? Campos Neto revela os obstáculos globais — e os riscos para o Brasil
Apesar da preocupação do Copom em relação ao cenário externo ter aumentado, esse crescimento não mudou o balanço de risco do BC
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, revelou nesta sexta-feira, 17, os obstáculos para a continuação da queda da inflação no mundo.
"A inflação cheia mundial teve um repique de energia e depois voltou a cair. Havia um entendimento de que, pelos conflitos globais, o preço do petróleo podia subir muito, mas isso durou dois ou três dias e voltou a cair", afirmou Campos Neto, durante participação em evento.
Segundo o presidente do BC, entre os riscos para a desinflação, está o mercado de trabalho "apertado" no mundo inteiro.
"Não tem sobra no mercado de mão-de-obra. Há uma subida de salários reais em alguns lugares, portanto, não vai haver uma grande desinflação de salários."
Além disso, o chefe do BC citou a volatilidade causada pela guerra entre Israel e Hamas e os efeitos sobre o mercado de commodities.
"Outro argumento para a desinflação global era que o preço das commodities iria cair, mas talvez isso não seja tão fácil assim. Temos um conflito grande no Oriente Médio que gera volatilidade grande, e se o Irã entrar na guerra pode haver outros desdobramentos."
Leia Também
Sobre a desinflação de alimentos, Campos Neto argumentou que o mundo entrou em uma "curva exponencial de desastres naturais".
"Não dá para dizer que os preços de alimentos vai subir, mas dá para dizer que será mais volátil, ou seja, com mais incerteza. Por isso, precisamos prestar atenção", destacou.
Outro fator para a redução da inflação global seria o fim da reorganização das cadeias produtivas internacionais. "Só que essa reorganização, com friendshoring, tem significado mais custo para as empresas. Do lado de custos, temos esse desafio."
- VEJA TAMBÉM: COMO VIVER DE RENDA COM INVESTIMENTOS: O MÉTODO QUE PODE GERAR PAGAMENTOS CONSISTENTES NA SUA CONTA
Inflação no exterior aumenta riscos no Brasil?
O presidente do Banco Central ainda afirmou que, apesar da preocupação do Copom (Comitê de Política Monetária) em relação ao cenário externo ter aumentado, esse crescimento não foi suficiente para alterar o balanço de risco do comitê.
No começo do mês, o Copom reduziu a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto porcentual, para 12,25% ao ano.
"Elucidamos na ata que teve um diretor que achava que sim, que o externo tinha mudado a ponto de alterar o balanço de riscos, mas essa não foi a opinião majoritária", afirmou.
Campos Neto reforçou que o cenário externo ficou mais desafiador, mas por outro lado a inflação corrente também melhorou.
"Não temos uma relação mecânica com fatores de risco do balanço. A questão é como esses fatores afetam as variáveis usadas para tomar decisão."
- Leia também: Diretor do BC dá novas pistas sobre próximos passos de Campos Neto e do Copom para a Selic
Em relação aos juros, o presidente do BC repetiu os argumentos usados pelo Copom para não traçar uma trajetória para o ciclo de afrouxamento.
"A função do forward guidance é tentar diminuir a volatilidade. Mas toda vez que você fala o que vai acontecer na frente, se você errar o guidance, há um custo de credibilidade em refazer a mensagem", afirmou.
Campos Neto reforçou que o "guidance" do Copom é dizer que a Selic deve continuar no campo restritivo devido aos patamares atuais de inflação.
"Não vamos desenhar uma trajetória, porque achamos que há tanta incerteza que esse desenho não teria o valor esperado positivo em termos de comunicação", completou.
*Com informações de Estadão Conteúdo.
