Sextando com big techs, payroll e Lula: Alfinetadas a Lemann, decepção com Apple e Amazon, crise na Light e outras notícias do dia
As crises na Americanas, na Oi e agora na Light seguem no radar – e o presidente aproveitou para alfinetar o homem mais rico do Brasil e seus sócios na 3G Capital

Os mercados financeiros internacionais parecem dispostos a sextar no vermelho. Os índices futuros de Nova York reagem negativamente aos resultados da Amazon, da Apple e da Alphabet, controladora do Google.
Por aqui, os investidores locais devem repercutir alguns pontos da entrevista concedida ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à RedeTV, especialmente os relacionados a questões econômicas e financeiras.
Lula voltou à carga contra a condução do regime de metas de inflação. De acordo com ele, é preciso que o Banco Central persiga uma inflação "padrão Brasil" e não "padrão europeu".
O presidente também questionou o nível da taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano. Para ele, a taxa básica de juro não precisaria ser tão alta, uma vez que o Brasil viveria uma inflação de oferta, e não de demanda.
Sobre o status do Banco Central, Lula relembrou a forma como lidou com a autarquia em seus dois primeiros mandatos, quando Henrique Meirelles dispunha de autonomia informal para trabalhar, mas assegurou que não pretende reavaliar o tema antes do fim do mandato de Roberto Campos Neto, daqui a dois anos.
De qualquer modo, Lula prometeu recuperar a economia brasileira, ajustar a tabela do Imposto de Renda e aprovar a reforma tributária.
Leia Também
A (nova) mordida do Leão na sua aposentadoria, e o que esperar dos mercados hoje
Rodolfo Amstalden: O Dinizismo tem posição no mercado financeiro?
"Quero um país com responsabilidade fiscal, econômica, política e social", afirmou ele à RedeTV depois de dizer que o mercado precisa entender que já ganha demais.
Nada que Lula já não tenha dito antes, mas que dificilmente deixará de repercutir entre os investidores nesta sexta-feira.
Enquanto isso, as crises na Americanas, na Oi e agora na Light seguem no radar.
A propósito, Lula aproveitou um trecho da entrevista para alfinetar o homem mais rico do Brasil. Veja no Diário dos 100 Dias o que ele falou sobre Jorge Paulo Lemann e seus sócios na 3G Capital.
O que talvez possa mudar o humor dos mercados financeiros hoje é a divulgação do payroll, como é conhecido o relatório mensal de emprego dos Estados Unidos. Entretanto, isso dependeria de um desaquecimento do mercado de trabalho norte-americano.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua manhã". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
O que você precisa saber hoje
REPORTAGEM ESPECIAL
A Oi (OIBR3) ainda tem futuro? O que está por trás do pedido que pode levar a companhia a uma nova recuperação judicial. Medida solicitada pela empresa de telecomunicações prevê proteção contra credores sem que haja intervenção da Justiça.
QUE MORDIDA!
Apple vê lucro cair pela primeira vez desde 2019 e ações caem em NY. A receita da fabricante de iPhones, por sua vez, registrou a maior queda em base anual desde setembro de 2016. Saiba o que abocanhou um pedaço da maçã no 4T22.
TRIMESTRE COM BARREIRAS
ChatGPT, questões com a justiça e demissões: Os vilões do resultado da dona do Google no 4T22. Uma das principais ameaças para a Alphabet é o OpenAI: a Microsoft tem planos de anexar respostas em linguagem natural ao mecanismo de buscas Bing, acirrando a concorrência com o Google.
SEM CASHBACK
Prejuízo de bilhões: Amazon frustra no 4T22 e fecha um ano no vermelho pela primeira vez desde 2014. A empresa encerrou o quarto trimestre com lucro de US$ 278 milhões, abaixo das expectativas.
QUEM PAGA A CONTA?
Mais problemas para sócio de Lemann: Light (LIGT3) é rebaixada para nível perto de calote por agência de risco. Beto Sicupira possui 10% das ações da empresa, que contratou consultoria em anúncio que soou como o famoso “devo, não nego, pago quando puder”.
SEXTOU COM O RUY
Como pensar diferente e evitar o efeito manada no mercado financeiro. é difícil agir contra o comportamento da massa, mas pode valer a pena ser o único “doido” no mercado.
Uma boa sexta-feira para você!
Quem quer ser um milionário? Como viver de renda em 2025, e o que move os mercados hoje
Investidores acompanham discursos de dirigentes do Fed e voltam a colocar a guerra na Ucrânia sob os holofotes
Da fila do telefone fixo à expansão do 5G: uma ação para ficar de olho, e o que esperar do mercado hoje
Investidores aguardam o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole
A ação “sem graça” que disparou 50% em 2025 tem potencial para mais e ainda paga dividendos gordos
Para os anos de 2025 e 2026, essa empresa já reiterou a intenção de distribuir pelo menos 100% do lucro aos acionistas de novo
Quem paga seu frete grátis: a disputa pelo e-commerce brasileiro, e o que esperar dos mercados hoje
Disputa entre EUA e Brasil continua no radar e destaque fica por conta do Simpósio de Jackson Hole, que começa nesta quinta-feira
Os ventos de Jackson Hole: brisa de alívio ou tempestade nos mercados?
As expectativas em torno do discurso de Jerome Powell no evento mais tradicional da agenda econômica global divide opiniões no mercado
Rodolfo Amstalden: Qual é seu espaço de tempo preferido para investir?
No mercado financeiro, os momentos estatísticos de 3ª ou 4ª ordem exercem influência muito grande, mas ficam ocultos durante a maior parte do jogo, esperando o técnico chamar do banco de reservas para decidir o placar
Aquele fatídico 9 de julho que mudou os rumos da bolsa brasileira, e o que esperar dos mercados hoje
Tarifa de 50% dos EUA sobre o Brasil vem impactando a bolsa por aqui desde seu anúncio; no cenário global, investidores aguardam negociações sobre guerra na Ucrânia
O salvador da pátria para a Raízen, e o que esperar dos mercados hoje
Em dia de agenda esvaziada, mercados aguardam negociações para a paz na Ucrânia
Felipe Miranda: Um conto de duas cidades
Na pujança da indústria de inteligência artificial e de seu entorno, raramente encontraremos na História uma excepcionalidade tão grande
Investidores na encruzilhada: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil antes de cúpula Trump-Putin
Além da temporada de balanços, o mercado monitora dados de emprego e reunião de diretores do BC com economistas
A Petrobras (PETR4) despencou — oportunidade ou armadilha?
A forte queda das ações tem menos relação com resultados e dividendos do segundo trimestre, e mais a ver com perspectivas de entrada em segmentos menos rentáveis no futuro, além de possíveis interferências políticas
Tamanho não é documento na bolsa: Ibovespa digere pacote enquanto aguarda balanço do Banco do Brasil
Além do balanço do Banco do Brasil, investidores também estão de olho no resultado do Nubank
Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor
Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro
Cada um tem seu momento: Ibovespa tenta manter o bom momento em dia de pacote de Lula contra o tarifaço
Expectativa de corte de juros nos Estados Unidos mantém aberto o apetite por risco nos mercados financeiros internacionais
De olho nos preços: Ibovespa aguarda dados de inflação nos Brasil e nos EUA com impasse comercial como pano de fundo
Projeções indicam que IPCA de julho deve acelerar em relação a junho e perder força no acumulado em 12 meses
As projeções para a inflação caem há 11 semanas; o que ainda segura o Banco Central de cortar juros?
Dados de inflação no Brasil e nos EUA podem redefinir apostas em cortes de juros, caso o impacto tarifário seja limitado e os preços continuem cedendo
Felipe Miranda: Parada súbita ou razões para uma Selic bem mais baixa à frente
Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço
Ninguém segura: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de balanços e dados de inflação, mas tarifaço segue no radar
Enquanto Brasil trabalha em plano de contingência para o tarifaço, trégua entre EUA e China se aproxima do fim
O que Donald Trump e o tarifaço nos ensinam sobre negociação com pessoas difíceis?
Somos todos negociadores. Você negocia com seu filho, com seu chefe, com o vendedor ambulante. A diferença é que alguns negociam sem preparo, enquanto outros usam estratégias.
Efeito Trumpoleta: Ibovespa repercute balanços em dia de agenda fraca; resultado da Petrobras (PETR4) é destaque
Investidores reagem a balanços enquanto monitoram possível reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin