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A Apple reviveu o metaverso: o impacto do Vision Pro, o mais potente óculos de realidade virtual já produzido

O Vision Pro e suas funcionalidades muito mais avançadas que as vistas em produtos semelhantes, colocam a Apple na vanguarda mais uma vez

8 de junho de 2023
6:11 - atualizado às 14:26
Imagem promocional do Vision Pro, o óculos de realidade virtual da Apple
Imagem promocional do Vision Pro, o óculos de realidade virtual da Apple - Imagem: Apple

Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia. Bom, essa semana foi bem fácil escolher o tema: em tech, só se fala no lançamento do Vision Pro, o primeiro dispositivo de realidade virtual e aumentada da Apple

Também, pudera: desde 2014, esse é o primeiro grande lançamento que a empresa realiza. Isso sem falar nos anos de especulação sobre a existência ou não desse óculos de realidade virtual.

Apesar de ainda não ter colocado as minhas próprias mãos no dispositivo, os feedbacks que recebi de várias pessoas que tiveram essa oportunidade é unânime, e pode ser definido em duas frases:

  1. Minhas expectativas eram altas; e
  2. Minhas expectativas foram superadas.

As análises e reviews de vários sites especializados em tecnologia deixam claro que a melhor empresa de hardwares do mundo parece ter marcado mais um golaço.

O que o Vision Pro traz de novo ao segmento de realidade virtual e aumentada?

Para responder essa pergunta, preciso falar tanto de hardware, como de software. 

Começando pelo primeiro: o Vision Pro parece ser simplesmente insano. Seus displays, que estão em contato com os olhos, possuem resolução superior ao de uma televisão 4k. 

Além de poderoso, os displays são turbinados pelos processadores M2 da Apple, os mesmos utilizados em seus computadores mais modernos. 

Somando apenas esses dois fatores, o Vision Pro é ordens de magnitude superior aos produtos que hoje dominam o mercado, como o Quest, do Meta — que é famoso pelos seus avatares e gráficos de baixa qualidade.

Avatar de Mark Zuckerberg que acabou se tornando um "meme" sobre o enorme abismo entre a proposta do Quest e sua execução. Fonte: Meta

Também diferente dos demais produtos no mercado, o Vision Pro não faz uso de nenhum joystick (ou controle de mão). As câmeras embarcadas no óculos acompanham o tempo todo a movimentação das mãos do usuário e respondem interativamente a qualquer gesto que esse execute.

Some a tecnologia de "eye tracking", ou seja, a capacidade do Vision Pro em acompanhar o olhar do usuário em tempo real, e a possibilidade de realizar cliques apenas com gestos simples com as mãos, e temos com o que várias pessoas que utilizaram o óculos afirmaram se tratar praticamente de magia.

Além de tudo isso, o dispositivo é capaz de renderizar ambientes num intervalo de apenas 12 milissegundos — o que, de acordo com os executivos da Apple, é o tempo mínimo de latência que permite ao cérebro não fazer distinção entre o que é real e o que não é.

Em resumo: o Vision Pro é o óculos possível nos dias de hoje e que todos estavam esperando.

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Mas nem tudo são flores no mundo da Apple

Bom, tanta tecnologia tem um preço. No caso da Apple, esse preço será de... 3.500 dólares. Como referência, o mais barato entre os dispositivos Quest do Meta custa apenas 300 dólares.

Além do preço altíssimo, que naturalmente restringe o tamanho do mercado, o dispositivo é pesado (bem mais que a concorrência) e possui uma bateria com duração estimada de apenas 120 minutos.

Uma das funcionalidades mais enfatizadas pelos desenvolvedores foi a de como o Vision Pro é capaz de transformar qualquer ambiente num cinema 4k — bem, eles só não falaram que o filme não pode ter mais de duas horas…

Neste momento, com a exceção de uma rápida amostra do Disney+ e da suíte de produtos Office da Microsoft, todas as demonstrações foram realizadas apenas utilizando-se softwares proprietários da Apple.

Existe um motivo: o Vision Pro é como o iPhone de 2007 — ele ainda carece de um ecossistema de desenvolvedores criando aplicativos e testando outros usos potenciais para esse poderoso dispositivo.

E, também pelos feedbacks da mídia de tecnologia, nem toda a inovação da Apple foi capaz de driblar os problemas de náusea e fadiga causados pelo uso excessivo de um dispositivo tão próximo dos olhos.

Tudo isso somado, fica claro que o Vision Pro não é um produto de massas. Ele é destinado a poucos usuários, como os entusiastas de tecnologia.

E a ação da Apple caiu após o anúncio — como assim?

Li alguns comentários superficiais na mídia financeira dizendo que o fato de as ações da Apple terem caído 0,7% no dia do anúncio era um indicativo de que o lançamento tinha sido mal recebido pelo mercado.

Eu tendo a discordar bastante dessa interpretação.

Com as ações da Apple subindo mais de 37% em 2023, esse me parece um clássico clichê do mercado financeiro: compra no boato, vende no fato — não há nada novo aqui…

Ainda assim, é importante deixar claro: o Vision Pro não traz qualquer impacto material de curto prazo aos resultados da Apple.

Como a empresa acumula receitas anuais de aproximadamente US$ 400 bilhões, ela precisaria vender mais de cinco milhões de Vision Pros ao preço de US$ 3,5 mil para fazer suas receitas crescerem menos de 5%.

A realidade é que, para uma empresa desse tamanho, não existem muitos gatilhos de curto prazo. Neste contexto, o Vision Pro é uma nova avenida de crescimento de longo prazo para a Apple. 

Os usos e aplicativos que terceiros irão criar nos próximos anos, bem como o próprio avanço de tecnologias como sensores e lentes, permitirão que ao longo do tempo o Vision se torne mais barato, mais poderoso e também expanda consideravelmente seu potencial de mercado.

Minha opinião sobre o lançamento é muito positiva e eu sigo recomendando as ações da Apple no portfólio Investidor Internacional da Empiricus. 

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