Estes brinquedos já custam quase o mesmo que um smartphone da Samsung; veja a comparação
Modelos premium de Barbie, Lego e itens colecionáveis chegam ao varejo com preços que rivalizam com eletrônicos
Haddad crava: votação de projeto contra devedores contumazes deve acontecer nesta terça (9); ministro tenta destravar pauta fiscal
Haddad vê clima favorável na Câmara para avançar em medidas que reforçam a arrecadação e destravam o Orçamento de 2026
CNH sem autoescola aprovada: veja como será o novo processo e quanto você vai economizar
As novas regras da CNH sem autoescola, agora dentro do programa CNH do Brasil, reduzem custos, flexibilizam aulas e ampliam o acesso à habilitação
Com dividendos no radar, Prio (PRIO3) é a queridinha do BTG Pactual, mas preço-alvo cai
A atualização veio na esteira do Investor Day, quando a petroleira forneceu mais detalhes sobre o momentum operacional e as prioridades
Como vai funcionar a renovação automática da CNH para quem é bom motorista
Novas regras da CNH incluem renovação automática para bons condutores, provas mantidas, instrutores autônomos e queda de até 80% no custo da habilitação
'Não devemos ficar em berço esplêndido, temos de fazer um esforço fiscal maior', diz Alckmin
“Nós estamos num momento importante, com 5,4% de desemprego, o menor da série histórica, e com 4,4% de inflação, caindo, isso é raro”, afirmou o vice-presidente
Mega-Sena 2949 distribui R$ 20 milhões hoje, mas Timemania rouba a cena e dispara para R$ 61 milhões; veja os prêmios das loterias da Caixa
Confira os valores oferecidos pela Mega-Sena, Timemania, +Milionária, Lotofácil e demais modalidades da Caixa nos sorteios desta terça (9) e quarta-feira (10)
A nova compra do Itaú (ITUB4), que envolve cartões de Casas Bahia (BHIA3), GPA (PCAR3) e Assaí (ASAI3)
O maior banco privado do país adquiriu as participações de três varejistas na Financeira Itaú CBD; entenda a operação
O ano dos bilionários: nunca houve tantos super-ricos quanto em 2025, e eles nunca foram tão endinheirados
Os quase 3 mil bilionários do planeta concentram fortunas de US$ 15,8 trilhões; alta é decorrente do crescimento das empresas ligadas à inteligência artificial
Loterias da Caixa: Quina sorteia R$ 7,5 milhões nesta segunda; Timemania, com R$ 61 milhões, lidera premiações da semana
Com dezembro avançando e a Mega da Virada no horizonte, prêmios se acumulam e movimentam apostadores de todo o país
Super Quarta no radar: EUA e Brasil decidem juros em semana de IPCA; confira a agenda econômica dos próximos dias
O calendário também conta com publicação de dados dos Estados Unidos de meses anteriores, já que a paralisação do governo norte-americano interrompeu a divulgação de indicadores importantes
Representante dos EUA diz que compromissos comerciais da China estão ‘indo na direção certa’
O fluxo entre os dois países já caiu cerca de 25%, afirma o representante comercial dos EUAZ. “Provavelmente precisa ser menor para que não sejamos tão dependentes uns dos outros”
Mega-Sena: Ninguém acerta as seis dezenas e prêmio vai a R$ 20 milhões
Quarenta e dois apostadores acertaram a quina e vão receber, cada um, R$ 42.694,24
Renda da população deve continuar subindo no curto prazo: isso é bom ou ruim para a economia? Veja qual o impacto na inflação e nos juros
Mesmo com desaceleração da atividade econômica, renda deve continuar em alta; no entanto, isso não preocupa tanto os economistas
XP vê início dos cortes da Selic em março, mas não descarta começo mais cedo: sinais são positivos, e um dado atrapalha
Com a desaceleração da inflação e valorização do câmbio, BC pode começar ciclo de cortes da Selic, mas gastos do governo ainda preocupam
Ao Cade, entidades se posicionam contra fusão Petz (PETZ3) e Cobasi, que criaria gigante de R$ 7 bilhões
Além disso, alegam que a fusão Petz-Cobasi eleva em 35% o risco de fechamento de pet shops de bairro
Relator de PL sobre fim da escala 6×1 apresenta novo texto, com jornada de no máximo 40 horas semanais
Prates também colocou um dispositivo que dá a possibilidade de regime de trabalho na escala 4×3, com limite máximo de 10 horas diárias
Metrô de SP testa operação 24 horas, mas só aos finais de semana e não em todas as linhas; veja os detalhes
Metrô de SP amplia operação aos fins de semana e avalia se medida tem viabilidade técnica e financeira
Salário mínimo de 2026 será menor do que o projetado; veja valor estimado
Revisão das projeções de inflação reduz o salário mínimo em R$ 3 a estimativa do piso nacional para 2026, que agora deve ficar em R$ 1.627
A nova elite mundial: em 2025, 196 bilionários surgiram sem herdar nada de ninguém — e há uma brasileira entre eles
Relatório da UBS revela que 196 bilionários construíram fortuna sem herança em 2025, incluindo uma brasileira que virou a bilionária self-made mais jovem do mundo