O braço de ferro entre Lula e o mercado: A visão econômica do presidente, fim dos IPOs na B3, rombo da Americanas e outras notícias que mexem com o seu bolso
Em entrevista à Globonews, Lula falou sobre temas caros ao mercado financeiro, como a estabilidade fiscal e a autonomia do Banco Central
O braço de ferro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os agentes do mercado financeiro tem um novo capítulo previsto para esta quinta-feira.
No início da noite de ontem, a Globonews levou ao ar a primeira entrevista exclusiva com Lula desde sua posse, em 1º de janeiro.
Como era de se esperar, grande parte dos 54 minutos de conversa com a jornalista Natuza Nery foi dedicada aos desdobramentos dos atos golpistas do último dia 8 em Brasília e às pretensões de Lula para os próximos quatro anos.
A entrevista já caminhava para o fim quando entrou em temas caros ao mercado financeiro.
Lula disse ficar irritado com cobranças sobre estabilidade fiscal, lembrou os sucessivos superávits primários registrados em seus dois primeiros mandatos e exigiu de empresários e investidores a contrapartida de também colocarem na equação a estabilidade social.
O presidente aproveitou para qualificar como “bobagem” a autonomia do Banco Central e criticou a forma como a autoridade monetária conduz o regime de metas de inflação. Segundo ele, as metas atuais forçam um arrocho na economia.
Leia Também
Concorde-se ou não com Lula, é improvável que a reiteração de opiniões já manifestadas por ele nos últimos meses seja recebida com boa vontade.
Desde os dias que se seguiram à vitória do petista nas urnas, os agentes do mercado financeiro têm se mostrado pouco dispostos a dar o benefício da dúvida ao governo recém-empossado em relação à condução da economia.
Não bastasse isso, a repercussão da entrevista tem a companhia de um dia de cautela nos mercados internacionais.
A expectativa é de que os efeitos sejam sentidos com mais intensidade no mercado de câmbio e na curva de juros.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua manhã". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
O que você precisa saber hoje
REPORTAGEM ESPECIAL
Esqueça uma nova leva de IPOs: 2023 pode ser o ano das fusões e aquisições na B3 — e de algumas despedidas da bolsa. O boom das ofertas de ações em 2020 e 2021 deixou uma série de empresas capitalizadas e com ‘bala na agulha’ para ir às compras e movimentar o xadrez corporativo nos próximos meses.
CRÉDITO PRIVADO
Rombo contábil da Americanas (AMER3) aumenta risco de calote para investidor de CRA da Hortifruti. A varejista é devedora de R$ 175 milhões da emissão realizada em 2021, uma vez que os investidores que compraram os papéis passaram a ser credores do grupo.
DEBANDADA
Fundo do Nubank que tem debêntures da Americanas sofreu R$ 466 milhões em resgates em 2 dias. Maior fundo do Brasil, Nu Reserva Imediata teve resultado negativo por causa do investimento na varejista, o que assustou os cotistas e fez perder 114 mil investidores.
MENOS TRABALHO
Bradesco lança fundos de previdência com investimento no exterior e rebalanceamento automático da carteira. Novos planos de previdência investem em renda fixa, ações e ativos estrangeiros e reduzem o risco e o custo da carteira conforme se aproxima a data da aposentadoria.
DIÁRIO DOS 100 DIAS
Lula prestigia Haddad, mas volta a cobrar reajuste do salário mínimo acima da inflação. Falando para representantes sindicais, o presidente também defendeu uma mudança na tabela do imposto de renda que amplia a isenção para a baixa renda.
ESTRADA DO FUTURO
É corte atrás de corte: entenda o impacto das demissões em massa sobre o investimento nas empresas de tecnologia. Na visão do colunista Richard Camargo, os desligamentos devem ter baixo impacto operacional sobre as empresas de tecnologia, mas devem mudar o perfil de rentabilidade.
Uma boa quinta-feira para você!
Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?
No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais
Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício
Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito
Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje
Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados
Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas
Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano
FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR
BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil
É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar
Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro
Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje
Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.
Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários
Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos
Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região