Sem tempo para esfriar o corpo! Oi (OIBR3) entra com pedido cautelar e pode se preparar para a sua segunda recuperação judicial em menos de dois meses
Hoje, uma eventual falência da Oi afetaria mais de 62 mil colaboradores, com impactos para os cofres públicos, uma vez que a companhia honra cerca de R$ 2,85 bilhões em compromissos fiscais.
Há pouco mais de um mês a empresa de telecomunicações Oi (OIBR3) parecia ter deixado para trás o período mais sombrio da sua história — o fim de uma recuperação judicial que se arrastou por mais de seis anos e que quebrou diversos recordes no país por sua complexidade e, em muitos momentos, ineditismo.
Mas, ao que tudo indica, a empresa está longe de deixar os dias de dificuldade para trás, e a batalha dos últimos anos pode ter sido apenas um prelúdio.
Isso porque, segundo informações do jornal O Globo e do Pipeline, a empresa protocolou um pedido de tutela de urgência cautelar na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro com o objetivo de preparar um novo pedido de recuperação judicial.
A reportagem entrou em contato com a 7ª Vara do RJ para ter acesso ao documento, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
Segundo O Globo, o pedido feito pela empresa de telecomunicações aponta que mesmo após sair da recuperação judicial, a estrutura de capital da companhia segue insustentável, com dívidas financeiras que chegam a R$ 29 bilhões, oriundas de "diversos fatores imprevisíveis, não controláveis, e a sua situação econômico-financeira atual tornaram imprescindível recorrer à proteção judicial para implementar nova etapa de sua reestruturação".
E pode não ser preciso esperar muito para que a situação da Oi se complique ainda mais. A petição aponta que faltam recursos para honrar dívidas de R$ 600 milhões que vencem já em 5 de fevereiro.
Leia Também
A ideia de pedir a proteção cautelar pode ter surgido após outro badalado caso de recuperação judicial que tomou conta das manchetes — a das Lojas Americanas (AMER3).
Hoje, uma eventual falência da Oi afetaria mais de 62 mil colaboradores, com impactos para os cofres públicos, uma vez que a companhia honra cerca de R$ 2,85 bilhões em compromissos fiscais.
A Oi também foi procurada pela reportagem, mas não respondeu até a publicação do texto.
Leia mais:
- CVM pede explicações à Oi (OIBR3) após ação disparar 90% em 4 pregões; acionistas querem destituir conselho
- Cercado por jornalistas, representante do comitê das Americanas fala pouco e revela menos ainda sobre investigação de rombo
Sem grandes surpresas
Apesar de ter superado a sua recuperação judicial e as ações terem reagido de forma positiva — com uma alta de quase 100% —, boa parte do mercado financeiro não estava convencido de que os tempos difíceis haviam ficado para trás.
Segundo analistas e gestores que acompanharam o processo e que foram consultados pelo Seu Dinheiro na época, o fim da recuperação judicial é sim positivo, mas a saúde financeira da companhia ainda preocupa.
Em relatório, o BTG Pactual chegou a destacar que a Oi possui uma série de outros problemas na Justiça que podem afetar o fluxo de caixa da empresa, obrigando a tele a desembolsar pelo menos R$ 1,7 bilhão ao longo dos próximos três anos.
Eles destacaram também que a companhia encerrou sua recuperação judicial com uma dívida de R$ 22 bilhões, sendo R$ 18 bilhões líquidos — isso sem contar com as altas despesas financeiras e o fluxo de caixa pressionado.
O que dizia o plano de recuperação
Vale relembrar que a recuperação judicial da Oi iniciou-se em 2016 e é considerada a maior da América Latina em número de credores. O plano da tele previa o pagamento antecipado das dívidas aos bancos, até o fim do ano, caso o volume de dinheiro em caixa oriundo das vendas superasse o patamar de R$ 6,5 bilhões — o que não aconteceu, segundo a companhia.
Esse mecanismo é conhecido como cash sweep e consta na cláusula 5.4 do plano de recuperação. Segundo o juiz, na decisão contra o pedido dos bancos, as vendas de ativos da Oi estão sendo realizadas em conformidade com os ditames do plano e não há qualquer previsão de obrigação de reserva pleiteada pelos credores, garantindo o fim da RJ.
A Oi, por sua vez, argumentou que tem obrigação legal de iniciar o pagamento aos credores apenas em 2024, se houver caixa suficiente para quitar dívidas e manter as operações.
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovic, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
