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Danielle Fonseca

JUROS DOS EUA NO FOCO

Por que o fundo da Verde Asset, de Stuhlberger, reduziu a exposição à bolsa? Veja as apostas da gestora 

No mês passado, as perdas do fundo Verde vieram do ouro, da bolsa local e de posições em juros em mercados desenvolvidos

Danielle Fonseca
9 de outubro de 2023
14:44 - atualizado às 16:45
Luis Stuhlberger, gestor do Fundo Verde, falando durante evento do Credit Suisse
Luis Stuhlberger, gestor do Fundo Verde - Imagem: Leo Martins

O movimento de gestoras como a Verde Asset, de Luis Stuhlberger, está sempre no radar dos investidores e, desta vez, após o desempenho do fundo Verde em setembro, a decisão foi por reduzir a posição na bolsa de valores.

“O fundo está com uma exposição menor em ações, tendo reduzido a carteira no Brasil e aumentado os hedges no mercado global”, disse a Verde, na carta deste mês.

No mês passado, o fundo Verde ganhou com a posição de inflação implícita no Brasil, nos hedges (operações de proteção) de bolsa global, no petróleo e nas posições de moedas. 

Já as perdas, vieram do ouro, da bolsa local e de posições em juros em mercados desenvolvidos.

O rendimento do fundo Verde foi de 0,85% em setembro, acumulando ganhos de 8,17% em 2023. O rendimento segue abaixo do CDI no mesmo período, que foi de 0,97% no mês passado e de 9,93% de janeiro a setembro.

O que os juros dos EUA têm a ver com a bolsa?

A própria gestora afirmou que os investidores podem se perguntar por que falar dos juros dos EUA agora se o banco central norte-americano já vem subindo a taxa há mais de um ano?

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A resposta está no fato de que só agora as taxas de longo prazo subiram de maneira significativa.

A taxa do Treasury (título público norte-americano) com vencimento de dez anos, por exemplo, subiu 46 pontos base em setembro e já acumula alta de 115 pontos base em cinco meses. 

Nos primeiros dias de outubro esta taxa ainda continuou a subir. Isso significa que os treasurys de 10 anos chegaram a beirar os 5,0% ao ano na primeira semana de outubro. Trata-se do maior patamar desde 2007, quando os Estados Unidos estavam às vésperas da crise financeira.

Essa forte alta refletiu em todos os ativos, com contratos de juros subindo em vários países, dólar avançando frente a diversas moedas e bolsas de valores caindo mundo afora.

Vale lembrar que quando os juros estão mais altos nos Estados Unidos, a tendência é que os investidores retirem dinheiro aplicado em mercados emergentes como o Brasil e em ativos de renda variável como ações — que são mais arriscados —, para investir em ativos que podem lucrar mais com esses juros, como os títulos públicos norte-americanos.

É por isso que a reação das bolsas de valores costuma ser de queda quando os juros sobem.

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Quais razões estão por trás da piora do desempenho da bolsa?

A Verde Asset também listou três motivos principais que fizeram as taxas dos Tresurys dispararem só agora e, consequentemente, impactarem negativamente as bolsas de valores e mercados de ações.

São eles:

  • Resiliência da economia norte-americana: desde o início do ciclo de alta de juros nos EUA, o mercado em geral discute uma possível recessão econômica, mas ela  insiste em não acontecer. Os dados econômicos nos últimos dois meses têm mostrado uma economia bastante pujante (embora haja bons argumentos para uma desaceleração nos próximos meses);
  • Incerteza fiscal: o aumento substancial dos déficits fiscais norte-americanos após a pandemia faz com que a quantidade de títulos que têm que ser emitida aumentasse substancialmente. Em grandes números, a quantidade em circulação de Treasurys saiu de US$ 5 trilhões em 2007 para US$ 25 trilhões hoje, e projeções conservadoras apontam que esse número vai dobrar nos próximos dez anos;
  • Oferta x demanda por Treasurys: em paralelo ao aumento da oferta de títulos, vários compradores tradicionais reduziram sua demanda. O Fed (banco central dos EUA) passou a concorrer como vendedor de títulos. Além disso, o sistema financeiro está sofrendo com maiores restrições de capital e os bancos centrais globais não acumulam reserva se o dólar se valoriza globalmente. Com as curvas de juros invertidas, outros investidores ainda acabam sendo incentivados a comprar títulos de curto prazo.

Diante desse cenário e olhando para a frente, a gestora acredita que os níveis de preço atuais (próximos ou acima de 5% em toda extensão da curva de juros norte-americana) já embutem os principais riscos.

Por isso, manteve a posição aplicada — ou seja, que ganha com taxas menores do que as esperadas pelo mercado — em juros reais nos EUA e voltou a ter posições aplicadas em juros reais no Brasil.

Impacto nos mercados de juros e ações no Brasil

A gestora de Luis Stuhlberger destacou ainda que os períodos de alta violenta de taxas de juros norte-americanas “costumam ser bastante perniciosos para mercados emergentes”, e setembro seguiu este padrão. 

A avaliação é que o cenário para o Brasil não mudou, mas as condições globais estão impondo restrições mais fortes. 

Por isso, a gestora decidiu reduzir a posição vendida no dólar contra o real. O fundo também diminuiu “marginalmente” a exposição na bolsa e aumentou o risco em juros. 

A posição em ouro, por sua vez, foi zerada, enquanto no petróleo o Verde continua com uma pequena alocação.

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