5 investimentos em tecnologia para os próximos 5 anos — e quase todos passam pela inteligência artificial
Inteligência artificial desponta como força-motriz do setor de tecnologia nos próximos anos; conheça as melhores opções para investir

Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia.
Em finanças comportamentais, um dos conceitos mais intrigantes é o "Lindy Effect".
De acordo com ele, o tempo de vida de uma empresa é proporcional ao seu tempo de vida atual.
Em outras palavras, quanto mais antiga uma companhia, mais difícil é que ela seja destruída por fatores concorrenciais, ou até mesmo externalidades negativas, como um cisne negro.
Nessa semana, o Seu Dinheiro completou 5 anos, num setor notadamente muito difícil de se operar e onde a concorrência não dá trégua.
De acordo com o Lindy Effect, o passado do Seu Dinheiro lhe traz bons agouros para o futuro.
Leia Também
Hoje é dia de rock, bebê! Em dia cheio de grandes acontecimentos, saiba o que esperar dos mercados
Entre o rali eleitoral e o malabarismo fiscal: o que já está nos preços?
Como forma de agradecer ao portal pelo espaço que me concede todas as semanas, hoje eu vou tocar em 5 segmentos de tecnologia para se investir para os próximos 10 anos.
1 — Óbvio: inteligência artificial
A revolução da inteligência artificial está apenas começando. Nos próximos anos, veremos todos os tipos de aplicações embedando modelos de AI.
Hoje, modelos já são capazes de criar apresentações de slides, escrever textos, criar imagens e escrever scripts inteiros para aplicações de softwares.
Em breve, eles estarão criando vídeos ou editando longos arquivos brutos que lhes pedirmos.
Estarão embutidos em nossos assistentes de voz e serão capazes de manter conversas em voz conosco.
Estarão em nossos carros, no comando do volante, enquanto lemos um livro e fazemos um call.
Esse futuro chegará a nós nos próximos 5 anos, mas ainda é muito difícil de se investir, pois essas aplicações ainda estão em desenvolvimento.
Além disso, não é possível determinar os vencedores previamente.
A abordagem que eu tenho usado é o clichê de, na corrida do ouro, investir em quem fabrica as pás.
No equivalente da corrida do ouro da inteligência artificial, as pás são os semicondutores.
Depois do enorme sucesso da Nvidia, todo o mercado está ansioso por um concorrente com preços mais acessíveis, performance similar e sobretudo ferramentas de software compatíveis.
Em minha opinião, existe muito espaço para que a AMD (Nasdaq: AMD | B3: A1MD34) seja essa alternativa.
Hoje, na Empiricus, mantenho recomendação de compra para as ações da AMD na minha série especulativa, o MoneyBets.
2 — Cibersegurança
Um dos primeiros setores a sentir o quanto a inteligência artificial mudaria o jogo foi o de cibersegurança.
Isso aconteceu anos antes de o ChatGPT ganhar o mundo.
Em cibersegurança, historicamente, as empresas sempre lutaram contra a "síndrome de Barrichello”.
Perdão Rubinho, pois as empresas de cibersegurança sabem muito melhor do que você o que é chegar em segundo lugar.
As empresas sempre foram obrigadas a trabalhar remediando estragos causados por novos malwares, porém raramente eram capazes de trabalhar para se prevenir da sua ocorrência.
Há alguns anos, uma empresa começou a mudar essa dinâmica.
A Crowdstrike (Nasdaq: CRWD | B3: C2RW34) foi a primeira empresa a escalar uma plataforma de cibersegurança em nuvem, que utiliza modelos de machine learning para detectar anomalias no padrão de uso dos seus usuários e assim identificar possíveis brechas de segurança.
Nos últimos 5 anos, a Crowdstrike saiu de 2 mil para mais 20 mil clientes e se tornou a maior alternativa, fora a Microsoft, para todo o ecossistema de cibersegurança.
Com as brechas se tornando cada vez maiores e mais caras, esse é um segmento que deverá continuar crescendo forte nos próximos anos.
Hoje, na Empiricus, mantenho recomendação de compra para as ações da Crowdstrike na minha série especulativa, o MoneyBets.
- VEJA TAMBÉM: JCP (Juros Sobre Capital Próprio) pode acabar em breve; entenda por que e veja onde investir para poder continuar recebendo proventos de empresas da Bolsa.
3 — As Big Techs
Hoje, ao olharmos para o setor de tecnologia, é assustador ver o quanto da inovação que nos surpreende a cada dia é hospedado nos corredores das maiores empresas de tecnologia do mundo.
