Dólar volta a subir, mas fecha abaixo dos R$ 4,80 — saiba o que fez a moeda ganhar força hoje
A moeda americana se beneficiou do ajuste das perdas recentes e cenário macroeconômico; o dólar ainda acumula queda de 3,46% ante o real no mês

Ainda bem abaixo dos R$ 5,00, o dólar à vista retomou o fôlego nesta terça-feira (20) e encerrou as negociações a R$ 4,7961, em alta de 0,43%.
Dessa vez, o cenário macroeconômico impulsionou ganhos da moeda americana em relação a outras moedas emergentes — entre elas, o real —, afastando, na outra ponta, o patamar de R$ 4,76 do fechamento anterior.
Em linhas gerais, a alta do dólar tem, pelo menos, uma explicação: a queda das commodities. O minério de ferro encerrou as negociações em queda de 0,92% em Dalian, na China, com a tonelada cotada a US$ 112,39. E, o petróleo tipo Brent fechou em baixa de 0,25%, a US$ 75,90 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Vale ressaltar que as commodities são como “esponjas” do mercado financeiro, que absorvem a cautela dos investidores sobre a economia global — o que, de fato, aconteceu nesta terça-feira.
Além disso, o Brasil é um grande produtor de commodities. Portanto, quando os preços caem, a visão é a de que o país poderá receber menos dólares com as exportações.
O apetite ao risco observado nos últimos dias também foi parcialmente drenado em repercussão à decisão do Banco Central da China (PBoC, na sigla em inglês).
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
A autoridade monetária cortou os juros em 10 pontos-base — aquém das projeções de redução de 15 pontos-base. A taxa de juros de referência para empréstimos (LPR, na sigla em inglês) de 1 ano caiu de 3,65% para 3,55%.
O movimento do BC chinês é considerado “insuficiente” para impulsionar a segunda maior economia do mundo. Os investidores também sentiram a ausência de estímulos do governo para o setor imobiliário.
Em outras palavras, a decisão mais branda do BC da China fortaleceu a perspectiva de que a reabertura da economia seja mais lenta, o que pode contribuir para a desaceleração global. E, vale lembrar que o dólar é considerado um ativo de proteção.
Além disso, os investidores aguardam a participação do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na Câmara dos Representantes e no Senado dos EUA nos próximos dias.
O BC americano manteve os juros no intervalo entre 5,00% a 5,25% ao ano, com sinalização de retomada de alta nas próximas reuniões.
Por falar em Banco Central, amanhã sai a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros (Selic) no Brasil.
Por fim, o dólar à vista se beneficiou do ajuste de posições. Contudo, a moeda americana acumula queda de 3,46% ante o real no mês. Confira o que movimentou os mercados nesta terça-feira (20)
- Dólar já caiu de R$ 5,45 para R$ 4,80 desde o início do governo Lula; o que esperar da moeda norte-americana agora?
- VEJA TAMBÉM - ELETROBRAS (ELET3): UM ANO APÓS A PRIVATIZAÇÃO, A EMPRESA ENTREGOU O PROMETIDO
Dólar vai voltar a cair?
Apesar da alta do dólar nesta terça-feira (20), a moeda americana pode voltar a perder o fôlego nos próximos dias, de olho na agenda doméstica.
A proposta do arcabouço fiscal, já aprovada na Câmara dos Deputados, deve ser apreciada nesta semana no Senado Federal. E, ainda no âmbito fiscal, as negociações para a Reforma Tributária seguem agitadas entre os deputados.
Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a proposta deve ser votada em julho no plenário, antes do recesso parlamentar. Na próxima quinta-feira (22), Lira vai se reunir com governadores para discutir o texto.
Além disso, há a expectativa de manutenção da taxa Selic em 13,75% pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, com a sinalização de que o ciclo de cortes nos juros deve começar no segundo semestre.
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Se errei, não erro mais: Google volta com o conversor de real para outras moedas e adiciona recursos de segurança para ter mais precisão nas cotações
A ferramenta do Google ficou quatro meses fora do ar, depois de episódios nos quais o conversor mostrou a cotação do real bastante superior à realidade
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
Por que o ouro se tornou o porto seguro preferido dos investidores ante a liquidação dos títulos do Tesouro americano e do dólar?
Perda de credibilidade dos ativos americanos e proteção contra a inflação levam o ouro a se destacar neste início de ano
Fim da linha para o dólar? Moeda ainda tem muito a cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs
Desvalorização pode vir da relutância dos investidores em se exporem a investimentos dos EUA diante da guerra comercial com a China e das incertezas tarifárias, segundo Jan Hatzius
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Ibovespa pega carona nos fortes ganhos da bolsa de Nova York e sobe 0,63%; dólar cai a R$ 5,7284
Sinalização do governo Trump de que a guerra tarifária entre EUA e China pode estar perto de uma trégua ajudou na retomada do apetite por ativos mais arriscados
Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial
Bitcoin engata alta e volta a superar os US$ 90 mil — enfraquecimento do dólar reforça tese de reserva de valor
Analistas veem sinais de desacoplamento entre bitcoin e o mercado de ações, com possível aproximação do comportamento do ouro
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Trump x Powell: uma briga muito além do corte de juros
O presidente norte-americano seguiu na campanha de pressão sobre Jerome Powell e o Federal Reserve e voltou a derrubar os mercados norte-americanos nesta segunda-feira (21)
É recorde: preço do ouro ultrapassa US$ 3.400 e já acumula alta de 30% no ano
Os contratos futuros do ouro chegaram a atingir US$ 3.433,10 a onça na manhã desta segunda-feira (21), um novo recorde, enquanto o dólar ia às mínimas em três anos