Argentina precisa de um “Plano Real” para se salvar, mas qualquer solução será sofrida, diz tesoureiro do Santander
No episódio #49 do Market Makers, Sandro Sobral, chefe de tesouraria do Santander, fala sobre a crise no país vizinho e também sobre os investidores “envergonhados” da Faria Lima

A economia da Argentina está respirando por aparelhos, com uma inflação de mais de 100% ao ano, poucas reservas em dólar e uma dívida bilionária com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Nesse sentido, os “hermanos” poderiam se inspirar no que aconteceu aqui no Brasil em busca de uma solução para o caos na economia.
A visão é de Sandro Sobral, chefe de tesouraria do Santander Brasil e considerado uma das pessoas mais influentes do mercado. O economista, que costuma ficar longe dos holofotes, participou do episódio #49 do Market Makers. E durante o programa também não poupou críticas aos grandes investidores da Faria Lima.
Sobre a Argentina, Sobral defendeu que uma versão do Plano Real brasileiro pode ser um caminho para reorganizar a economia em frangalhos do país vizinho.
Em meio a uma crise que parece não ter fim, o mercado argentino atualmente é “zero relevante e tem uma chance de 0,001 de ser um grande upside”.
O tesoureiro do Santander acredita que pode existir salvação para a economia vizinha. Mas isso se o país estiver disposto a enfrentar um processo sofrido. "Saída tem, mas é tão custosa que é difícil de imaginar como isso vai acontecer.”
“A Argentina precisa de um Plano Real. O que salvou o Brasil foi um plano heterodoxo”, disse Sandro Sobral, em entrevista aos apresentadores Thiago Salomão e Renato Santiago.
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Segundo o tesoureiro, o câmbio mostra-se como uma das principais chaves do plano de salvação argentino.
“Eles têm dezenas de taxas de câmbio diferentes, então isso gera uma baita arbitragem entre os setores da economia. A primeira coisa é fazer o que foi feito no Brasil, unificar essa taxa de câmbio e jogar para onde tiver que ir.”
Acontece que, como todo remédio, a unificação do câmbio provavelmente amargará no paladar argentino.
Isso porque, alinhado ao câmbio, o economista enxerga a necessidade de realinhar os preços, incluindo os gastos com consumo e energia elétrica.
“Você precisa jogar a moeda para onde tiver que jogar, realinhar todos os preços e jogar o juro, que hoje é negativo, para positivo”, afirma Sobral. “A pergunta que eu te faço é: é possível fazer na Argentina [o ‘Plano Real’] sem ter uma revolução social?”
Confira o episódio na íntegra aqui:
Mas, além da Argentina… e o Brasil?
Durante o podcast, o tesoureiro do Santander também abriu o jogo sobre o que pensa da Faria Lima e sobre a bolsa brasileira.
“As pessoas estão comprando o Brasil de forma envergonhada, porque muitos deles estavam há 60 dias pregando o caos. O que está acontecendo agora é uma locação envergonhada de Brasil.”
Segundo Sandro Sobral, enquanto a maior parte da “nata” dos investidores da bolsa mostrava-se extremamente pessimista com o Brasil, o economista via a bolsa local como uma tese de investimento positiva.
“Eu vi muita gente mandando mensagem para mim no começo do ano falando que ia dar tudo errado neste governo”, afirma Sobral, e ressalta que investidores e gestores estavam ignorando os aspectos econômicos positivos.
“A gente é provinciano, fica muito olhando para dentro de si e não consegue colocar o Brasil situado dentro deste mundo e ver um relativo, que a gente tem coisas ruins e boas”, destaca Sobral.
“Este provincianismo nesta forma muito rígida de ver as coisas impediu que os brasileiros pegassem o rali da bolsa.”
Na análise do tesoureiro do Santander, enquanto esse pessimismo brasileiro estava no auge, os estrangeiros aproveitaram para lucrar com Brasil.
Porém, a situação se inverteu: os brasileiros, ainda que atrasados, agora estão no pico do otimismo recente e os estrangeiros estão tirando um pouco o pé.
Para ouvir a conversa na íntegra, basta dar play aqui:
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