Em 2022, 35% de todo o CAPEX (investimento) realizado pelas empresas do S&P 500 foram incorridos apenas pelas Big Techs.
Essa dominância é um reflexo tanto da liderança que elas possuem em seus mercados, quanto dos enormes investimentos realizados todos os anos para manter essa posição e criar novos mercados.
Sobre isso, derivo uma opinião bem pessoal sobre como essas empresas irão lidar com o futuro da AI.
Não é do interesse de nenhuma delas que a AI substitua o seu trabalho. Veja o exemplo da Microsoft:
Anualizando o resultado do 2T23, a Microsoft fatura cerca de US$ 70 bilhões anualmente com vendas do Office 365.
Essas vendas são licenças, sendo uma licença por usuário. Um futuro distópico, onde a inteligência artificial substitui milhões de trabalhadores, é um futuro onde a Microsoft abre mão dessa receita recorrente, em benefício de cobranças por interações pontuais com suas APIs.
Não à toa, ela deu aos seus produtos de AI um nome bastante singular: Copilot (ou copiloto, em português).
Leia também
- Esqueça o iPhone 15! Quem acredita que a Apple não consegue mais inovar está olhando para o lado errado
- A Temu pode ser a “nova Shein” dos importados chineses ou será só mais uma moda passageira?
- O que a volta dos IPOs de tecnologia revela para o investidor que busca multiplicar seu capital
A Microsoft claramente vê a AI com uma ferramenta que se tornará acessória ao seu trabalho, te obrigando a ser mais produtivo, porém apenas te assistindo no trajeto.
Essa assistência permitirá à Microsoft cobrar, novamente, um valor adicional por usuário, por essas funcionalidades.
Todos os incentivos do modelo são de coexistência. Uma coexistência que sempre foi muito lucrativa para a Microsoft e para as demais Big Techs, cada uma em seu quadrado.
Neste momento, nas séries internacionais da Empiricus, mantenho recomendação de compra para as ações da Apple, Google, Microsoft e Meta.
4 — Mobile: no auge
Nada mais é muito inovador quando falamos no segmento mobile.
Os celulares são todos muito parecidos, a Apple colocou uma trava estrutural na rentabilidade dos desenvolvedores com suas políticas de privacidade, e a monetização se tornou muito mais difícil num mundo de inflação e juros altos.
Somado a isso, há muito espaço para se crescer a base de smartphones pelo mundo, sendo que na maioria dos países com algum nível de estabilidade econômica, a maioria da população já possui um dispositivo.
Isso faz do segmento um setor maduro, de baixo crescimento e com espaço para inovações em sua maioria apenas incrementais.
Ou seja, tedioso.
Não fosse um detalhe: o segmento mobile vive a sua pior crise, desde o surgimento do iPhone.
As vendas de dispositivos estão nas mínimas, os gastos com aplicativos e games nas stores estão em patamares inacreditavelmente baixos.
As expectativas, como eu listei acima, são de que nada muito novo pode gerar valor dentro do segmento.
Eu discordo sobremaneira dessa interpretação: na verdade, aos preços atuais, o mobile oferece alternativas de investimento com potencial de crescimento e valuation atrativo.
Se quiser conhecer essa e outras apostas minhas no MoneyBets Revolution, clique aqui.
VEJA TAMBÉM: VAREJISTA PODE VALORIZAR ATÉ 3x COM RALI DE FIM DE ANO DA BOLSA (NÃO É MGLU3 NEM VIIA3); CONHEÇA
5 — O índice Nasdaq
Mesmo com pandemia, aperto monetário e inflação de dois dígitos, o índice Nasdaq — que abriga as maiores empresas de tecnologia do mundo — se valorizou aproximadamente 65% nos últimos 5 anos.
Fonte: Koyfin
Essa valorização é equivalente a um retorno de cerca de 10,5% ao ano (em dólares) e é mais que o dobro do retorno do ETF EWZ (o índice Ibovespa, medido em dólares) no mesmo período.
O benefício de investir num ETF é que, a qualquer momento, ele estará posicionado em tudo o que estiver dando certo nos 4 segmentos que mencionei acima.
Para o investidor que não deseja gastar muito tempo com resultados trimestrais e rebalanceamento de carteiras, o índice Nasdaq foi a casa da tecnologia nos últimos 30 anos.
É provável que ele continue exercendo esse papel nos próximos 5 anos.
