As empresas de varejo e comércio eletrônico vêm lutando contra a maré de juros altos para conter uma inflação fora de controle. A Americanas (AMER3) sentiu o peso desse cenário macroeconômico desafiador, mas ainda assim conseguiu reduzir as perdas no primeiro trimestre.
A empresa registrou prejuízo de R$ 137 milhões entre janeiro e março, uma melhora de 38,8% em relação ao resultado negativo do mesmo período do ano anterior.
O Ebitda ajustado subiu 57,9% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 660 milhões — o maior valor da história para o período, refletindo os ganhos de sinergias, das iniciativas de crescimento sustentável e da rápida evolução do plano de negócios da AME.
A receita líquida, por sua vez, somou R$ 6,7 bilhões no três primeiros meses do ano, um aumento de 28,4% em base anual.
Americanas (AMER3 ) em vendas
As vendas totais do grupo (GMV), que incluem lojas físicas e comércio eletrônico, chegaram a R$ 14,2 bilhões nos primeiros três meses de 2022, alta de 21,7% na comparação anual.
Segundo a Americanas (AMER3), esse crescimento é reflexo da boa performance em todas as plataformas de negócios, com o físico crescendo 27% e o digital, 20%.
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Até o momento foram inauguradas 28 novas lojas, totalizando 3.581 unidades, que funcionam como pontos avançados de venda, relacionamento e distribuição.
A baixa dependência de algumas categorias de tíquete médio alto, somada à alta recorrência de compras também ajudaram a impulsionar o desempenho da empresa no primeiro trimestre.
Outros números do trimestre
O resultado financeiro líquido da Americanas (AMER3) ficou negativo a R$ 462,8 milhões, crescimento de 82,3% em relação ao 1T21. O desempenho reflete basicamente os efeitos da elevação da taxa básica de juros.
O capex (investimentos) foi de R$ 448,7milhões nos três primeiros meses do ano. Já com relação ao endividamento, em 31de março, a Americanas apresentava uma posição de dívida líquida de R$ 1,6 bilhão.