Os grandes bancos estão na pior? O Bradesco (BBDC4) está pessimista com o próprio setor e rebaixa a recomendação do Santander (SANB11) e do Itaú (ITUB4)
Para os analistas do Bradesco (BBDC4), este ainda será um ano cheio de desafios e preocupações, tanto no segmento corporativo quando de pessoas físicas

O Bradesco (BBDC4) já viveu dias melhores, e o mercado sabe bem disso. Mas, na avaliação dos analistas do banco, não é privilégio dele passar por dificuldades, e o setor bancário como um todo requer atenção.
Por isso, a equipe de analistas rebaixou a recomendação do Itaú (ITUB4) e do Banco do Brasil (BBAS3) de compra para neutro. Já o Santander (SANB11) teve sua recomendação alterada de neutro para venda.
No caso do Itaú, o preço-alvo atual é de R$ 30,00 — potencial de alta de 18%. Já o Banco do Brasil tem seu preço-alvo em R$ 48,00 — projeção de uma valorização de 19%.
O preço-alvo do Santander ficou em R$ 27,00 — uma baixa de 5%.
Em relatório, os analistas do Bradesco apontam que os três principais riscos para os bancos são a baixa qualidade dos ativos, especialmente no segmento corporativo; riscos regulatórios e, por fim, a concorrência das instituições estatais, que podem ser utilizadas pelo governo para estimular o consumo e causar um desequilíbrio no sistema.
Eles também esperam que 2023 seja um ano "desafiador" quando avaliam o NPL dos bancos — resumidamente, são empréstimos que não foram pagos nos últimos 90 dias —, afetado principalmente pelos juros altos e uma economia mais fraca.
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Assim, os analistas dizem preferir bancos mexicanos quando avaliam os países vizinhos, de olho nos riscos internos.
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"Embora continuemos cautelosos com a qualidade dos ativos para pessoas físicas em 2023, também vemos as empresas enfrentando um ano desafiador", diz o relatório.
O risco representado pelas pessoas físicas, segundo o Bradesco (BBDC4)
O relatório do Bradesco (BBDC4) dedica um trecho a detalhar os riscos existentes no segmento de pessoas físicas. Um dos pontos de preocupação está na alta de empréstimos sem garantias, que cresceu 21% na comparação ano a ano e chegou ao nível mais alto dos últimos 12 anos.
Ao mesmo tempo, a dívida das famílias está num patamar historicamente alto, com um avanço de 50%.
Como agravante, há o fato de que o rendimento disponível segue sob pressão, à medida que os reajustes salariais não são capazes de acompanhar a inflação.
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E o risco do segmento corporativo
Pelo lado corporativo, o Bradesco observa que os principais riscos para o setor bancário estão no eventual fim dos juros sobre capital próprio e em algum tipo de tributação de dividendos, com um impacto estimado em 44% do valor de mercado das empresas.
Um potencial novo programa de renegociação de dívidas, como o governo federal deseja propor em breve, não deve trazer grande impacto aos bancos brasileiros, diz o relatório.
Reação das ações
No pregão desta quarta-feira (1), as ações dos grandes bancos operam em baixa na B3, em parte refletindo o rebaixamento nas recomendações.
Por volta das 13h26, as ações do Santander (SANB11) caíam 2,93%, cotadas a R$ 27,50.

No mesmo horário, ITUB4 recuava 3,16% a R$ 24,61.
Já os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) cediam 3,72% às 13h28, cotados a R$ 38,80.

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