Ponte aérea sob nuvens: Após oficializar chapa Lula-Alckmin, PT busca PSB para resolver impasse
Na quarta-feira (20), o PT aprovou por 94% dos votos a chapa Lula-Alckmin na disputa pela Presidência da República

A ponte aérea Rio-São Paulo não é mais a mesma. Pelo menos quando o assunto é eleição. Na manhã seguinte à votação que endossou com 94% dos votos a chapa Lula-Alckmin à Presidência da República, conflitos entre o PT e o PSB em alianças regionais prevaleceram na Convenção do PT e da federação com o PV e o PC do B realizada nesta quinta-feira (21) na capital paulista.
No centro das divergências entre os partidos está o anúncio do PSB no Rio de que vai manter a candidatura do deputado federal Alessandro Molon (PSB) ao Senado.
Para lideranças petistas, a legenda descumpriu o acordo de retirar a candidatura para apoiar o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, André Ceciliano (PT) ao Senado.
Dirigente do PT no Rio, Washington Quaquá compareceu, nesta quinta-feira, em um hotel no centro de São Paulo, local da convenção, afirmando que levaria um recurso à Executiva Nacional do partido. A reivindicação é endossada pelo secretário nacional de Comunicação da legenda, Jilmar Tatto.
Uma ala do PT no Rio de Janeiro, inclusive, iniciou uma mobilização para retirar apoio ao pré-candidato ao Executivo fluminense Marcelo Freixo (PSB).
Questionado sobre a possibilidade de ter dois candidatos ao Senado na chapa, como já avalizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o líder classificou o cenário como "vergonhoso para o PT".
Leia Também
O novo normal durou pouco: Ibovespa se debate com balanços, PIB da zona do euro e dados dos EUA
Show de talentos na bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca
A convenção estadual, que ocorreria na próxima segunda-feira (25), foi adiada até que este impasse seja resolvido.
Lula vai sair perdendo no Rio?
Além da retirada de apoio, Quaquá ponderou que o PT pode se aliar à chapa de Rodrigo Neves (PDT), pré-candidato ao governo, e Felipe Santa Cruz (PSD), que deve ocupar a vice.
Segundo o líder, a chapa Freixo-Molon prejudica a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Rio de Janeiro por estreitar a base de apoio do petista à capital carioca e às áreas mais ricas da cidade.
"O Rio de Janeiro não é Sergipe, com todo o respeito a Sergipe, mas são mais de 10 milhões de eleitores, é um Estado central. Um erro de estreitamento da campanha do Lula no Rio pode significar a vitória ou não no primeiro turno, então precisa tratar o Rio com mais cuidado", afirmou.
As divergências no Rio Grande do Sul também estão neste debate. O PT lançou a pré-candidatura do deputado estadual Edegar Pretto, enquanto o PSB aposta no ex-deputado federal Beto Albuquerque.
Veja também: Riscos para a economia no segundo semestre
Tentando reconstruir a ponte
Apesar de levadas à convenção desta quinta-feira (21), estas divergências foram objeto de um pedido de destaque, para que sejam discutidas antes pelo próprio PT em uma reunião a ser marcada na semana que vem.
Mesmo com a maioria dos impasses estaduais entre PT e PSB solucionados, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, não descartou a possibilidade de as siglas apadrinharem projetos diferentes em determinados Estados.
Segundo Gleisi, os partidos ainda têm até o dia 5 de agosto para fechar todas as convenções estaduais.
Sobre a possibilidade de as reuniões terminarem sem a dissolução de impasses, Gleisi admitiu que existe esta chance, mas ponderou "nós temos ainda tempo para discutir isso, sou daquelas pessoas que sou otimista".
A chapa Lula-Alckmin
Na quarta-feira (20), o PT aprovou por 94% dos votos a chapa Lula-Alckmin na disputa pela Presidência da República.
O encontro em São Paulo reuniu lideranças do partido, mas não teve a presença do ex-presidente, nem de seu candidato a vice, que cumprem agenda em Pernambuco.
O ex-presidente citou um trecho da obra de Paulo Freire para justificar a aliança com o ex-governador de São Paulo — seu antigo adversário político.
"Eu li em um livro do Paulo Freire que a gente tem que juntar os divergentes para derrotar os antagônicos", disse Lula em sua conta no Twitter.
