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Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
ELEIÇÕES 2022

Eleições 2022: São Paulo fica com Tarcísio de Freitas; candidato de Bolsonaro vence Fernando Haddad com 55,32% dos votos

São Paulo não decidia uma eleição em segundo turno desde 2002, quando Geraldo Alckmin (PSDB) venceu José Genoino (PT)

Carolina Gama
30 de outubro de 2022
16:04 - atualizado às 22:40
Tarcísio de Freitas (Republicanos), à esquerda, e e Fernando Haddad (PT), à direita, candidatos ao governo de São Paulo
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à esquerda, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, (PT), à direita - Imagem: Moneytimes / Marcelo Chello / Montagem Brenda Silva

O Palácio dos Bandeirantes já tem um novo ocupante: Tarcísio de Freitas. O candidato do Republicanos venceu neste domingo (30) a disputa contra Fernando Haddad (PT) ao governo de São Paulo. 

Com 100% das urnas apuradas, Tarcísio recebeu 13.480.643 votos, ou 52,27%, contra 10.909.371 votos, ou 44,73%, do ex-prefeito de São Paulo — repetindo a tendência do primeiro turno, quando obteve 9.881.995 dos votos, ou 42,32%, e  Haddad, 8.337.139 dos votos, ou 35,70%. 

O estado de São Paulo não decidia uma eleição em segundo turno desde 2002, quando Geraldo Alckmin (PSDB), atualmente no PSB e vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, venceu José Genoino (PT). 

A disputa em São Paulo foi um retrato da corrida presidencial, reforçando a polarização entre os dois candidatos.

A campanha de Tarcísio e Haddad

A disputa ao Palácio dos Bandeirantes foi um retrato da disputa presidencial, reforçando a polarização entre os dois candidatos.

Enquanto Haddad fez campanha ao lado de Lula e usou os feitos como ministro da Educação do governo petista como argumento, Tarcísio de Freitas se apoiou em seu padrinho político e defendeu o governo de Bolsonaro, do qual fez parte, durante o período.

No primeiro turno, o que se viu foi Haddad e Tarcísio tentando atrair a atenção do eleitor e escantear Rodrigo Garcia (PSDB), que tentava a reeleição. 

Após deslizes em debates no segundo turno, Tarcísio mudou de estratégia, minimizando sua exposição e focando sua agenda na capital paulista, onde Haddad teve melhor desempenho no primeiro turno — o petista conquistou 44,38% dos votos na cidade de São Paulo, contra 32,56% de Tarcísio. 

Tarcísio de Freitas: de ministro a governador

Tarcísio nasceu no Rio de Janeiro e tem 47 anos. Para concorrer ao comando do estado de São Paulo, ele transferiu o domicílio eleitoral para a capital — o processo chegou a ser investigado pela Procuradoria Regional Eleitoral após contestação do PSOL. A solicitação, entretanto, foi arquivada.

Durante a campanha, Tarcísio foi alvo de ataques de adversários pelo fato de nunca ter morado no estado de São Paulo. Em entrevista à TV Vanguarda, ele foi questionado sobre seu local de votação e não soube responder.

Essa é a primeira eleição de Tarcísio. Ele saiu vitorioso com a coligação São Paulo Pode Mais, formada pelos partidos Republicanos, PL, PSD, PTB, PSC e PMN. Seu vice é o ex-prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth (PSD). 

Tarcísio, que declarou possuir bens no valor de R$ 2,3 milhões, formou-se em 1996 em ciências militares pela Academia Militar de Agulhas Negras (Aman) e passou a atuar como oficial do Exército.

Em 2002, concluiu a graduação em engenharia civil e tornou-se engenheiro do Exército. Deixou a carreira militar em 2008, com a patente de capitão, e entrou para o funcionalismo público federal.

Entre 2005 e 2006, ele foi chefe da Seção Técnica da Companhia de Engenharia do Brasil na missão de paz das Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti. 

Em dezembro de 2018, foi nomeado ministro da Infraestrutura por Bolsonaro (PL), onde ficou até este ano. Em março de 2022, se filiou ao Republicanos, partido do Centrão que integra a base do governo do presidente no Congresso.

A passagem pelo governo petista

Atualmente um dos mais fiéis aliados de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas começou sua trajetória na administração pública federal no auge da era petista.

Em agosto de 2011, no primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT), foi indicado pelo general Jorge Fraxe para o cargo de diretor-executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). 

Entre setembro de 2014 e janeiro de 2015, Tarcísio atuou como diretor-geral substituto do órgão, quando deixou o Executivo e se tornou consultor legislativo na Câmara dos Deputados. Como consultor no Legislativo, atuou na área de Desenvolvimento Urbano, Trânsito e Transportes.  

Mas seu nome despontou no governo de Michel Temer (2016-2018), graças ao avanço de uma agenda mais liberal na economia e prioridade para reformas e privatizações. 

Em julho de 2016, ele foi nomeado secretário de coordenação do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), responsável por conduzir o processo de privatizações, concessões e desestatizações de ativos do governo. Ficou no cargo até o fim do governo, em dezembro de 2018. 

Com a vitória de Bolsonaro nas eleições de 2018, o nome de Tarcísio ganhou força — o novo presidente havia se comprometido, durante a campanha, a montar uma equipe de ministros técnicos, com conhecimento e experiências nas respectivas áreas em que fossem atuar. 

Foi assim que ele virou preferência para o cobiçado Ministério da Infraestrutura, cobiçado por diversas legendas — também ajudou o fato de alguns militares convidados terem recusado o posto. 

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