De olho nas teses de ciclo doméstico, Genial elege Americanas (AMER3) como sua favorita entre as varejistas e rebaixa Magazine Luiza (MGLU3)
Entre as varejistas analisadas, Via (VIIA3) é destaque por suas medidas para enfrentar a pandemia

Conforme a inflação vai dando sinais de arrefecimento e o mercado já vislumbra juros mais baixos a partir do ano que vem, a rotação de carteiras também ganha espaço na bolsa. Aos poucos, os investidores diminuem exposição nos setores de commodities e passam a procurar boas oportunidades em papéis ligados ao ciclo doméstico, como é o caso das varejistas.
Em relatório, a Genial Investimentos detalha melhor suas visões sobre o setor, destacando que o Brasil demonstra sinais de resiliência na economia, algo que tende a beneficiar o segmento.
Para os analistas da Genial, a Americanas (AMER3) merece o destaque como favorita entre as varejistas, com preço-algo de R$28,40 para o fim de 2023 — potencial de alta de 67%.
Já Magazine Luiza (MGLU3) foi rebaixada de "compra" para "neutro", com o preço-alvo indo de R$8,00 R$5,20 — o que implica uma valorização de 24%.
Por fim, a Via (VIIA3) permanece com recomendação neutra, mas teve o preço-alvo elevado para R$4,80 — potencial de 56% de crescimento — por conta de sua melhora operacional.
De acordo com o relatório, as ações de AMER3, MGLU3 e VIIA3 já caíram mais de 80% desde o seu preço máximo, em meados de 2020, o que justifica uma revisão.
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Alguns fatores macroeconômicos também precisam ser considerados, além de juros e inflação menores, como melhora no mercado de trabalho e um reforço do Auxílio Brasil.
"Acreditamos que a inflação atingiu o seu pico em abril de 2022, quando o índice acumulou alta de 12,1% em 12 meses. Dito isso, acreditamos que o movimento é positivo para as margens brutas e operacionais das varejistas, principalmente quando incorporamos a redução nos gastos com fretes nos nossos modelos", escrevem os analistas.
No curto prazo, a expectativa da Genial é de que os juros mais altos continuem pressionando o varejo, uma vez que o setor depende de crédito e as empresas possuem altos níveis de alavancagem financeira.
No médio prazo, a margem líquida das varejistas também deve seguir pressionada pelo aumento do custo de captação enquanto a Selic não ceder, o que só deve acontecer em meados de 2023.
A história que cada varejista conta
Para os analistas da Genial, os múltiplos vistos para Magazine Luiza (MGLU3) em 2020 eram exagerados e não se repetirão. Ainda que a companhia conte com um e-commerce melhor desenvolvido do que as outras duas concorrentes, a equipe acredita que isso não justificaria múltiplos muito mais elevados para a empresa da família Trajano.
"Acreditamos que a queda do papel auxiliou o processo de normalização da precificação em valores mais justos se comparado aos outros peers, o que retira parte da margem de segurança que víamos no papel em relação ao desconto do setor de varejo pela curva de juros", diz o documento.
Assim, com a crença de que Magazine Luiza não voltará a negociar nos mesmos níveis vistos no passado, a Genial vê um caminho de correção menor para o papel na comparação com Americanas e Via.
Os analistas reforçam que o valuation atual da Magalu já precifica bem suas vantagens competitivas, como a plataforma de vendas online, o que também justifica a recomendação neutra para o ativo.
Entre os pontos de preocupação adicionais, a equipe ainda cita a produtividade abaixo do esperado para as lojas físicas, que pode prejudicar as margens da varejista.
Neste ano, os papéis da Magazine Luiza caem 42,24%, enquanto no mês a queda é de 2,34%.

Via (VIIA3) fazendo um caminho oposto
Para a Genial Investimentos, a Via hoje traça um caminho oposto ao que observamos com Magazine Luiza. Um dos destaques foi a condução do negócio durante a pandemia, já que a antiga Via Varejo não possuía um e-commerce tão bem desenvolvido quanto sua concorrente e precisou correr atrás do prejuízo.
Entre as medidas adotadas, a Via fechou mais lojas em busca de otimizar sua estrutura, que já era mais enxuta.
Assim, os analistas apontam que a varejista já entregou margens mais saudáveis antes mesmo do fim da pandemia e do período econômico mais turbulento, o que a torna mais atrativa em termos de reprecificação quando comparada com MGLU3.
Nas contas da equipe, a Magazine Luiza tem um e-commerce melhor desenvolvido e deve continuar bem pelos próximos dois anos quando comparada à Via. Porém, esta já tomou medidas para acirrar essa concorrência, que devem surtir efeito no médio prazo (entre 2 a 5 anos) e minimizar as vantagens da empresa de Luiza Trajano.
"Dessa forma, considerando a atualização dos nossos modelos de valuation, nosso entendimento é de que a Via está mais bem posicionada que o Magalu caso mantenha o ritmo de boa gestão de SG&A, otimização das lojas físicas e crescimento no marketplace, com recuperação do trade-off entre preço e volume no rebalanceamento do seu mix de produtos, com mais exposição a cauda longa, mais SKUs e uma base crescente de sellers", diz o relatório.
A única ressalva da Genial para a Via está na falta de governança corporativa da empresa.
No ano, as ações da Via recuam 41,52%, enquanto a baixa no mês é de 4,65%.

Americanas (AMER3) no topo da lista
Por fim, a Genial explica os motivos que levaram a Americanas (AMER3) a ser eleita como a favorita do setor varejista. O relatório afirma que ela é a empresa que deve se beneficiar mais da provável que da Selic no ano que vem.
"AMER3 negocia a margens, seja ela bruta ou operacional, consistentemente acima dos outros dois players (VIIA3 e MGLU3). Este é um grande diferencial competitivo da varejista e acreditamos que com as evoluções no digital (ADS ganhando escala) e em lojas físicas (BR Mania e Hortifrutti ganhando espaço), essa diferença tende a se acentuar ao longo dos próximos anos. Em nossa visão, a Americanas será a primeira varejista a atingir 15% de margem EBITDA até 2026", dizem os analistas.
A equipe da Genial ainda concluiu que o preço atual das ações da Americanas não reflete o verdadeiro valor da varejista. Assim, entre as três empresas analisadas, ela é a que tem mais probabilidades, de acordo com seus fundamentos, de voltar a negociar em seus patamres históricos mais rápido.
A recomendação ainda se baseia em um modelo de negócio menos exposto à linha branca e com mais sortimento de produtos com variado ticket médio, que ajuda a compor um mix mais atraente, além de um bom equilíbrio entre o varejo físico e digital.
Entre as poucas preocupações está a alavancagem da Americanas, que está em 3,9 vezes a dívida líquida em relação ao Ebitda.
No ano, as ações da Americanas já caem 44,76%, enquanto o avanço no mês é de 4,09%.

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