Como Warren Buffett foi convencido a “pagar caro” e aumentar a aposta em ações de energia para US$ 8,5 bilhões
Apesar da disparada das ações do setor de petróleo, o bilionário investiu mais US$ 529 milhões em papéis da Occidental Petroleum, elevando a participação da Berkshire Hathaway na empresa para mais de 16%

Quem acompanha o megainvestidor Warren Buffett sabe que uma das suas mais conhecidas lições é conter o ímpeto de comprar na alta e vender na baixa. Mas, desde fevereiro a Berkshire Hathaway, a holding comandada pelo bilionário, vem comprando ações da Occidental Petroleum.
À primeira vista, o negócio parece contrariar o mantra de Buffett. Afinal, a reabertura das economias após a fase mais aguda da pandemia de covid-19 fez os preços do petróleo retomarem a trajetória de alta. Com a guerra entre Rússia e Ucrânia, a commodity disparou — analistas já preveem o barril em US$ 150 no final do ano.
As ações das petroleiras, claro, pegaram carona nesse movimento e subiram forte. Então por que um investidor como Warren Buffet aumentaria a aposta nesses papéis agora?
Em um espaço de dois dias neste mês, o conglomerado do famoso investidor pagou entre US$ 55 a US$ 56 por papel ou um total de US$ 529 milhões, elevando a participação na petroleira para 16%. Desta forma, a exposição total da Berkshire ao setor de energia passou para US$ 8,5 bilhões.
O bilionário foi contra seus próprios ensinamentos?
Com exceção da compra mais recente, que aconteceu em meio a uma queda das ações das petroleiras, Buffett aceitou pagar caro para montar a posição na Occidental, mas aparentemente ele teve uma boa razão.
A Berkshire investiu cerca de US$ 7 bilhões na Occidental entre 28 de fevereiro e 16 de março, depois investiu outros US$ 390 milhões em maio.
Leia Também
O primeiro desembolso contribuiu para que a Berkshire gastasse US$ 41 bilhões líquidos em ações no primeiro trimestre — um dos períodos de compra mais ativos de sua história.
Além das ações ordinárias, o conglomerado de Buffett possui US$ 10 bilhões em ações preferenciais da Occidental que pagam um dividendo de 8% e 84 milhões em garantias de subscrição.
A Berkshire recebeu essas garantias em troca do financiamento de US$ 10 bilhões para a fusão da Occidental com a Anadarko Petroleum, em 2019.
Essas garantias têm um preço de exercício de US$ 59,62, que excede o valor atual das ações da Occidental em quase US$ 4. Se as ações da Occidental subirem acima do preço de exercício, a Berkshire pode usar as garantias para comprar mais ações com desconto em relação ao preço de mercado, retê-las ou vendê-las com lucro.
Veja abaixo o comportamento das ações da Occidental Petroleum no ano até o momento:

A frase que fez Buffett mergulhar de cabeça na Occidental
Então por que o bilionário investidor decidiu aumentar a posição na Occidental mesmo pagando mais caro do que provavelmente gostaria? Buffett dobrou a aposta depois de ler uma transcrição dos comentários do CEO da petroleira, Vicki Hollub, durante uma teleconferência de resultados no final de fevereiro.
Hollub enfatizou que o foco era melhorar as operações da empresa exploradora e produtora de energia, pagar dívidas, aumentar dividendos, recomprar ações e gerar fluxos de caixa livres robustos e sustentáveis a longo prazo.
"O que Vicki Hollub estava dizendo fazia sentido. Decidi que era um bom lugar para colocar o dinheiro da Berkshire", disse Buffett durante a reunião anual de acionistas da Berkshire em abril.
Na ocasião, o megainvestidor afirmou que a negociação frenética das ações da Occidental permitiu à Berkshire construir uma participação de 14% em cerca de duas semanas.
Buffett disse ainda que os investidores comuns tratam o mercado de ações como um cassino e as grandes empresas norte-americanas como fichas de pôquer.
*Com informações da CNBC e do Markets Insider
Ibovespa em 150 mil: os gatilhos para o principal índice da bolsa brasileira chegar a essa marca, segundo a XP
A corretora começa o segundo semestre com novos nomes em carteira; confira quem entrou e as maiores exposições
Ibovespa fecha primeiro semestre de 2025 com extremos: ações de educação e consumo sobem, saúde e energia caem
Entre os destaques positivos estão a Cogna (COGN3), o Assaí (ASAI3) e a Yduqs (YDUQ3); Já na outra ponta estão RaiaDrogasil (RADL3), PetroRecôncavo (BRAV3) e São Martinho (SMTO3)
XP Log (XPLG11) vai às compras e adiciona oito ativos logísticos na carteira por até R$ 1,54 bilhão; FIIs envolvidos disparam na B3
Após a operação, o XPLG11 passará a ter R$ 8 bilhões em ativos logísticos e industriais no Brasil
É hoje! Onde Investir no Segundo Semestre traz a visão de grandes nomes do mercado para a bolsa, dólar, dividendos e bitcoin; veja como participar
Organizado pelo Seu Dinheiro, o evento totalmente online e gratuito, traz grandes nomes do mercado para falar de ações, criptomoedas, FIIs, renda fixa, investimentos no exterior e outros temas que mexem com o seu bolso
“Não é liderança só pela liderança”: Rodrigo Abbud, sócio do Patria Investimentos, conta como a gestora atingiu R$ 28 bilhões em FIIs — e o que está no radar a partir de agora
Com uma estratégia de expansão traçada ainda em 2021, a gestora voltou a chamar a atenção do mercado ao adicionar a Genial Investimentos e a Vectis Gestão no portfólio
Nada de ouro ou renda fixa: Ibovespa foi o melhor investimento do primeiro semestre; confira os outros que completam o pódio
Os primeiros seis meses do ano foram marcados pelo retorno dos estrangeiros à bolsa brasileira — movimento que levou o Ibovespa a se valorizar 15,44% no período
Bolsas nas máximas e dólar na mínima: Ibovespa consegue romper os 139 mil pontos e S&P 500 renova recorde
A esperança de que novos acordos comerciais com os EUA sejam fechados nos próximos dias ajudou a impulsionar os ganhos na última sessão do mês de junho e do semestre
É possível investir nas ações do Banco do Brasil (BBAS3) sem correr tanto risco de perdas estrondosas, diz CIO da Empiricus
Apesar das recomendações de cautela, muitos investidores se veem tentados a investir nas ações BBAS3 — e o especialista explica uma forma de capturar o potencial de alta das ações com menos riscos
Reviravolta na bolsa? S&P 500 e Nasdaq batem recorde patrocinado pela China, mas Ibovespa não pega carona; dólar cai a R$ 5,4829
O governo dos EUA indicou que fechou acordos com a China e outros países — um sinal de que a guerra comercial de Trump pode estar chegando ao fim. Por aqui, as preocupações fiscais ditaram o ritmo das negociações.
Nubank (ROXO34) reconquista o otimismo do BTG Pactual, mas analistas alertam: não há almoço grátis
Após um período de incertezas, BTG Pactual vê sinais de recuperação no Nubank. O que isso significa para as ações do banco digital?
FII Guardian Real Estate (GARE11) negocia venda de 10 lojas por mais de R$ 460 milhões; veja quanto os cotistas ganham se a operação sair do papel
Todos os imóveis estão ocupados atualmente e são locados por grandes varejistas: o Grupo Mateus e o Grupo Pão de Açúcar
ETFs ganham força com a busca por diversificação em mercados desafiadores como a China
A avaliação foi feita por Brendan Ahern, CIO da Krane Funds Advisors, durante o Global Managers Conference 2025, promovido pelo BTG Pactual Asset Management
Pátria Escritórios (HGRE11) na carteira: BTG Pactual vê ainda mais dividendos no radar do FII
Não são apenas os dividendos do fundo imobiliários que vêm chamando a atenção do banco; entenda a tese positiva
Fim da era do “dinheiro livre”: em quais ações os grandes gestores estão colocando as fichas agora?
Com a virada da economia global e juros nas alturas, a diversificação de investimentos ganha destaque. Saiba onde os grandes investidores estão alocando recursos atualmente
Excepcionalismo da bolsa brasileira? Não é o que pensa André Esteves. Por que o Brasil entrou no radar dos gringos e o que esperar agora
Para o sócio do BTG Pactual, a chave do sucesso do mercado brasileiro está no crescente apetite dos investidores estrangeiros por mercados além dos EUA
Bolsa em alta: investidor renova apetite por risco, S&P 500 beira recorde e Ibovespa acompanha
Aposta em cortes de juros, avanço das ações de tecnologia e otimismo global impulsionaram Wall Street; no Brasil, Vale, Brasília e IPCA-15 ajudaram a B3
Ibovespa calibrado: BlackRock lançará dois ETFs para investir em ações brasileiras de um jeito novo
Fundos EWBZ11 e CAPE11 serão listados no dia 30 de junho e fazem parte da estratégia da gestora global para conquistar mais espaço nas carteiras domésticas
Todo mundo quer comprar Bradesco: Safra eleva recomendação para ações BBDC4 e elege novos favoritos entre os bancões
Segundo o Safra, a mudança de preferência no setor bancário reflete a busca por “jogadores” com potencial para surpreender de forma positiva
Apetite do TRXF11 não tem fim: FII compra imóvel ocupado pelo Assaí após adicionar 13 novos ativos na carteira
Segundo a gestora, o ativo está alinhado à estratégia do fundo de investir em imóveis bem localizados e que beneficia os cotistas
Até os gringos estão com medo de investir no Banco do Brasil (BBAS3) agora. Quais as novas apostas dos EUA entre os bancos brasileiros?
Com o Banco do Brasil em baixa entre os investidores estrangeiros, saiba em quais ações de bancos brasileiros os investidores dos EUA estão apostando agora