🔴 5 TÍTULOS DA RENDA FIXA ‘PREMIUM’ PARA INVESTIR AGORA –  CONHEÇA AQUI

Um dragão desbotado: mercado está frustrado com o crescimento econômico da China, mas o gigante asiático não está à beira do colapso

A China enfrenta desafios complexos, mas está adotando medidas de estímulo e cenário pode não ser tão catastrófico quanto se temia

12 de setembro de 2023
6:32 - atualizado às 10:26
China derruba cotações do petróleo hoje
O dragão oriental tem grande simbolismo em diversas culturas da Ásia, inclusive na China. Imagem: Shutterstock

Nas últimas semanas, as atenções voltaram-se novamente para as disputas tecnológicas entre os Estados Unidos e a China.

No centro dessa discussão está a alta dos preços das ações das fabricantes de semicondutores no primeiro semestre deste ano, à medida que a inteligência artificial se tornou o tema mais quente de 2023.

O que mudou recentemente foi o lançamento controverso do novo telefone Mate 60 Pro da Huawei, uma empresa chinesa concorrente da Apple, que lançará a nova versão do iPhone nesta terça-feira, dia 12.

Este lançamento por parte da chinesa provocou uma série de investigações nos Estados Unidos sobre como a Huawei conseguiu produzir um telefone tão avançado, mesmo após anos de restrições dos EUA destinadas a limitar seu acesso à tecnologia 5G.

Isso sugere que a tecnologia chinesa está avançando mais rapidamente do que se pensava anteriormente.

A corrida pela supremacia tecnológica entre os Estados Unidos e a China tem sido marcada por altos custos ao mercado financeiro global.

Leia Também

Há preocupações entre os americanos de que o governo chinês possa obter chips tão avançados quanto os dos EUA.

A produção mundial de semicondutores ocorre principalmente em Taiwan e na Coreia do Sul — e a China tem buscado aumentar sua produção nos últimos anos.

Empresas da China têm conseguido contornar restrições dos EUA

Além disso, cerca de um terço dos dispositivos eletrônicos do mundo já são montados na China, em empresas como a Foxconn, que encomendaram uma quantidade significativa de equipamentos dos Estados Unidos para aumentar sua capacidade na indústria de semicondutores.

Essas empresas estão até desenvolvendo alguns semicondutores de alta tecnologia, apesar das proibições e tarifas impostas pelos EUA nos últimos anos.

Tudo isso ocorre em meio à crescente rivalidade entre os Estados Unidos e a China, que está se transformando em uma nova guerra fria aos olhos do mundo.

Os desafios internos da China

No entanto, ao mesmo tempo que enfrenta os EUA, a China também está lidando com seus próprios desafios internos, como a desaceleração estrutural de seu crescimento que vem frustrando as expectativas.

Durante muito tempo, houve debates sobre o momento em que a desaceleração da economia chinesa começaria.

Parece que esse momento finalmente chegou e a percepção em relação à economia chinesa passou por uma mudança radical desde o início do ano.

Inicialmente, os investidores estavam otimistas de que a China lideraria uma vigorosa recuperação após o fim dos prolongados bloqueios associados à política "zero-Covid", impulsionando o crescimento global ou atuando como um amortecedor contra a desaceleração das economias centrais que iniciaram um ciclo de aperto monetário.

No entanto, à medida que ficou evidente que o impulso não seria tão forte quanto o esperado, o mercado passou a considerar que a fragilidade econômica poderia pressionar as autoridades chinesas a implementar estímulos econômicos.

No entanto, os problemas econômicos estão se manifestando de maneira mais profunda do que se temia inicialmente.

A crise no setor imobiliário chinês

Isso levou as autoridades chinesas a reduzirem as taxas de juros para impulsionar a atividade econômica, enquanto enfrentam a queda acentuada no setor imobiliário, baixo consumo e indicadores macroeconômicos preocupantes.

Mesmo com a introdução do estímulo, parece que o entusiasmo não foi generalizado, indicando que mais medidas podem ser necessárias.

O epicentro desses problemas econômicos está no mercado imobiliário chinês, que representa pelo menos um quarto do PIB do país.

As vendas, preços de imóveis e investimentos no setor imobiliário estão em declínio, sendo que há preocupações sobre o efeito deflacionário na economia como um todo.

Leia também

Grandes empresas do setor, como a China Evergrande, estão enfrentando uma crise de liquidez e acumulam enormes passivos.

Outras incorporadoras chinesas também estão sob escrutínio por não terem pago dívidas denominadas em dólares.

Além disso, o consumo dos chineses, a produção industrial e os investimentos em ativos de longo prazo, como propriedades e equipamentos, estão desacelerando, com a contração nas vendas no varejo sendo uma das maiores preocupações.

Dessa forma, a China enfrenta desafios significativos enquanto tenta lidar com esses problemas econômicos complexos.

Alguns investidores estão expressando preocupações sobre a possibilidade de uma situação "semelhante ao Lehman" na China.

A expectativa de uma recuperação significativa no setor imobiliário está diminuindo, especialmente considerando que os estoques de aço voltaram a aumentar e não indicam uma normalização tão cedo.

Infelizmente, é possível que a China continue representando um fator negativo por um período mais prolongado do que o previsto.

Mundo habituou-se a uma China pujante

De fato, o mundo está habituado a lidar com uma China economicamente forte há bastante tempo. As implicações de uma China enfraquecida talvez não tenham sido devidamente ponderadas.

Nas últimas três décadas, a comunidade internacional acostumou-se a contar com o crescimento chinês pujante. A seguir, é possível observar como a China se transformou em um pilar da economia mundial ao longo desses anos.

Os principais bancos também expressam preocupações.

Morgan Stanley, JPMorgan Chase e Barclays passaram a prever que a China não atingirá sua meta de crescimento governamental de cerca de 5% para 2023.

Esse prognóstico está bem distante do sentimento predominante na primavera, quando essa meta era amplamente vista como excessivamente conservadora.

Uma desaceleração prolongada e generalizada suscita diversas preocupações.

Se as previsões de crescimento do JPMorgan, estimando taxas de 4,8% e 4,2% para este ano e o próximo, forem confirmadas, a China enfrentaria sua primeira sequência de três anos consecutivos com crescimento abaixo de 5% desde antes de 1980 (a economia registrou crescimento de 3% em 2022).

Ansiedade é palpável

A crescente ansiedade em relação à capacidade da China de reverter sua atual queda é palpável, especialmente considerando que suas margens para aplicar estímulos adicionais estão limitadas e as autoridades relutam em adotar medidas drásticas que resultem em mais endividamento.

Questões estruturais também desempenham um papel, incluindo a desaceleração da urbanização e o declínio populacional, o que pode implicar que as políticas econômicas precisem se adequar a um período mais prolongado de crescimento moderado.

Uma estratégia de "tudo ou nada" pode ser a única saída deste ciclo, envolvendo o governo na absorção de ativos problemáticos.

No entanto, esse caminho enfrenta desafios, incluindo o risco de deflação e a incerteza sobre até que ponto essa abordagem restauraria a confiança dos investidores.

Outro tópico amplamente discutido é a falta de resposta mais enérgica do governo. Após a reunião do Politburo em julho, que sugeriu um apoio maior, o mercado esperava ansiosamente um suporte fiscal substancial que, no entanto, não foi entregue.

China não está à beira do colapso

É importante discernir o excesso de manchetes da realidade dos acontecimentos. Sem dúvida, a economia chinesa enfrenta uma série de desafios amplamente reconhecidos, o que resultou em várias medidas tomadas pelo governo para tentar reverter o desaceleramento.

No entanto, a China está demonstrando que, embora não esteja em uma situação de crescimento robusto, também não está à beira de um colapso.

O país está implementando uma série de medidas de estímulo monetário e fiscal, que estão se acumulando e ajudando a conter a deterioração econômica.

Recentemente, vimos, por exemplo, a autorização para que as seguradoras adquiram mais ações. O desenrolar dessa situação pode ser menos catastrófico do que muitos imaginam.

  • Como buscar lucros no mercado internacional? Os analistas da Empiricus Research selecionaram 5 BDRs que, na opinião deles, são as melhores apostas no mercado gringo para o mês de setembro. Confira gratuitamente neste relatório.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A (nova) mordida do Leão na sua aposentadoria, e o que esperar dos mercados hoje

28 de agosto de 2025 - 7:52

Mercado internacional reage ao balanço da Nvidia, divulgado na noite de ontem e que frustrou as expectativas dos investidores

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O Dinizismo tem posição no mercado financeiro?

27 de agosto de 2025 - 20:00

Na bolsa, assim como em campo, devemos ficar particularmente atentos às posições em que cada ação pode atuar diante das mudanças do mercado

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O lixo que vale dinheiro: o sonho grande da Orizon (ORVR3), e o que esperar dos mercados hoje

27 de agosto de 2025 - 7:58

Investidores ainda repercutem demissão de diretora do Fed por Trump e aguardam balanço da Nvidia; aqui no Brasil, expectativa pelos dados do Caged e falas de Haddad

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Promessas a serem cumpridas: o andamento do plano 60-30-30 do Inter, e o que move os mercados hoje

26 de agosto de 2025 - 7:54

Com demissão no Fed e ameaça de novas tarifas, Trump volta ao centro das atenções do mercado; por aqui, investidores acompanham também a prévia da inflação

EXILE ON WALL STREET

Lady Tempestade e a era do absurdo 

25 de agosto de 2025 - 19:58

Os chineses passam a ser referência de respeito à propriedade privada e aos contratos, enquanto os EUA expropriam 10% da Intel — e não há razões para ficarmos enciumados: temos os absurdos para chamar de nossos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quem quer ser um milionário? Como viver de renda em 2025, e o que move os mercados hoje

25 de agosto de 2025 - 7:43

Investidores acompanham discursos de dirigentes do Fed e voltam a colocar a guerra na Ucrânia sob os holofotes

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Da fila do telefone fixo à expansão do 5G: uma ação para ficar de olho, e o que esperar do mercado hoje

22 de agosto de 2025 - 8:17

Investidores aguardam o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole

SEXTOU COM O RUY

A ação “sem graça” que disparou 50% em 2025 tem potencial para mais e ainda paga dividendos gordos

22 de agosto de 2025 - 6:04

Para os anos de 2025 e 2026, essa empresa já reiterou a intenção de distribuir pelo menos 100% do lucro aos acionistas de novo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quem paga seu frete grátis: a disputa pelo e-commerce brasileiro, e o que esperar dos mercados hoje

21 de agosto de 2025 - 8:28

Disputa entre EUA e Brasil continua no radar e destaque fica por conta do Simpósio de Jackson Hole, que começa nesta quinta-feira

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Os ventos de Jackson Hole: brisa de alívio ou tempestade nos mercados?

21 de agosto de 2025 - 7:40

As expectativas em torno do discurso de Jerome Powell no evento mais tradicional da agenda econômica global divide opiniões no mercado

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Qual é seu espaço de tempo preferido para investir?

20 de agosto de 2025 - 20:00

No mercado financeiro, os momentos estatísticos de 3ª ou 4ª ordem exercem influência muito grande, mas ficam ocultos durante a maior parte do jogo, esperando o técnico chamar do banco de reservas para decidir o placar

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Aquele fatídico 9 de julho que mudou os rumos da bolsa brasileira, e o que esperar dos mercados hoje

20 de agosto de 2025 - 8:16

Tarifa de 50% dos EUA sobre o Brasil vem impactando a bolsa por aqui desde seu anúncio; no cenário global, investidores aguardam negociações sobre guerra na Ucrânia

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O salvador da pátria para a Raízen, e o que esperar dos mercados hoje

19 de agosto de 2025 - 8:11

Em dia de agenda esvaziada, mercados aguardam negociações para a paz na Ucrânia

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Um conto de duas cidades

18 de agosto de 2025 - 20:00

Na pujança da indústria de inteligência artificial e de seu entorno, raramente encontraremos na História uma excepcionalidade tão grande

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Investidores na encruzilhada: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil antes de cúpula Trump-Putin

15 de agosto de 2025 - 8:26

Além da temporada de balanços, o mercado monitora dados de emprego e reunião de diretores do BC com economistas

SEXTOU COM O RUY

A Petrobras (PETR4) despencou — oportunidade ou armadilha?

15 de agosto de 2025 - 6:01

A forte queda das ações tem menos relação com resultados e dividendos do segundo trimestre, e mais a ver com perspectivas de entrada em segmentos menos rentáveis no futuro, além de possíveis interferências políticas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tamanho não é documento na bolsa: Ibovespa digere pacote enquanto aguarda balanço do Banco do Brasil

14 de agosto de 2025 - 8:27

Além do balanço do Banco do Brasil, investidores também estão de olho no resultado do Nubank

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor

13 de agosto de 2025 - 20:00

Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Cada um tem seu momento: Ibovespa tenta manter o bom momento em dia de pacote de Lula contra o tarifaço

13 de agosto de 2025 - 8:52

Expectativa de corte de juros nos Estados Unidos mantém aberto o apetite por risco nos mercados financeiros internacionais

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

De olho nos preços: Ibovespa aguarda dados de inflação nos Brasil e nos EUA com impasse comercial como pano de fundo

12 de agosto de 2025 - 8:13

Projeções indicam que IPCA de julho deve acelerar em relação a junho e perder força no acumulado em 12 meses

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar