Tá ruim, mas tá bom: bitcoin (BTC) cai com juros nos EUA, mas criptomoedas sustentam viés positivo em dados internos
Dado que o mercado de criptomoedas é altamente volátil e as oscilações na casa dos dois dígitos são comuns, a queda do dia pode ser considerada “dentro do esperado”

O Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) elevou os juros em 0,25 ponto percentual (pp), elevando as taxas para a banda entre 4,75% e 5,0%. A decisão era esperada, mas o comunicado após o anúncio deu solavancos no mercado e as criptomoedas não ficaram de fora — mas a queda do bitcoin (BTC) poderia ter sido muito pior.
Assim como falamos aqui no Seu Dinheiro, uma elevação dos juros em linha com os mercados não deveria alterar os preços. Entretanto, o comunicado mais duro contra a inflação derrubou as cotações e frustrou as expectativas de um bitcoin a US$ 30 mil no final da semana.
Mas nem tudo está perdido. De acordo com o índice de força relativa (RSI, na sigla em inglês) do bitcoin, a maior criptomoeda do mundo ainda está em zona “sobrevendida”, o que significa que os preços estão baixos e tem potencial de subir logo.
Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:
# | Nome | Preço | 24h % | 7d % |
1 | Bitcoin (BTC) | US$ 27.539,47 | -2,60% | 11,15% |
2 | Ethereum (ETH) | US$ 1.755,95 | -2,40% | 6,11% |
3 | Tether (USDT) | US$ 1,00 | 0,09% | -0,03% |
4 | BNB (BNB) | US$ 324,7 | -0,51% | 4,53% |
5 | USD Coin (USDC) | US$ 0,9992 | -0,01% | -0,06% |
6 | XRP (XRP) | US$ 0,4491 | 1,47% | 24,32% |
7 | Cardano (ADA) | US$ 0,3712 | -0,16% | 14,67% |
8 | Dogecoin (DOGE) | US$ 0,07743 | 3,07% | 10,34% |
9 | Polygon (MATIC) | US$ 1,12 | -2,24% | -0,34% |
10 | Solana (SOL) | US$ 21,72 | -3,55% | 12,22% |
Bitcoin cai, mas isso não é (tão) ruim
Nenhum investidor gosta de ver seus ativos caírem, é verdade. Porém, dado que o mercado de criptomoedas é altamente volátil e as oscilações na casa dos dois dígitos são comuns, a queda do dia pode ser considerada “dentro do esperado”.
De acordo com o portal de pesquisas on-chain Kaiko, a volatilidade do bitcoin entre o final de fevereiro e meados de março de 2023 superou as oscilações do ethereum (ETH), segunda maior criptomoeda do mundo.
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Vale ressaltar que as altcoins — termo genérico para moedas alternativas ao BTC — tendem a ter uma volatilidade maior do que o bitcoin.
Porém, o final de março parece ter revertido essa tendência de maior volatilidade. Após a disparada, os investidores criaram um suporte de preços acima dos US$ 25 mil que se manteve até o momento.
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Balança, mas não cai?
Apesar da aparente baixa volatilidade, é preciso ressaltar que o mercado de criptomoedas é altamente sensível ao noticiário. Qualquer novidade pode fazer as cotações dispararem ou despencarem — por isso, os especialistas do setor recomendam uma parcela de no máximo 5% do seu portfólio em criptomoedas.
E o cabo de guerra entre touros (bulls) e os ursos (bears) — como são chamados os operadores mais e menos otimistas, respectivamente — continua a todo o vapor no mercado de contratos futuros (open interests).
Enquanto as apostas de que o BTC caia para os US$ 25 mil chegaram a US$ 270 milhões em contratos futuros de venda (put), as fichas de quem estima que o bitcoin ainda pode chegar aos US$ 30 mil são da ordem de US$ 747 milhões em open interests de compra (call), de acordo com o Coinglass.
Vale ressaltar, por fim, que o volume negociado perto do final de semana tende a ser menor do que ao longo dela, o que também traz maior volatilidade às criptomoedas.
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