A estratégia de simplificação de portfólio da Vale (VALE3) chegou às minas do Sistema Centro-Oeste. A companhia admitiu nesta sexta-feira (1) que está em "discussões avançadas" para a venda das empresas de minério de ferro, minério de manganês e de logística do complexo, localizado no Mato Grosso do Sul
Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os ativos em questão contribuíram com US$ 110 milhões (cerca de R$ 512,4 milhões) em ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado para a mineradora.
Ainda assim, para a mineradora, a "iniciativa de desinvestimento está em linha com a estratégia de simplificação de portfólio e foco nos principais negócios e oportunidades de crescimento". Para isso, a Vale aposta na alocação disciplinada de capital.
Vale (VALE3) e Elon Musk juntos?
Além da venda, a Vale também pode ter iniciado uma parceria com a Tesla, de Elon Musk. A notícia ainda não foi confirmada, mas, segundo informações da Bloomberg, a mineradora e a montadora de carros elétricos fecharam um contrato para fornecimento de níquel, em um acerto que deve durar alguns anos.
Procurada, a Vale disse que já declarou anteriormente que vende 5% de sua produção no mercado de veículos elétricos e planeja aumentar esse percentual para a faixa entre 30% e 40%.
"Como líder mundial na produção e fornecimento de níquel classe 1, estamos em conversas com partes interessadas em todos os pontos da cadeia de fornecimento de veículos elétricos, incluindo grandes fabricantes de automóveis, produtores de cátodos e de baterias para explorar possibilidade de parcerias", diz a Vale em nota.
O níquel explorado por mineradoras como a Vale é essencial para a fabricação de baterias para veículos elétricos — o principal ramo de atuação da Tesla (TSLA34).
A empresa de Elon Musk tem uma meta ambiciosa de aumentar sua produção em 50% este ano e, para isso, vai precisar cada vez mais de níquel.