Lula pode vencer briga com o BC sem fazer nada: Entenda como a crise na Americanas (AMER3) pode fazer a Selic despencar
No episódio #33, Sergio Werlang, ex-diretor do Banco Central, e Bráulio Borges, pesquisador do Ibre/FGV, explicam como funcionam as metas do BC — e qual a ligação da Americanas com tudo isso

O embate entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Roberto Campos Neto, chefe do Banco Central, a respeito da política monetária brasileira tomou novos contornos — e o petista pode acabar vencendo a queda de braço com o BC sem mexer nem um dedo a mais. Tudo por conta da Americanas (AMER3).
Em meio ao conturbado cenário econômico brasileiro com o embate público entre o Palácio do Planalto e o BC, ainda estava o caos corporativo instaurado após a revelação do rombo na varejista apoiada por Jorge Paulo Lemann.
Eu sei que você deve estar se questionando: “Como raios a crise contábil na varejista teria relação com as brigas e decisões sobre metas de juros e inflação?”.
No episódio #33 do Market Makers, Sergio Werlang, doutor em economia e ex-diretor do Banco Central, e Bráulio Borges, pesquisador do Ibre/FGV e mestre em economia, explicam como funcionam as metas do BC — e qual a ligação da Americanas com tudo isso.
Confira o episódio completo no Spotify:
A Americanas (AMER3) e os juros
O pesquisador do Ibre/FGV, Bráulio Borges, avalia que o rombo bilionário nas contas da Americanas pode ter afetado outras empresas por um “efeito contágio” e disparou um sinal de alerta entre os bancos.
Leia Também
Um exemplo disso foi a afirmação do BTG Pactual sobre a linha de crédito concedida à Americanas. O banco contou que, não fosse a presença de três dos homens mais ricos do Brasil como acionistas de referência, ele não teria concedido tanto crédito assim à varejista.
“A crise da Americanas aparentemente está se estendendo para outras empresas, não por questões de fraude como parece ter sido na varejista, mas por um certo efeito contágio no mercado de crédito”, disse o pesquisador, em conversa com os apresentadores Thiago Salomão e Renato Santiago.
“É uma espécie de choque exógeno de aperto de condições financeiras que pode ‘ajudar’ o Banco Central na tarefa de esfriar a economia para trazer a inflação para [os níveis das] metas”, projeta.
Isso porque, segundo o economista, a linha de crédito, aliada às expectativas e preços de outros ativos, é um dos principais canais de transição da política. “Se o crédito já está tomando uma freada adicional sem que a Selic tenha mexido, na prática, isso corresponde a um aperto adicional de política”.
“Talvez, essa questão do do mercado de crédito corporativo permita que a Selic caia bastante ainda neste ano”, conta Bráulio Borges.
Basta dar play para escutar o episódio completo!
Juros e o arcabouço fiscal
A questão das metas de inflação e juros ocupa os holofotes há algumas semanas. Enquanto Lula tecia críticas à Selic e ao próprio Banco Central de um lado, no campo oposto, Campos Neto defendia a autonomia e independência da autarquia.
“A meta tem que ser crível. Não adianta ficar desviando persistentemente da meta, porque se eu desvio persistentemente, isso vai ser incorporado no prêmio de alongamento dos títulos”, destaca Bráulio Borges.
Na visão do pesquisador do Ibre/FGV, para atingir essa credibilidade, o arcabouço deve ser simples, flexível, e de fácil monitoramento pela sociedade.
Borges afirma que, se o arcabouço fiscal for aprovado em março e abril e for ‘bem desenhado’, a possibilidade de efeitos positivos é maior que a chance de piora da situação.
“É preciso monitorar as duas questões: a crise no mercado de crédito e como isso se desenrola, e a própria questão do arcabouço fiscal”, destaca Borges. “Isso constrói um cenário muito favorável para que a Selic possa cair bastante ainda este ano, talvez para perto de um dígito”.
Assista ao bate-papo no YouTube:
O que o melhor remédio do mundo contra a insônia, agora aprovado pela Anvisa, tem que seus concorrentes não têm
Novo remédio contra insônia aprovado pela Anvisa promete noites de sono mais profundo, com menos riscos e efeitos colaterais que os tratamentos tradicionais
Golpe da confirmação de compra: saiba como se proteger e o que fazer caso seja vítima
Criminosos usam falsas centrais de atendimento para aplicar o “golpe da confirmação de compra”; veja como ele funciona, como se proteger e o que fazer se cair na armadilha
Quina e +Milionária acumulam; Mega-Sena pode pagar R$ 33 milhões hoje
Além da Lotofácil, da Quina e da +Milionária, a Caixa sorteou ontem os números da Lotomania, da Dupla Sena e da Super Sete
Lotofácil 3489 faz novo milionário na mesma lotérica que pagou prêmio de 7 dígitos há pouco tempo
Enquanto isso, mesmo sem ter acumulado ontem, a Lotofácil promete um prêmio mais alto que de costume no sorteio programado para hoje à noite
Bolsa Família setembro 2025: pagamento para NIS final 2 acontece nesta quinta-feira (18)
Beneficiários com NIS final 2 recebem hoje o Bolsa Família; programa prevê repasse mínimo de R$ 600 por família, além de benefícios adicionais
Copom mantém Selic em 15% ao ano pela segunda vez e descarta pressa em baixar os juros, mesmo após corte nos EUA
A decisão era amplamente esperada e acende o debate sobre a intensidade dos sinais que a economia deve dar para o BC ver espaço para cortes
Tarifaço de Trump ainda segura popularidade de Lula, e agora maioria dos brasileiros acredita que Bolsonaro participou de trama golpista
Levantamento da Genial/Quaest também mostra que 64% do eleitorado consideram certa a defesa da soberania nacional por Lula
Terremotos no Brasil são menos incomuns do que imaginamos — e os tremores sentidos em BH são prova disso
Dois abalos de baixa magnitude atingiram a Grande Belo Horizonte na noite de terça-feira; especialistas explicam por que pequenos tremores são comuns no Brasil
Oncoclínicas (ONCO3) fará aumento de capital de até R$ 2 bilhões — mas não quer nem saber da proposta de reestruturação da Starboard
O conselho de administração da Oncoclínicas aprovou um aumento de capital privado de até R$ 2 bilhões
Bolsa Família: veja o calendário completo de pagamentos para setembro de 2025, quem tem direito e como sacar
A Caixa começa a pagar nesta quarta-feira (17) o benefício do Bolsa Família de setembro; parte dos beneficiários também recebe o auxílio gás
Aposta simples fatura sozinha prêmio de mais de R$ 11 milhões na Quina 6828
Depois de acumular por sete sorteios seguidos, a Quina pagou o maior prêmio da noite de terça-feira entre as loterias da Caixa
Horário de verão vai voltar? O que se sabe até agora
Horário de verão volta ao debate: governo avalia se vale adiantar os relógios para aliviar a rede elétrica
Copom não tem pressa para cortar a Selic e não deve antecipar seus próximos passos, diz economista do Itaú
Fernando Gonçalves acredita que o corte só deve vir em 2026 e que atividade e inflação não melhoraram o suficiente
Mega-Sena 2915 acumula e prêmio vai a R$ 33 milhões; Lotofácil 3488 deixa dois ‘quase vizinhos’ mais próximos do primeiro milhão
Ao contrário do que aconteceu na segunda-feira, a Lotofácil não foi a única loteria a ter vencedores na faixa principal ontem
Última chamada para Selic de 15% ao ano? Como corte de juros pelo Fed pode redesenhar a estratégia de investimentos em renda fixa e ações
Juros no Brasil não devem mudar nesta Super Quarta, mas a virada na estratégia de investimentos pode começar muito antes do ajuste pelo Copom
Ações de duas elétricas estão com ‘descontos excessivos’, segundo banco Safra; saiba quais são e se é hora de comprar
Para a instituição financeira, Energisa e Equatorial têm “a faca e o queijo na mão”, mas uma dessas ações é a preferida
Eleições 2026 limitam até onde a Selic pode cair, diz economista-chefe do BNP Paribas
Para Fernanda Guardado, parte da desancoragem das expectativas de inflação se deve à incerteza quanto à responsabilidade fiscal do próximo governo
Fortuna familiar e filantropia: a história por trás da primeira mulher norte-americana a superar US$ 100 bilhões
Herdeira do Walmart, Alice Walton se torna centibilionária e consolida sua posição como a mulher mais rica do mundo
Super Quarta vem aí: corte de juros nos EUA abre espaço para o Copom cortar a Selic?
Luís Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, fala sobre o início do ciclo de afrouxamento monetário nos EUA e o debate sobre os efeitos no Brasil
Por que a Cogna (COGN3) quer fechar o capital da Vasta e tirar as ações da subsidiária de Wall Street
A companhia tem intenção de realizar uma oferta para aquisição de até 100% das ações da controlada Vasta na Nasdaq; entenda