Após a declaração, ele recebeu críticas tanto de pessoas ligadas à esquerda, que ainda questionam a escolha do ex-tucano para compor a frente ampla, quanto de direita, que relembram as acusações de Lula sobre corrupção.
"E é isso que vocês precisam saber. Nós vamos consertar esse país", afirmou o ex-presidente.
Um dos fundadores do PSDB, Alckmin deixou o partido em dezembro de 2021 para compor a chapa de Lula e se filiou ao PSB.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Depois de Vladimir Putin, Xi Jinping: Lula desafia Trump e vai à China em meio a guerra comercial
O petista encerrou na manhã de sábado (10) a viagem para a Rússia e partiu para Pequim, onde começa a agenda na segunda-feira (12)
Dedo na cara: a nova crítica de Lula a Trump após viagem à Rússia e encontro com Putin
O presidente brasileiro deixou Moscou neste sábado (10) rumo a outro destino que deve desagravar bastante o republicano: a China
Uma janela para a bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de IPCA e sinais de novo estágio da guerra comercial de Trump
Investidores também repercutem a temporada de balanços do primeiro trimestre, com destaque para os números do Itaú e do Magazine Luiza
Como vai funcionar o ressarcimento após a fraude do INSS: governo detalha plano enquanto tenta preservar a imagem de Lula
O presidente do INSS, Gilberto Waller, informou que o órgão deve notificar prejudicados na próxima terça-feira (13), mas a data de início dos pagamentos ainda segue pendente
Haddad viaja à Califórnia para buscar investimentos para data centers no Brasil
Nos EUA, Haddad se encontrará com executivos de Google, Nvidia e Amazon; ministro também irá ao México aprofundar relações bilaterais
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA
Lula defende redução da jornada 6×1 em discurso do Dia do Trabalhador
Presidente diz que seu governo vai “aprofundar o debate” sobre o tema, “ouvindo todos os setores da sociedade”
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Fernando Collor torna-se o terceiro ex-presidente brasileiro a ser preso — mas o motivo não tem nada a ver com o que levou ao seu impeachment
Apesar de Collor ter entrado para a história com a sua saída da presidência nos anos 90, a prisão está relacionada a um outro julgamento histórico no Brasil, que também colocou outros dois ex-presidentes atrás das grades
Lula é reprovado por 59% e aprovado por 37% dos paulistas, aponta pesquisa Futura Inteligência
A condição econômica do país é vista como péssima para a maioria dos eleitores de São Paulo (65,1%), com destaque pouco satisfatório para o combate à alta dos preços e a criação de empregos
A resposta de Lula a Donald Trump: o Brasil não é um parceiro de segunda classe
O presidente brasileiro finalmente sancionou, sem vetos, a lei de reciprocidade para lidar melhor com casos como o tarifaço dos EUA
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Guerra comercial abre oportunidade para o Brasil — mas há chance de transformar Trump em cabo eleitoral improvável de Lula?
Impacto da guerra comercial de Trump sobre a economia pode reduzir pressão inflacionária e acelerar uma eventual queda dos juros mais adiante no Brasil (se não acabar em recessão)
Petrobras (PETR4) avança em processo para tirar ‘novo pré-sal’ do papel
Petrobras recebeu permissão para operar a Unidade de Atendimento e Reabilitação de Fauna. O centro é uma exigência do Ibama para liberar a busca de petróleo no litoral do Amapá
Com eleições de 2026 no radar, governo Lula melhora avaliação positiva, mas popularidade do presidente segue baixa
O governo vem investindo pesado para aumentar a popularidade. A aposta para virar o jogo está focada principalmente na área econômica, porém a gestão de Lula tem outra carta na manga: Donald Trump
Tarifas gerais de Trump começam a valer hoje e Brasil está na mira; veja como o governo quer reagir
Além do Brasil, Trump também impôs tarifa mínima de 10% a 126 outros países, como Argentina e Reino Unido
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Lula reclama e Milei “canta Queen”: as reações de Brasil e Argentina às tarifas de Trump
Os dois países foram alvo da alíquota mínima de 10% para as exportações aos EUA, mas as reações dos presidentes foram completamente diferentes; veja o que cada um deles disse
Eleições 2026: Lula tem empate técnico com Bolsonaro e vence todos os demais no 2º turno, segundo pesquisa Genial/Quaest
Ainda segundo a pesquisa, 62% dos brasileiros acham que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria se candidatar à reeleição em 2026
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA