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Ricardo Gozzi
A PALAVRA DO ANO

Um aceno a Lula? Depois de comunicado contundente, Copom traz ata neutra e fala até em harmonia

Ata indica que Copom não deve cortar a Selic tão cedo, mas probabilidade de retomada do ciclo de alta da taxa de juros é baixa

Montagem mostrando o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, escalando uma montanha, sinalizando o ciclo de alta da Selic, a taxa básica de juros do Brasil, promovido pelo Copom
Imagem: Unsplash/Agência Brasil; montagem Andre Morais

Ainda nem chegamos ao fim do primeiro trimestre de 2023, mas “harmonia” já concorre ao posto de palavra do ano. Pelo menos nos corredores do Ministério da Fazenda e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

Menos de uma semana depois de ter pesado a mão no comunicado divulgado ao término de sua última reunião de política monetária, o Copom aliviou um pouco o linguajar na ata do encontro, divulgada na manhã desta terça-feira. Mas só um pouco.

O documento indica que o Copom não deve cortar a taxa Selic tão cedo. Ao mesmo tempo, a probabilidade de retomada do ciclo de alta da taxa de juros é baixa.

O colegiado reforçou ainda que a harmonia entre as políticas monetária e fiscal reduz distorções, diminui a incerteza, facilita o processo de desinflação e fomenta o pleno emprego ao longo do tempo.

Foi a resposta do Copom às críticas do governo desde a posse de Luiz Inácio Lula da Silva para um terceiro mandato.

O Palácio do Planalto tem acusado a autoridade monetária de, ao manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, olhar apenas para a inflação e descuidar dos objetivos relacionados à atividade econômica.

Governo e Copom coexistem entre tapas e beijos

A necessidade de harmonia entre as políticas monetária e fiscal sugerida pelo Copom também vem sendo defendida pelo Ministério da Fazenda.

O fato, porém, é que governo e Banco Central têm coexistido entre tapas e beijos desde a posse de Lula.

O Palácio do Planalto vê na taxa de juro atual um empecilho à recuperação da economia. O BC enxerga nas críticas recorrentes do governo um ataque a sua autonomia.

Na semana passada, quando a maior parte dos analistas esperava a sinalização de uma queda iminente da taxa Selic, o BC comprou inesperadamente a briga iniciada por Lula.

O tom do comunicado foi tão duro que até participantes do mercado ficaram com a impressão de que o Copom, na ânsia de afirmar sua autonomia, havia pesado demais a mão e entrado numa briga que, tal qual vem se desenhando, não terá ganhadores entre os envolvidos.

O ponto que mais saltou aos olhos no comunicado foi uma porta deixada aberta para levar os juros para além dos atuais 13,75% ao ano.

Numa entrevista concedida logo depois da decisão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pregou a harmonia institucional e qualificou a sinalização como preocupante, especialmente em um cenário de retração econômica e problemas no crédito.

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Diante disso, todos os olhos do mercado estavam voltados para a ata, documento no qual cada palavra importa.

Como era de se esperar, a ata do Copom manteve aberta a porta de uma eventual retomada da alta dos juros.

No entanto, ajustes na linguagem na comparação com o comunicado sugerem que isso só vai acontecer caso prevaleça um cenário alternativo visto no momento como improvável.

“A ata traz uma clareza maior de que a probabilidade de uma nova alta da taxa de juros é baixíssima”, afirma Mirella Hirakawa, economista sênior da AZ Quest.

Em contrapartida, a Selic não deve cair tão cedo.

Copom pede serenidade e paciência

"O Copom enfatizou que a execução da política monetária, neste momento, requer serenidade e paciência para incorporar as defasagens inerentes ao controle da inflação através da taxa de juros e, assim, atingir os objetivos no horizonte relevante de política monetária", diz a ata.

A expectativa agora é de que serenidade e paciência reforcem a candidatura de harmonia como palavra do ano na relação entre governo e BC.

Clique aqui para ler a íntegra da ata.

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