Medo do Fed? Amedrontados por novas altas de juro, S&P 500, Nasdaq e Dow Jones vão ladeira abaixo
PIB dos EUA do terceiro trimestre mais forte do que o esperado jogou um balde de água fria na cabeça dos investidores, que no dia anterior celebraram a alta de 14% das ações da Nike

A leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA fez um verdadeiro strike em Wall Street nesta quinta-feira (22). O Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq foram derrubados pelo dados mais forte do que o esperado — com o índice de tecnologia chegando a cair mais de 3%.
Entre julho e setembro, a economia norte-americana cresceu 3,2% em termos anualizados. Os dados do Departamento do Comércio mostraram uma aceleração, já que a segunda leitura indicava avanço menor, de 2,9%.
O número revisado também ficou acima do previsto por analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam avanço anualizado em linha com os 2,9% da segunda leitura divulgada em novembro.
O dado derrubou o S&P 500, o Dow Jones e o Nasdaq e fez com que as ações de tecnologia fossem ladeira abaixo, liderando as perdas do dia — empresas de semicondutores como a Lam Research e a Advanced Micro Devices chegaram a cair mais de 10% hoje.
Confira a variação e a pontuação dos principais índice de ações dos EUA no fechamento:
- Dow Jones: -1,06%, 33.028,22 pontos
- S&P 500: -1,44%, 3.822,60 pontos
- Nasdaq: -2,18%, 10.476,12 pontos
- Leia também: PIB dos EUA mais forte do que o esperado derruba o bitcoin; entenda por que isso aconteceu
Por que o PIB derrubou o S&P 500 e os outros índices?
A explicação para isso não é difícil, mas escapa da lógica. Embora o dado do PIB do terceiro trimestre seja positivo, ele mantém a porta do aperto monetário escancarada nos EUA.
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O raciocínio dos investidores é o seguinte: uma economia forte, que cresce mais e acima das projeções pode ser o passe que o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) precisava para continuar elevando a taxa de juro sem causar grandes estragos.
E juro alto é inimigo das ações, já que acaba provocando uma fuga de ativos de risco para abrigos como o dólar, o ouro e títulos da dívida do governo norte-americano.
Prova disso é que os juros projetados pelos títulos de dez do Tesouro dos EUA — a referência do mercado internacional — recuaram para 3,6711% de 3,684% na noite de ontem. Os juros desses papéis caem quando o preço sobe.
O dólar também subiu um pouco lá fora à medida que a moeda porto seguro se beneficiou de uma fuga para a segurança. O índice dólar chegou a avançar 0,38%, com o euro caindo 0,26%, para US$ 1,0575.
Falando em euro, e as bolsas na Europa?
O pessimismo também deu o tom das negociações no Velho Continente. As principais bolsas europeias terminaram o dia em queda, após ganhos sólidos na sessão anterior.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 1%, com todos os setores no vermelho. Os automóveis caíram mais, 2,7%, enquanto as ações de tecnologia recuaram 2,6%.
- Londres: -0,37%
- Paris: -0,95%
- Frankfurt: -1,30%
O Stoxx 600 chegou a ser negociado em território positivo pela manhã, mas mudou com a abertura dos mercados dos EUA, com as ações de tecnologia liderando as perdas.
Entre as notícias locais, o desempenho econômico do Reino Unido chamou atenção: foi mais lento do que o esperado no terceiro trimestre do ano, de acordo com o Office for National Statistics, com o PIB caindo 0,3% entre julho e setembro em comparação com 2021.
Nos mercados da Ásia-Pacífico, as ações negociaram em alta depois de serem impulsionadas pelo otimismo em Wall Street do dia anterior.
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