Na contramão do que pensa Elon Musk, trabalhador prefere redução de salário a retorno ao presencial, segundo pesquisa
A pesquisa revela que os mais jovens chegam a considerar procurar novas vagas se forem obrigados a voltar para o presencial
O trabalho remoto virou a realidade de uma parcela da população mundial, mas o retorno às atividades presenciais entrou em xeque esta semana após Elon Musk dar um ultimato aos funcionários da Tesla que se recusarem a voltar para os escritórios.
O bilionário acredita que os funcionários “fingem trabalhar” e informou que o retorno para as atividades presenciais é obrigatório. Aos que não querem voltar, Musk sugeriu “procurar por outro emprego com mais flexibilidade”.
E é o que tem feito boa parte dos trabalhadores, de acordo com a pesquisa People at Work 2022: A Global Workforce View.
O que querem no trabalho é flexibilidade
Cerca de 52% dos entrevistados disseram que podem considerar cortes de até 11% no salário em troca de um modelo híbrido de trabalho ou mesmo mais flexibilidade em adotar atividades remotas — o conhecido home office.
Essa pesquisa soma uma tendência já apontada pelo The Wall Street Journal, que descobriu que 95% dos trabalhadores pretendem manter uma rotina mais flexível. Mudanças de horário e possibilidade de organizar melhor a agenda são alguns dos motivos destacados para preferência pelo modelo remoto.
Quanto mais jovem, mais exigente
Os recém ingressados nas fileiras de trabalho também mostram uma preferência pelas atividades remotas. Na faixa entre 18 e 24 anos, 71% consideram trocar de emprego se o retorno às atividades presenciais fosse obrigatório.
E, na contramão do que acredita Elon Musk e outros CEOs de empresas — como Jamie Dimon, do JP Morgan, e empresários do Google e da Meta (antigo Facebook) — a produtividade dos trabalhadores aumentou durante o período de atividades remotas.
Por outro lado, também é destacado que a troca de experiência com colegas de trabalho é prejudicada com a ausência dos escritórios.
Uma jogada de mestre?
A briga de Elon Musk com o home office não veio sem um motivo. As empresas de tecnologia e inovação — categoria na qual a Tesla se enquadra — vivem um momento difícil de incertezas em meio à alta de juros e crédito menos acessível.
Com o “dinheiro mais caro”, essas empresas passaram a enxergar a necessidade de enxugar quadros e ampliaram as demissões. É o que aconteceu com a Tesla e com o Mercado Bitcoin aqui no Brasil, além de outras empresas do mesmo setor pelo mundo.
A jogada de Musk pode incentivar demissões espontâneas dos trabalhadores, sem a necessidade de a empresa fazer isso, o que acarreta rescisões e outros custos. Não é possível afirmar categoricamente isso mas, dado o contexto, não se descarta a possibilidade.
Trabalho remoto no Brasil
Por aqui, os debates envolvendo o home office são restritos a pouco menos de 10% dos trabalhadores formais. Essa é a porcentagem que conseguiu permanecer em casa durante a pior fase da pandemia de covid-19.
Vale destacar que o trabalho informal no Brasil cresce a cada ano, em especial nos serviços por aplicativo, como entregas de comida e serviços de transporte. A atividade também registrou crescimento durante as piores fases do isolamento.
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