- As 5 melhores ações internacionais para você investir agora: veja este relatório gratuito com as principais recomendações de BDRs para buscar bons lucros no mercado gringo, segundo o analista Richard Camargo.
Uma ação que pode valorizar com a megaoperação de ontem, e o que deve mover os mercados hoje
Fortes emoções voltam a circular no mercado após o presidente Lula autorizar o uso da Lei da Reciprocidade contra os EUA
Operação Carbono Oculto fortalece distribuidoras — e abre espaço para uma aposta menos óbvia entre as ações
Essa empresa negocia atualmente com um desconto de holding superior a 40%, bem acima da média e do que consideramos justo
A (nova) mordida do Leão na sua aposentadoria, e o que esperar dos mercados hoje
Mercado internacional reage ao balanço da Nvidia, divulgado na noite de ontem e que frustrou as expectativas dos investidores
Rodolfo Amstalden: O Dinizismo tem posição no mercado financeiro?
Na bolsa, assim como em campo, devemos ficar particularmente atentos às posições em que cada ação pode atuar diante das mudanças do mercado
O lixo que vale dinheiro: o sonho grande da Orizon (ORVR3), e o que esperar dos mercados hoje
Investidores ainda repercutem demissão de diretora do Fed por Trump e aguardam balanço da Nvidia; aqui no Brasil, expectativa pelos dados do Caged e falas de Haddad
Promessas a serem cumpridas: o andamento do plano 60-30-30 do Inter, e o que move os mercados hoje
Com demissão no Fed e ameaça de novas tarifas, Trump volta ao centro das atenções do mercado; por aqui, investidores acompanham também a prévia da inflação
Lady Tempestade e a era do absurdo
Os chineses passam a ser referência de respeito à propriedade privada e aos contratos, enquanto os EUA expropriam 10% da Intel — e não há razões para ficarmos enciumados: temos os absurdos para chamar de nossos
Quem quer ser um milionário? Como viver de renda em 2025, e o que move os mercados hoje
Investidores acompanham discursos de dirigentes do Fed e voltam a colocar a guerra na Ucrânia sob os holofotes
Da fila do telefone fixo à expansão do 5G: uma ação para ficar de olho, e o que esperar do mercado hoje
Investidores aguardam o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole
A ação “sem graça” que disparou 50% em 2025 tem potencial para mais e ainda paga dividendos gordos
Para os anos de 2025 e 2026, essa empresa já reiterou a intenção de distribuir pelo menos 100% do lucro aos acionistas de novo
Quem paga seu frete grátis: a disputa pelo e-commerce brasileiro, e o que esperar dos mercados hoje
Disputa entre EUA e Brasil continua no radar e destaque fica por conta do Simpósio de Jackson Hole, que começa nesta quinta-feira
Os ventos de Jackson Hole: brisa de alívio ou tempestade nos mercados?
As expectativas em torno do discurso de Jerome Powell no evento mais tradicional da agenda econômica global divide opiniões no mercado
Rodolfo Amstalden: Qual é seu espaço de tempo preferido para investir?
No mercado financeiro, os momentos estatísticos de 3ª ou 4ª ordem exercem influência muito grande, mas ficam ocultos durante a maior parte do jogo, esperando o técnico chamar do banco de reservas para decidir o placar
Aquele fatídico 9 de julho que mudou os rumos da bolsa brasileira, e o que esperar dos mercados hoje
Tarifa de 50% dos EUA sobre o Brasil vem impactando a bolsa por aqui desde seu anúncio; no cenário global, investidores aguardam negociações sobre guerra na Ucrânia
O salvador da pátria para a Raízen, e o que esperar dos mercados hoje
Em dia de agenda esvaziada, mercados aguardam negociações para a paz na Ucrânia
Felipe Miranda: Um conto de duas cidades
Na pujança da indústria de inteligência artificial e de seu entorno, raramente encontraremos na História uma excepcionalidade tão grande
Investidores na encruzilhada: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil antes de cúpula Trump-Putin
Além da temporada de balanços, o mercado monitora dados de emprego e reunião de diretores do BC com economistas
A Petrobras (PETR4) despencou — oportunidade ou armadilha?
A forte queda das ações tem menos relação com resultados e dividendos do segundo trimestre, e mais a ver com perspectivas de entrada em segmentos menos rentáveis no futuro, além de possíveis interferências políticas
Tamanho não é documento na bolsa: Ibovespa digere pacote enquanto aguarda balanço do Banco do Brasil
Além do balanço do Banco do Brasil, investidores também estão de olho no resultado do Nubank
Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor
Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro