🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Não é a meta fiscal, mas o plano de voo — entenda o que vem abalando a confiança dos investidores no governo

A volatilidade dos ativos financeiros acompanha as preocupações dos participantes do mercado com a trajetória do déficit fiscal

7 de novembro de 2023
6:26 - atualizado às 9:16
Montagem mostra imagem com tons de vermelho do prédio do congresso nacional ruindo e gráficos em queda ao fundo | Ibovespa
Congresso nacional ruindo e mercados em queda - Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Podemos afirmar que os ativos locais acompanharam, em grande parte, a tendência global entre agosto e outubro de 2023.

O aumento nas taxas de juros de mercado nos Estados Unidos, especialmente nos títulos de 10 anos, resultou em uma correção nos ativos de risco em escala global e na valorização do dólar.

No entanto, desde a semana passada, esse cenário começou a ser revertido, principalmente após a reunião do Federal Reserve e a divulgação do relatório do mercado de trabalho nos EUA, indicando uma pressão reduzida na curva de juros.

Com a diminuição da pressão sobre a taxa de risco global, há a possibilidade de um retorno ao otimismo em relação aos ativos locais, de forma semelhante ao que ocorreu entre março e julho deste ano.

Meta fiscal é motivo de disputa dentro do governo

Contudo, a incerteza reside na questão fiscal do Brasil, que tem sido um ponto de fragilidade.

À medida que aguardamos a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro e alguns resultados corporativos relevantes, a atenção permanece voltada para as questões em Brasília.

Leia Também

Em relação à meta fiscal, o mercado está acompanhando as últimas tentativas de Fernando Haddad para convencer Lula a manter a meta fiscal zero, pelo menos até março.

Nesse momento, o governo avaliará se há receita suficiente para cobrir as despesas projetadas para o próximo ano.

Caso seja necessário efetuar cortes, algo que não agrada o presidente, poderia ser decidido um déficit de até 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

No entanto, vale ressaltar que, no fim das contas, a meta em si tem uma importância limitada, uma vez que o mercado nunca acreditou nela.

A questão não é a meta fiscal

Não houve, de fato, um indivíduo sério que acreditasse na promessa do governo de zerar o déficit já no próximo ano.

O foco não está apenas em quando esse déficit será zerado, mas, sobretudo, na trajetória para alcançar esse objetivo.

Há um tempo, o mercado já antecipava um déficit na ordem de 0,8% do PIB para o próximo ano, mesmo com a manutenção, por parte do Ministério da Economia, da meta de 0%.

Essa perspectiva, assim como o orçamento proposto para o próximo ano, são vistas com uma dose considerável de ceticismo, quase como peças de ficção.

Fonte: Banco Central do Brasil

Observe, em primeiro lugar, que o mercado já estava antecipando um déficit fiscal zero apenas para o período posterior a 2026, provavelmente entre 2028 e 2029.

Essa perspectiva não era motivo de grande preocupação. No entanto, a ausência de um plano fiscal crível afeta negativamente a percepção dos investidores.

Para complicar ainda mais a situação, o presidente Lula recentemente declarou publicamente a inviabilidade de cumprir a meta fiscal.

Teoricamente, isso não deveria surpreender ninguém, mas na prática, a declaração teve um impacto negativo.

ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIs, BDRs, CRIPTOMOEDAS - VEJA INDICAÇÕES GRATUITAS

Esforços políticos em direções divergentes

Fernando Haddad se reuniu com o presidente na noite de sexta-feira passada, logo após Lula reforçar sua oposição a qualquer tipo de contingenciamento e enviar uma mensagem firme à equipe econômica.

Na verdade, o governo parece estar dividido quanto à estratégia para a alteração da meta fiscal no Congresso.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, apoia o envio de uma mensagem modificativa da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ao Congresso, enquanto Padilha prefere uma emenda à LDO.

Analistas políticos sugerem que, se Haddad perder a disputa pela manutenção da meta e Lula optar por já alterá-la, a opção provável será a emenda à LDO, que deverá ser apresentada na próxima semana, possivelmente no dia 16, véspera do prazo final para a alteração do texto (um dia antes do prazo para o Congresso dos EUA decidir sobre a possibilidade de um shutdown, inclusive).

Leia também

A leitura do relatório preliminar da LDO está agendada para terça-feira e o parecer final deve ser divulgado por volta do dia 20.

O contingenciamento é uma questão crucial, uma vez que o governo optou por buscar um ajuste fiscal focado principalmente no aumento da receita, o que tem suas limitações.

É evidente que o governo necessitaria de uma receita significativamente maior do que a atualmente disponível, principalmente porque o Congresso não parece muito disposto a aumentar a arrecadação apenas por solicitação do governo.

Conforme demonstrado abaixo, para cumprir a meta fiscal do próximo ano, ainda seriam necessários 1,4% do PIB em receitas, uma meta que parece difícil de alcançar.

Fonte: Banco Central do Brasil

O xis da questão

Todo o exposto visa transmitir uma ideia fundamental: a questão central não reside na própria meta em si, mas sim no plano de voo do governo.

A possibilidade de um déficit no próximo ano não é o ponto crítico, desde que o governo apresente uma visão clara sobre como pretende reduzi-lo nos anos subsequentes, mesmo que isso implique em medidas de contenção de gastos, algo que o presidente Lula não parece inclinado a considerar neste momento.

Infelizmente, a situação fiscal no Brasil pode tirar o ânimo de um possível rali de fim de ano, que se torna viável agora devido à menor pressão dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

Vai perder a chance?

O governo brasileiro está perdendo a disputa pela confiança no que tange à política fiscal. Isso se reflete no fato de que as taxas das NTN-Bs voltaram a atingir 5,80% ao ano em termos reais.

Se o Brasil persistir nesse caminho, corre o risco de perder uma oportunidade extraordinária oferecida pelo cenário internacional.

Nos próximos meses, mais importante do que o resultado das contas públicas, cuja meta para o próximo ano está sob pressão política, é a necessidade de preservar o arcabouço fiscal do país. O fundamental é seguir o que foi institucionalmente aprovado.

Embora seja improvável que o governo cumpra a promessa de eliminar o déficit das contas primárias em 2024, conforme estabelecido no orçamento, contanto que se estabeleça um plano crível para os próximos anos, é possível ao menos evitar uma percepção de descontrole fiscal doméstico no curto prazo.

  • Quer saber onde investir em novembro no meio deste turbilhão de incertezas? Os analistas da Empiricus Research liberaram 27 recomendações nas mais diversas classes de ativos para você poder proteger o seu patrimônio e buscar lucros. Baixe os relatórios GRATUITAMENTE clicando aqui.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)

10 de outubro de 2025 - 7:59

No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação

SEXTOU COM O RUY

Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe

10 de outubro de 2025 - 6:03

Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)

9 de outubro de 2025 - 8:06

No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: No news is bad news

8 de outubro de 2025 - 19:59

Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)

8 de outubro de 2025 - 8:10

No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje

7 de outubro de 2025 - 8:26

No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso

7 de outubro de 2025 - 7:37

Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard

6 de outubro de 2025 - 20:00

O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)

6 de outubro de 2025 - 7:54

No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas

DÉCIMO ANDAR

Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?

5 de outubro de 2025 - 8:00

Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)

3 de outubro de 2025 - 8:06

Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos

SEXTOU COM O RUY

Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento

3 de outubro de 2025 - 7:03

Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As críticas a uma Petrobras ‘do poço ao posto’ e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (2)

2 de outubro de 2025 - 8:04

No Brasil, investidores repercutem a aprovação do projeto de isenção do IR e o IPC-Fipe de setembro; no exterior, shutdown nos EUA e dados do emprego na zona do euro

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Bolhas de pus, bolhas de sabão e outras hipóteses

1 de outubro de 2025 - 20:00

Ainda que uma bolha de preços no setor de inteligência artificial pareça improvável, uma bolha de lucros continua sendo possível

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um ano de corrida eleitoral e como isso afeta a bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta quarta-feira (1)

1 de outubro de 2025 - 7:59

Primeiro dia de outubro tem shutdown nos EUA, feriadão na China e reunião da Opep

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tão longe, tão perto: as eleições de 2026 e o caos fiscal logo ali, e o que mexe com os mercados nesta terça-feira (30)

30 de setembro de 2025 - 7:53

Por aqui, mercado aguarda balança orçamentária e desemprego do IBGE; nos EUA, todos de olho nos riscos de uma paralisação do governo e no relatório Jolts

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Eleições de 2026 e o nó fiscal: sem oposição organizada, Brasil enfrenta o risco de um orçamento engessado

30 de setembro de 2025 - 7:18

A frente fiscal permanece como vetor central de risco, mas, no final, 2026 estará dominado pela lógica das urnas, deixando qualquer ajuste estrutural para 2027

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: O Fed e as duas economias americanas

29 de setembro de 2025 - 20:00

Um ressurgimento de pressões inflacionárias ou uma fraqueza inesperada no mercado de trabalho dos EUA podem levar a autarquia norte-americana a abortar ou acelerar o ciclo de queda de juros

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

B3 deitada em berço esplêndido — mas não eternamente — e o que mexe com os mercados neste segunda-feira (29)

29 de setembro de 2025 - 7:54

Por aqui, investidores aguardam IGP-M e Caged de agosto; nos EUA, Donald Trump negocia para evitar paralisação do governo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Pequenas notáveis, saudade do que não vivemos e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (26)

26 de setembro de 2025 - 8:07

EUA aguardam divulgação do índice de inflação preferido do Fed, enquanto Trump volta a anunciar mais tarifas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar