🔴 META: ‘CAÇAR’ AS CRIPTOMOEDAS MAIS PROMISSORAS DO MERCADO DE FORMA AUTOMÁTICA – SAIBA COMO

Ibovespa acima dos 150 mil pontos? Mercado se empolga com Selic em queda, PIB robusto e inflação na meta. Mas faz sentido toda essa animação com o Brasil?

Sem dúvida, parece que os ventos estão finalmente mudando a favor do Brasil. Queda da Selic pode levar Ibovespa a novas altas, mas cenário não está livre de riscos

8 de agosto de 2023
6:06 - atualizado às 14:53
Capas da revista The Economist com o Brasil
Capas da revista The Economist com o Brasil - Imagem: The Economist

Após um longo período, o mercado voltou a se animar com o Brasil. E esse entusiasmo não está limitado apenas ao cenário doméstico, com a recente queda da taxa básica de juros (Selic) e o rali do Ibovespa.

Um exemplo disso foi a matéria da The Economist, que arriscou a pergunta: "Será que o Brasil está decolando?".

Essa abordagem me deixou um pouco apreensivo, pois já testemunhamos um cenário similar no passado, como podemos recordar a seguir.

Sem dúvida, parece que os ventos estão finalmente mudando a favor do Brasil. Recentemente, após a divulgação do IPCA-15 de julho, os investidores locais receberam mais uma notícia positiva: o aumento do rating soberano do país pela agência Fitch, passando de "BB-" para "BB" (ainda dois níveis abaixo do grau de investimento perdido em 2015), com perspectiva estável.

As famosas capas da The Economist com o Brasil

Embora se saiba que essas agências de rating são indicadores tardios, o movimento reforçou a tendência positiva para o país. Isso é significativo, pois atualmente existe um consenso de curto prazo otimista para os mercados brasileiros.

Inflação e Selic colaboram

A inflação pode atingir a meta ainda neste ano (banda superior de tolerância), o PIB está demonstrando maior força do que o esperado e as projeções apontam para uma queda da taxa básica de juros (Selic) até 11,75% até o final de 2023, podendo chegar a 9% até o final de 2024.

Leia Também

Além disso, o Brasil se tornou um favorito entre os mercados emergentes, juntamente com o México, em parte devido à falta de alternativas viáveis.

Isso também ocorre porque as ações brasileiras estão sendo negociadas com um desconto de 50% em relação ao MSCI All Country World Index (ACWI), enquanto historicamente a média era de -23%.

Da mesma forma, em relação ao MSCI Emerging Markets (EEM), o Brasil está com um desconto de 30%, enquanto a média histórica era de 0%. Essas avaliações tornam o mercado brasileiro atrativo para investidores.

Fonte: XP

Uma janela se abre para o Brasil?

Apesar de alguns desafios passados, os sinais recentes apontam para um cenário mais positivo para o Brasil, aumentando o otimismo entre os investidores locais e estrangeiros.

O que torna tudo mais interessante é que esse atual ciclo conjuntural pode se transformar em uma longa janela estrutural.

Esse período estrutural seria marcado por mais racionalidade econômica, a retomada das reformas fiscais e liberalizantes e, ainda mais importante, uma agenda de medidas focadas no aumento da produtividade brasileira, estagnada por mais de 20 anos.

A última pesquisa deixou claro que a população brasileira está crescendo em um ritmo muito mais lento do que se supunha e está envelhecendo rapidamente. Veja, só podemos alcançar o crescimento por meio de capital, trabalho ou aumento da produtividade.

Devido à demografia, não haverá muita mão-de-obra disponível no futuro. Além disso, o Brasil nunca teve capital como ponto forte.

Assim, o aumento da produtividade se torna a única opção, e isso só será possível por meio de reformas para melhorar o ambiente de negócios e investimentos significativos em educação.

Com isso, essa janela de 12 meses que se abre pode, na verdade, transformar-se em um longo período de crescimento estrutural.

Note que o mercado está praticamente estagnado em relação ao dólar desde 2008, mas agora estamos mais próximos de um novo ciclo de alta, especialmente se o dólar atingir o pico globalmente e o Brasil estiver bem posicionado entre os mercados emergentes. 

Fonte(s): Bloomberg

O aspecto mais relevante nisso tudo continua sendo a taxa de juros. De forma natural, o Brasil parece estar seguindo um padrão típico de reversão à média.

Considerando que os preços estavam bastante desvalorizados, parece razoável supor uma valorização para convergir à média histórica.

Ibovespa a 150 mil pontos com queda da Selic?

Atualmente, o Ibovespa está sendo negociado a um Preço sobre Lucro (P/L) de 8x, enquanto a média histórica é de 10,9x. Se considerarmos apenas o retorno à média, isso significaria um potencial de valorização de 36%.

Portanto, o Ibovespa poderia superar os 150 mil pontos em 12 meses. Se adicionarmos a melhoria nos lucros corporativos com a redução da taxa Selic, esse patamar de valorização poderia ser ainda maior.

De fato, historicamente, observamos um retorno médio de 35% para o Ibovespa ao longo dos últimos seis ciclos de cortes da Selic no Brasil.

Isso reforça a ideia de que estamos vivendo um período propício para valorizações expressivas no mercado de ações, especialmente considerando o cenário de redução das taxas de juros e seus impactos positivos na economia.

É importante notar que, embora haja fundamentos sólidos que possam respaldar essa perspectiva otimista, os investidores devem sempre considerar os riscos inerentes ao mercado financeiro e a possibilidade de eventos imprevistos que possam afetar as projeções.

Dessa forma, é essencial manter uma estratégia de investimento bem fundamentada e diversificada para buscar oportunidades e gerenciar os riscos ao longo do caminho.

Fonte(s): Empiricus e Bloomberg

Dois riscos no radar

Por falar em riscos, existem dois cenários que podem trazer desafios e impactar a trajetória positiva que estamos vislumbrando:

  1. O primeiro está relacionado ao contexto internacional, onde ainda há a possibilidade de uma recessão que poderia prejudicar os preços das commodities, afetando, por consequência, o Brasil;
  2. O segundo é derivado da política doméstica, com os ruídos fiscais ainda presentes no radar dos investidores, especialmente se houver atrasos nas reformas ou se a reforma tributária ficar em um impasse.

No entanto, apesar dessas possibilidades, acredito que o Brasil está bem posicionado para superar esses desafios de forma relativamente positiva.

A perspectiva de uma recessão nos EUA tem sido adiada, e espera-se estímulos na China, o que pode beneficiar o país. Além disso, é imperativo que aprovemos as reformas necessárias para o desenvolvimento do país.

Contudo, é importante ressaltar que o caminho até lá pode ser mais complexo e demorado do que desejamos. Os desafios podem tornar a jornada sinuosa, mas acredito que temos condições de enfrentá-los e avançar em direção a um cenário mais promissor para o Brasil.

É essencial que os esforços continuem focados na busca por soluções para os problemas fiscais e na concretização das reformas, mantendo uma visão otimista, porém realista, sobre o futuro do país.

  • Selic caiu, a inflação desacelerou, o PIB está forte… e agora? Veja como investir em 11 ações que, juntas, tiveram alta de 40% no primeiro semestre e que podem ter um crescimento ainda mais estrondoso no novo cenário econômico do país. Clique aqui.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje

28 de outubro de 2025 - 7:50

A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul

28 de outubro de 2025 - 7:31

Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje

27 de outubro de 2025 - 8:09

Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo

24 de outubro de 2025 - 8:03

Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje

SEXTOU COM O RUY

Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel

24 de outubro de 2025 - 6:01

Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje

23 de outubro de 2025 - 8:21

Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada

22 de outubro de 2025 - 20:00

A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje

22 de outubro de 2025 - 7:58

Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje

21 de outubro de 2025 - 8:00

Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem

21 de outubro de 2025 - 7:35

O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico

20 de outubro de 2025 - 19:58

Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje

20 de outubro de 2025 - 7:52

Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana

BOMBOU NO SD

CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana

19 de outubro de 2025 - 15:02

Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas

VISAO 360

Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas

19 de outubro de 2025 - 8:00

Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais

17 de outubro de 2025 - 7:55

O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje

SEXTOU COM O RUY

Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)

17 de outubro de 2025 - 6:07

Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos

VONTADE DOS CÔNJUGES

Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança

16 de outubro de 2025 - 15:22

Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje

16 de outubro de 2025 - 8:09

Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?

15 de outubro de 2025 - 19:57

Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)

15 de outubro de 2025 - 7:47

A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar