Ressuscitou? Credit Suisse tenta tranquilizar investidores sobre risco de calote e ações avançam em NY
Entre as soluções anunciadas, a instituição financeira recomprará bilhões em dívidas e venderá um famoso hotel de quase 200 anos de história
As preocupações em relação ao futuro do Credit Suisse só aumentam. Após ver suas ações desabarem a mínimas recordes na última semana devido ao crescente e elevado risco de calote, o banco suíço agora busca formas de contornar as apostas de colapso.
Entre as soluções anunciadas para acalmar os investidores preocupados com a possibilidade de calote, a instituição financeira recomprará bilhões em dívidas e venderá um famoso edifício com quase dois séculos de história.
As ações do banco operam em alta nesta sexta-feira. Por volta das 12h45, os papéis avançavam 5,36% na bolsa de valores suíça, enquanto as ADRs (recibos de ações, em português) subiam 6,37% na Nasdaq. No ano, porém, as ações negociadas na bolsa norte-americana acumulam queda da ordem de 52%.
Por que o Credit Suisse vai recomprar dívida?
Os temores de que o Credit Suisse quebre cresceram após os CDS (swaps de inadimplência de crédito) de 5 anos, que atuam como um seguro contra risco de calote, atingirem o maior nível desde 2009 na sexta-feira passada (30).
Uma semana depois, em uma tentativa de tranquilizar os investidores e reafirmar a solidez de seu balanço e força financeira, o Credit se ofereceu para adquirir até US$ 3,03 bilhões em títulos de dívida.
A oferta inclui a compra de oito títulos de dívida em libra esterlina ou euros, somando cerca de 1 bilhão de euros, e outros 12 títulos denominados em dólares, no valor total de US$ 2 bilhões.
Leia Também
Segundo o banco, o negócio busca “aproveitar as condições de mercado para recomprar dívida a preços atraentes”.
O movimento já era esperado por analistas do mercado e se assemelha à operação realizada pelo Deutsche Bank em 2016, quando o banco alemão enfrentou uma crise parecida e decidiu comprar cerca de US$ 4,7 bilhões em dívidas.
Vale destacar que o atual diretor financeiro do Credit Suisse, Dixit Joshi, atuou como tesoureiro do Deutsche.
Adeus, hotel centenário
Além da aquisição de títulos de dívida, o Credit Suisse anunciou a venda do Savoy Hotel, localizado em Zurique.
Com quase 200 anos de história, o edifício centenário foi fechado neste ano para reformas. Deveria ser reinaugurado em 2024 sob o nome de Hotel Mandarin Oriental Savoy Zurich.
Segundo informações da Reuters, o negócio poderia valer até 400 milhões de francos suíços, o equivalente a cerca de US$ 408 milhões.
"Avaliaremos cuidadosamente todas as ofertas e potenciais investidores e comunicaremos qualquer decisão oportunamente”, disse o porta-voz do Credit Suisse.
Leia também:
- Rali recente da bolsa brasileira limita potencial de ganhos do Bradesco (BBDC4) e JP Morgan rebaixa ações
- VALE3, ITUB4, PETR4 e mais: O que 28 analistas indicam comprar até a definição das eleições? Veja 11 papéis
A crise do Credit Suisse
Desde 2021, o Credit Suisse enfrenta uma série de rumores sobre a situação de sua saúde financeira. Afinal, o banco passou de um lucro de 2,7 bilhões de francos suíços em 2020 para um prejuízo de 1,6 bilhão de francos suíços no ano passado.
Isso porque, em 2021, o Credit Suisse perdeu mais de US$ 5 bilhões devido à sua exposição à empresa de investimentos Archegos, que colapsou em março. Além do escândalo, a instituição teve grande prejuízo com investimentos no grupo Greensill.
A crise resultou em uma reformulação de toda a gestão de risco da instituição financeira e em custos de litígio que seguem impactando seus números trimestrais.
Desde então, o banco suíço reformulou a equipe de administração, suspendeu as operações de recompra de ações e ainda cortou os dividendos — tudo isso para fortalecer seus balanços seguintes.
À luz de preocupações do mercado com risco de calote, o CEO do Credit Suisse, Ulrich Koerner, tentou acalmar os ânimos dos funcionários e do mercado na semana passada, mas sem sucesso.
Em um memorando enviado a funcionários, o executivo disse que o banco está em um momento crítico. Ele também prometeu alimentar o time com novas informações regularmente até que o banco apresente um novo plano estratégico no dia 27 de outubro.
De acordo com o The Wall Street Journal, a mensagem ainda destacava números sobre a operação do banco, como os ativos líquidos de alta qualidade, que estavam em torno de US$ 238 bilhões no final de junho.
*Com informações de CNBC, Reuters e The Guardian
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
