André Esteves vê efeito da Selic agravado por caso Americanas e espera corte de juros até agosto
Aperto provocado pela Selic alta está acima do esperado para o curso natural da política monetária, segundo o chairman do BTG Pactual

Na pressão do governo Lula para que o Banco Central comece a cortar a taxa básica de juros, a Selic, parte do mercado financeiro tem se mostrado uma improvável “aliada” do petista. Nesta quarta-feira (12), foi a vez do banqueiro André Esteves reforçar o coro.
O presidente do conselho de administração do BTG Pactual afirmou nesta quarta-feira que o aperto provocado pela Selic alta está acima do esperado pelo natural desenvolvimento da política monetária. Mas vale destacar que isto está longe de ser uma crítica ao Banco Central ou ao seu presidente, Roberto Campos Neto.
Durante o evento BTG Together, Esteves disse ver com bons olhos a disciplina do BC em controlar a inflação. No entanto, a alta taxa de juros tem gerado consequências no crédito, principalmente depois da implosão da Americanas, que criou uma restrição ao mercado de capitais e levou os bancos a absorverem parte da demanda por crédito corporativo.
Na visão de Esteves, o BC não está ignorando esse cenário e poderia seguir por dois caminhos. Um deles seria a criação de medidas macroprudenciais para normalizar o mercado de capitais. O outro, que, segundo o chairman do BTG, parece ser o escolhido, é antecipar a queda de juros de maneira saudável.
“[O corte] é esperado em algum momento entre junho e agosto. Para além disso, [a política monetária] me parece excessivamente apertada”, afirmou Esteves.
- Leia mais: Para Haddad, o arcabouço fiscal não só permite a redução da Selic — ele exige que os juros caiam
Revisão na meta de inflação?
Enquanto o BC não corta os juros, alguns participantes do mercado têm criticado a meta de inflação brasileira e defendido uma revisão dessa política. Para Esteves, essa é uma discussão técnica que não pode se basear em interesses políticos.
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Por isso, ele defende não uma mudança radical, mas atualizações de alguns detalhes, como, por exemplo, o horizonte de tempo relevante. Atualmente, a meta de inflação no Brasil é anual, enquanto a maioria dos países que adota esse regime tem uma meta não gregoriana.
“Se isso for feito, é natural que a banda de alargamento [da meta] se amplie marginalmente”, afirmou.
Outra mudança que seria bem-vinda é a construção de metas de curto prazo, mas sem abandonar a de longo prazo. O motivo é que a inflação está mais alta no mundo inteiro e não seria factível o Brasil atingir uma inflação mais baixa do que a média global.
Novo arcabouço fiscal
Esteves também saudou o novo arcabouço fiscal, apresentado pelo Ministério da Fazenda nas últimas semanas. Mais do que a medida em si, agradou ao banqueiro o que ele chamou de “sutilezas” do plano.
“É um arcabouço que sugere que nós vamos para um superávit primário moderado na sua estabilidade. Chegaremos lá de uma maneira transitória, mas que cabe dentro do orçamento, e talvez com resultado melhor do que o mercado espera para esse ano”, disse. Segundo Esteves, isso remove o “risco de cauda” de o Brasil entrar no mesmo caminho da Argentina.
Outra sutileza encontrada pelo banqueiro é o fato de o presidente Lula apoiar explicitamente o novo arcabouço, o que leva a um redirecionamento do governo para o rumo esperado pelos mercados no período pré-eleitoral.
Por fim, Esteves afirmou que a terceira sutileza são as modificações a partir do lançamento do plano. Logo que o novo arcabouço foi divulgado, economistas encontraram inconsistências e questionaram a Fazenda, que está se esforçando para fazer correções. Para Esteves, isso mostra que o ministério está sabendo ouvir.
“Essa combinação de fatores vai fazer o mercado mudar de patamar aqui no Brasil”, disse.
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