Vale (VALE3) volta a brilhar e tem ação mais recomendada para setembro; confira os papéis favoritos de 11 corretoras
Com a virada do mês, a mineradora voltou a mostrar por que está sempre no topo quando se trata da preferência dos analistas
Agosto não foi fácil para a bolsa brasileira — o Ibovespa caiu mais de 5% e ficou entre os piores investimentos do mês. Por isso, os analistas voltaram-se para uma velha conhecida dos investidores na hora de escolher as ações mais recomendadas para setembro: a Vale (VALE3).
A mineradora não deixou de sentir o peso do pessimismo que dominou o mercado no período e teve uma performance parecida com a do principal índice acionário da B3.
Mas, com a virada do mês, já voltou a mostrar porque está sempre no topo quando se trata da preferência dos analistas. Os papéis VALE3 subiram forte e registraram ganhos de 5,85% no primeiro pregão de setembro.
Além disso, investir em Vale é uma oportunidade de ter posição em uma empresa com receitas em dólar — que, ao contrário do Ibovespa, foi o melhor investimento de agosto.
Isso porque, como a Vale é uma produtora de commodities cujos preços são cotados na moeda norte-americana — especialmente o minério de ferro, matéria-prima do aço — , o dólar forte favorece as receitas.
Por falar em minério, outra fonte de otimismo para os papéis vem diretamente da China, a maior consumidora da commodity no mundo.
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O governo do país anunciou um pacote de estímulos econômicos que inclui facilitadores para a compra de imóveis. E, segundo informações da Reuters, mais medidas para apoiar o setor imobiliário — um grande consumidor de aço — devem vir a público em breve.
Além da Vale, que apareceu entre as favoritas de cinco corretoras, outros seis papéis são destaque neste mês. Com duas indicações cada, BB Seguridade (BBSE3), CSN (CSNA3), Direcional (DIRR3), Multiplan (MULT3), Petrobras (PETR4) e PRIO (PRIO3) completam o pódio de ações mais recomendadas para setembro.
Veja abaixo os papéis preferidos das carteiras de 11 corretoras:
Entendendo a Ação do Mês: todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são suas apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 papéis, os analistas indicam os seus três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com pelo menos duas indicações.
Por que investir nas ações da Vale (VALE3)?
A forte queda dos papéis da Vale (VALE3), que recuaram 5,9% em agosto, pode ter assustado muita gente.
Mas, além desse não ter sido um movimento isolado da mineradora e ter passado longe dos maiores tombos do mês, o desempenho também abre uma oportunidade para pagar mais barato nos papéis de uma empresa consolidada.
De acordo com a Empiricus, uma das casas a recomendar as ações VALE3 em setembro, o patamar de valuation atual é baixo. Principalmente quando confrontado com o nível de remuneração aos acionistas.
Vale relembrar que a companhia realizou um pagamento bilionário de proventos recentemente. A Vale depositou R$ 8,2 bilhões em juros sobre o capital próprio (JCP) — montante que corresponde a R$ 1,917008992 bruto por ação — na conta dos investidores em agosto.
O negócio realizado entre Vale (VALE3) e a Arábia Saudita pode gerar dividendos ao acionista? Veja a resposta no vídeo!
A casa de análises destaca ainda o fato de a empresa estar entre as mineradoras com menor custo na indústria. Segundo os analistas, isso significa que ela é capaz de gerar caixa e manter os dividendos mesmo quando as cotações do minério de ferro estão em níveis depreciados.
Mas os preços da commodity não devem ser um problema, segundo o JP Morgan. O banco de investimentos concorda que a Vale está barata e calcula, em relatório divulgado na semana passada, que os preços do minério de ferro devem permanecer elevados, em torno de US$ 120 a tonelada.
A tese por trás da matemática é a já mencionada perspectiva chinesa. “Enquanto o setor imobiliário tem sido lento, a China tem superproduzido aço. Como a China superproduz aço, consome em excesso o minério de ferro. E, ao contrário de 2021 e 2022, não esperamos ver uma redução da produção de aço no país”, diz o JP Morgan.
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