Carros em fim de linha: conheça 10 modelos que podem deixar o mercado e saiba quais vale a pena ter na garagem
Montadoras não costumam anunciar fim da produção, mas um indício de que um carro está prestes a sair do mercado são as baixas vendas

Fim de ano sempre gera expectativas sobre carros que podem não virar o calendário. Raramente uma fabricante anuncia que um dos modelos de seu portfólio está em fim de linha, por questões de mercado.
Contudo, marcas como Volks, Fiat e Renault lançaram edições limitadas finais (last edition) de modelos como Kombi, Gol, Uno e Sandero nos últimos anos.
Mas na maioria dos casos, elas tiram modelos de linha sem prévio aviso: caso do Renault Captur, que se arrastou até meados deste ano em queda livre nas vendas, e o Voyage, sedã derivado do Gol que a Volks aposentou sem alarde.
No caso da Ford, o mercado foi pego de surpresa com o anúncio do fechamento da fábrica no Brasil, que à época, 2021, produzia Ka e EcoSport na Bahia.
Mas em regra, dificilmente uma fabricante ou importadora declara com antecedência a descontinuidade de um modelo.
Também não é padrão, mas um indício de que um carro está prestes a sair do mercado pode ser pelas baixas vendas. Exceto por modelos de alto valor ou modelos de nicho, carros que vendem pouco podem não valer a pena pela baixa escala, principalmente aqueles fabricados no Brasil.
Leia Também
A DINHEIRISTA - VENDI MEU VALE-ALIMENTAÇÃO E AGORA ESTOU SENDO AMEAÇADA!
Carro em fim de linha: quando vale a pena?
E para o consumidor, vale a pena comprar um carro que ele saiba ou desconfie de sua permanência no mercado? A resposta é: depende.
Para Cassio Pagliarini, sócio da Bright Consulting, se for um veículo de baixo volume de produção ou mais caro e que não tenha permanecido muito tempo no mercado, certamente não valerá a pena porque terá uma depreciação maior e o fornecimento de peças pode não ser adequado.
Por outro lado, se for um veículo que teve um grande volume de produção e permanência no Brasil durante um grande tempo, vale negociar um bom preço por esse veículo, sabendo que ele vai sair de produção e também ficar com esse carro por mais tempo, sugere o consultor.
Quando se fala em “bom preço”, significa desconto. “Normalmente um veículo tem entre 10 e 15% de desvalorização no primeiro ano e de 8 a 10% a cada ano subsequente. A única vantagem de comprar um carro que será descontinuado é a redução de preço. Valor de IPVA e seguro também tendem a ser menores."
Peças mais caras
O restante são desvantagens: as peças, por exemplo, não ficarão mais baratas. E se for um veículo de baixas vendas, podem até ficar mais caras, de acordo com Pagliarini.
Embora a compra de um carro seja muitas vezes emocional, adquirir um modelo em fim de linha pode ser um bom negócio.
Milad Kalume Neto, diretor de desenvolvimento de negócios da consultoria Jato Dynamics do Brasil, caso o perfil do consumidor seja mais racional, o veículo prestes a sair de linha ou mesmo um veículo que passará por uma renovação, é uma boa opção de compra.
“Entretanto, caso seu perfil seja o de consumo, aquela pessoa que troca de carro frequentemente, certamente perderá dinheiro, pois este perfil de consumidor basicamente absorverá toda a depreciação a que o veículo se sujeitar”, explica.
Isso porque o carro que sai de linha apresenta uma depreciação maior do que a do veículo que passa por um facelift.
Milad explica que os percentuais de depreciação variam demais e existem exceções. “Podemos arredondar que um facelift deprecia o veículo entre 10 e 20% enquanto um modelo que sai de linha entre 15 e 25%. Mas reforço que isto não é uma regra absoluta.”
A seguir apresentamos dez modelos que estão prestes a sair de linha e outros que por diversos motivos tendem a deixar o mercado.
1 e 2 - Chevrolet Cruze (sedã e hatch)

São vários os motivos. Primeiramente porque hoje os SUVs tomaram o lugar de outros segmentos, como os sedãs médios. A própria GM já admitiu o encerramento dos dois modelos, que já não são mais feitos nos EUA, México e China. A planta da Argentina, de onde vem para o mercado brasileiro, vai se dedicar à produção do SUV Tracker.
O segmento de hatches médios, como o do Cruze Sport6, praticamente não existe. No acumulado até novembro de 2023, a GM emplacou apenas 380 unidades do modelo. O sedã vendeu um pouco mais, 1.103 unidades até novembro, número ínfimo diante do líder Toyota Corolla (quase 39 mil unidades emplacadas).
Equipado com motor 1.4 Turbo de 153 cv, o Cruze parte de R$ 149.390 e vai até R$ 178.940. Já o hatch médio só está disponível na versão RS por R$ 168.990.
Veredicto: o sedã, que vendeu mais, é mais interessante como negócio. Confortável e elegante, pode ser uma boa opção para quem precisa de um modelo espaçoso e bom porta-malas (440 litros), mas fique com o carro por mais tempo.
3 - Chevrolet Camaro

O esportivo é um modelo de nicho, ou muscle car, vendido por a partir de R$ 521.390. Seu motor V8 de 6,2 litros rende 461 cv de potência e o Camaro conta com diversos itens de conforto, tecnologia e segurança.
A versão Collection do carro, a única disponível atualmente, é limitada a 125 unidades e de despedida: o esportivo deixa de ser produzido nos EUA e, consequentemente, sai de linha por aqui também.
Por ser uma edição comemorativa pode vir a ser um cobiçado modelo de coleção, a exemplo da Volkswagen Kombi Last Edition. Mas pelo alto valor, é um “investimento” de risco, que traz custos e manutenção.
O Camaro se despede da era dos muscle cars beberrões: seu sucessor, sem previsão de quando chegará, manterá o nome, mas será 100% elétrico.
Veredicto: Camaro é um esportivo para entusiastas e para quem gosta (e tem onde) acelerar. Se você não se encaixa nesses perfis, esqueça. Investir num modelo assim é ter despesas até achar um interessado.
4 - Chevrolet Equinox

O SUV médio nunca “pegou” no Brasil. Importado do México, tem preço elevado (a partir de R$ 218.870) em relação a concorrentes nacionais e nunca foi páreo para Toyota Corolla Cross e Jeep Compass. Para se ter ideia, enquanto o Chevrolet teve 3.700 emplacamentos, o Toyota vendeu 37.700 (até novembro) e o Jeep, 55 mil unidades.
A própria GM já anunciou que a versão elétrica do carro, que atrasou, será vendida aqui no primeiro semestre de 2024. O Equinox, que terá a sigla EV, será totalmente renovado.
O atual traz motor a gasolina 1.5 de 172 cv e trata-se de um SUV para rodar no asfalto. Espaço interno, conforto e porta-malas são destaques.
Veredicto: O produto em si é bom pelo espaço e conforto. Mas traz motor mais fraco que os dos concorrentes, não tem opção com tração 4x4 e custa caro. Diante de tantas outras opções no mercado, pode trazer dificuldades na revenda.
5 e 6 - Toyota Yaris (sedã e hatch)

O compacto possui variações sedã e hatch e está à venda no Brasil desde 2018. Nunca foram protagonistas, mas atualmente vendem melhor que seus rivais diretos, as opções de três e dois volumes do Honda City.
Neste segmento, têm como principais concorrentes o VW Polo, Fiat Argo, Peugeot 208, Chevrolet Onix e Hyundai HB20 no caso do hatch. O sedã briga com Chevrolet Onix Plus e VW Virtus.
Alguns especialistas apostam que ambos deixarão de ser produzidos porque a Toyota vai iniciar no fim de 2024 a produção de um SUV compacto na planta de Sorocaba (SP).
Outro indício que pode colocar um ponto final aos compactos é que a nova geração conta com uma plataforma DNGA, mais moderna que a atual TNGA dos Yaris. Na prática ela é mais leve e eficiente.
A Toyota não bateu o martelo que deixará de produzir hatch e sedã, e isso pode depender do desempenho no mercado em 2024.
Ambos vêm equipados com motor 1.5 de 110 cv e câmbio CVT e têm preços a partir de R$ 97.990.
Veredicto: Tanto hatch quanto sedã não passam por atualizações recentes e já estão “envelhecidos” diante da concorrência, tanto em motorização (os demais têm opções 1.0 turbo) quanto na oferta de itens de segurança e conectividade. A teoria de extinção fala mais alto, porque dificilmente a Toyota investiria milhões de reais em uma atualização deles às vésperas de lançar um SUV inédito. Mas são bons carros, confortáveis e valorizados no mercado. Por isso valem a pena mesmo no fim de linha, sempre buscando a barganha de um desconto.
7 e 8 - Renault Stepway e Logan

Vendas fracas, modernização da marca e eliminação gradual dos Dacia do portfólio já são argumentos suficientes para decretar a aposentadoria de hatch e sedã.
E, claro, com a chegada do SUV compacto Kardian, no primeiro trimestre de 2024, termina a participação dos dois Renault no Brasil.
O Stepway parte de R$ 83.990 em versões 1.0 e 1.6. O Logan está disponível em duas versões 1.0 que custam a partir de R$ 94.810.
As vendas são fracas: enquanto o hatch emplacou 7.107 unidades de janeiro a novembro, o líder Polo teve 93.246 licenciados.
O sedã tem vida mais difícil: com 4.140 unidades vendidas, o Logan, em volume, representa 10% do que a Chevrolet vende de Onix Plus.
Veredicto: Já defasados há alguns anos, tanto hatch como sedã têm a maior parte das vendas direcionada a locadoras. Espaçosos, são carros apreciados por motoristas de transporte por aplicativo. Com acabamento simples e oferta limitada de itens de série, valem a pena nesse contexto, de trabalho. Fora isso, só se tiverem um desconto realmente fora dos padrões.
9 - Nissan Kicks

Ao anunciar um novo ciclo de investimentos no Brasil e a chegada da nova geração do SUV compacto, a Nissan decreta seu fim de linha. Embora a expectativa seja apenas para 2025, dificilmente a marca fará melhorias no Kicks. Por outro lado, é um SUV produzido no Brasil desde 2016, com boas vendas.
Em 2022 teve quase 40 mil emplacamentos e este ano, até novembro perto de 46 mil unidades. Por isso, é um carro que vai bem entre os novos e bem no mercado de usados.
Um modelo zero-km custa entre R$ 112.990 e R$ 148.790, sempre com motor 1.6 de até 113 cv acoplado ao câmbio CVT. O que os diferenciam é o nível de conteúdos. Conforto e espaço são seus principais atrativos.
Veredicto: Mesmo com a troca de geração, o Kicks vai continuar sendo, em 2024, um dos SUVs mais vendidos. O desenho ainda agrada e o Nissan tem um bom custo-benefício, que pode até ser melhorado caso a fabricante promova ofertas. A depreciação também está dentro do esperado. Um modelo com quase 2 anos de uso tem em média 15% de desvalorização em relação ao novo. Para quem não tem o hábito de trocar de carro com frequência, esta pode ser uma compra interessante.
10 - Citroën C4 Cactus

O SUV compacto recebeu pequenas renovações na linha 2024, e a Citroën deve mantê-lo até o segundo semestre de 2024 no mercado, aguardando a chegada de um novo SUV da marca.
Produzido em Porto Real (RJ), desde 2018, tem opções de motor 1.6 aspirado de 120 cv ou 1.6 turbo de 173 cv.
O Citroën C4 Cactus parte de R$ 111.990 na versão Live e vai até R$ 140.990 e concorre com SUVs compactos como Volkswagen T-Cross e Hyundai Creta.
O C4 foi um modelo que pegou a transição da Citroën do grupo PSA para o grupo Stellantis, mas nunca embalou nas vendas. Até novembro emplacou 3.414 unidades, volume muito baixo, levando em conta que o líder T-Cross teve no acumulado até o penúltimo mês do ano mais de 64 mil licenciamentos. A queda de fôlego foi brutal: em 2022, a Citroën vendeu 18.450 unidades do C4, apontando claramente que sua saída do mercado está próxima.
Veredicto: É um carro bastante ofertado por locação. Este ano, 54% de seus emplacamentos foram por vendas diretas. No ano passado, 90% do volume foi direcionado a locadoras. Sabendo desse histórico e o fim de linha no decorrer de 2024, sua compra só vale a pena diante de condições muito favoráveis: descontos, pacote de revisões promocional ou gratuito, preço de seguro acessível, etc.
Você deveria estar se preparando para o pior no conflito entre Israel e Irã. Como proteger seu patrimônio desde já?
O Seu Dinheiro conversou com especialistas para entender por que você não deve esperar a situação se agravar para começar a pensar no melhor para os seus investimentos
“Israel só vai parar quando destruir toda a capacidade nuclear do Irã”: quais os impactos do ataque para a economia global?
O Seu Dinheiro ouviu especialistas, que contam os riscos de o conflito escalar para uma guerra entre israelenses e iranianos e como isso mexe com o bolso de quem investe
‘Declaração de guerra de Israel’: Petróleo dispara 8% com ataque histórico ao Irã; bolsas caem no mundo todo e dólar ganha força
A ofensiva de Israel matou líderes militares do Irã e cientistas nucleares de alto escalão. À ONU, Teerã classificou os ataques como “declaração de guerra”
Sorte no amor, azar no jogo? Não é o que aconteceu na Lotofácil: aposta solitária fatura prêmio. Mega-Sena promete R$ 100 milhões
Enquanto a Lotofácil fez um novo milionário, Mega-Sena e a Quina continuaram acumulando — e os prêmios ficaram ainda mais tentadores
R$ 90 milhões em jogo: Mega-Sena sorteia bolada nesta quinta-feira; Lotofácil premia 2 sortudos com R$ 800 mil
As engrenagens da Mega-Sena giram novamente na noite desta quinta-feira (12), às 20h. Em jogo, uma bolada de R$ 90 milhões no concurso 2.875. No concurso da última terça (10), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h.A Mega-Sena […]
Governo publica pacote com mudanças no IOF e novas regras para taxação de investimentos; confira os detalhes
Medida Provisória inclui taxação de 5% sobre títulos que eram isentos de IR, como LCA, LCI, CRI, CRA e debêntures incentivadas
“Não é aumento de imposto, é correção”: Haddad defende fim da isenção a títulos privados e avalia os impactos no agro e no setor imobiliário
O ministro também voltou a falar que as novas medidas ligadas à alta do IOF vão atingir apenas os mais ricos
Motta diz ter comunicado ao governo reação negativa do Congresso a mudanças tributárias e defende isenção para financiar agro e imóveis
No Brasília Summit, presidente da Câmara defendeu a revisão das isenções fiscais e de benefícios tributários
Sortudo embolsa quase R$ 15 milhões com a Quina, e Mega-Sena acumula em R$ 90 milhões; veja os resultados dos sorteios de terça (10)
Não é só a Mega-Sena que pode fazer um novo milionário em breve: outras cinco loterias estão acumuladas — e com prêmios de mais de R$ 1 milhão
Adeus, poupança: Banco Central corre atrás de alternativas para o financiamento imobiliário diante do desinteresse pela caderneta
Com saques em massa e a poupança em declínio, o presidente do BC afirmou que se prepara para criar soluções que garantam o financiamento da casa própria
O Brasil vai ser cortado? Moody’s diz o que pode levar ao rebaixamento do rating do país
Em evento nesta terça-feira, a analista responsável pela nota de crédito brasileira listou os pontos fortes e fracos do país
Haddad confirma IR de 17,5% para investimentos e 20% para JCP, e diz que medidas só atingem “os moradores da cobertura”
Ministro da Fazenda se reuniu hoje com o presidente Lula para apresentar pacote discutido no domingo com líderes do Congresso
O caminho do bem: IPCA de maio desacelera, fica abaixo das estimativas e abre espaço para fim do ciclo de alta da Selic
Inflação oficial caiu de 0,43% para 0,26%, abaixo do 0,33% esperado; composição também se mostrou mais saudável, embora ainda haja pontos de atenção
Haddad quer reduzir incentivos fiscais, mas ainda não teve apoio de parlamentares; entenda os planos do ministro, que incluem BPC e Fundeb
A equipe econômica também apresentou um quadro das despesas para uma maior compreensão do atual quadro fiscal do país
É recorde de Pix: brasileiros fazem quase 280 milhões de transações em um dia e valor passa de R$ 135 bilhões
O recorde diário anterior tinha sido registrado em 20 de dezembro de 2024, dia do pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário, com 252,1 milhões de movimentações
IOF em debate: Congresso não tem compromisso de aprovar as medidas propostas pelo governo, diz presidente da Câmara
Declaração de Hugo Motta aconteceu após reunião de quase seis horas entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e lideranças do Congresso no domingo (8)
Alternativa ao IOF: investimento em ações também pode estar na mira do governo; veja o que se sabe até agora
Por ora, todas as medidas aventadas vão na direção de aumentar as receitas do governo – nada de cortar gastos foi adiante nas negociações entre a equipe econômica e os líderes do Congresso, que se reuniram durante horas na noite neste domingo (08)
Quina e outras loterias sorteiam mais de R$ 21 milhões hoje — mas os prêmios de encher os olhos vêm depois
Tem Quina com R$ 13,5 milhões em jogo nesta segunda (10), mas loterias como Mega-Sena e Quina de São João roubam a cena
Pacote com alternativas ao IOF deve incluir taxação sobre bets, mas também imposto sobre LCI e LCA
A expectativa é que o pacote seja apresentado novamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira (10) pela manhã
Agenda econômica: PIB no Reino Unido e inflação no Brasil e nos EUA; veja o que movimenta os mercados nesta semana
A agenda dos próximos dias é enxuta, mas os números esperados devem impactar as projeções futuras do mercado