Vão devolver? Saiba por que a Oi (OIBR3) e a Vivo (VIVT3) podem pular fora da telefonia fixa no Brasil e o que darão em troca
Se devolverem a concessão ao final do contrato, em 2025, as teles terão de assumir compromissos de investimentos para levar a banda larga até o interior do País, em regiões ainda carentes de conectividade
Os smartphones colocaram o mundo na palma das nossas mãos. E com a popularização de aplicativos de troca de mensagens, é cada vez mais difícil ligar para alguém. Imagina, então, ter um telefone fixo? É por isso que a Oi (OIBR3) e a Vivo (VIVT3) estão considerando devolver a concessão do serviço ao fim do contrato.
As duas maiores prestadoras de telefonia fixa no Brasil consideram a possibilidade a partir de 2025, caso as adaptações no regime não sejam economicamente atrativas.
A Lei Geral de Telecomunicações (LGT) foi atualizada em 2019 para permitir que as empresas que fornecem serviços de telefonia fixa possam migrar, de modo voluntário, do regime de concessões (tarifas reguladas) para o de autorizações (tarifas livres).
Com a mudança, as empresas deixarão de cumprir obrigações como a manutenção de orelhões, que consome centenas de milhões de reais por ano.
Também poderão ficar com os chamados bens reversíveis - que envolvem a infraestrutura de redes e edificações envolvidos na operação de telefonia fixa e deveriam ser devolvidos à União no fim da concessão.
Não existe almoço grátis
A Oi (OIBR3) e a Vivo (VIVT3) podem devolver a concessão, mas, em troca, terão de assumir compromissos de investimentos para levar a banda larga até o interior do País, em regiões ainda carentes de conectividade.
Leia Também
O valor desses investimentos passou a ser apurado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) desde então.
A consultoria contratada pela Anatel para fazer as contas apontou que os valores consolidados envolvidos em uma eventual mudança de regime são de R$ 10 bilhões a R$ 30 bilhões em favor da União.
O número foi revelado nesta segunda pelo Valor Econômico e confirmado pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Por sua vez, as teles pedem o ressarcimento de R$ 36 bilhões sob a justificativa de prejuízos com a concessão e investimentos além dos previstos.
Esses números indicam o tamanho do descasamento de expectativas entre as partes sobre os valores na transição de regimes.
A concessão expira em 2025. Se não houver acordo para mudança, as teles consideram a possibilidade de simplesmente devolver a concessão.
O que quer a Oi (OIBR3)
Nesta segunda-feira (30), representantes de Anatel, Oi (OIBR3) e Vivo (VIVT3) participaram de um debate online sobre o tema organizado pela Federação de Call Center e Infraestrutura de Telecomunicações (Feninfra).
Na ocasião, não foram citados números envolvendo uma eventual transição de regimes.
"Esperamos poder migrar de regime, mas trabalhamos de forma contingenciada para outros cenários, como devolução da concessão se for mantido esse modelo de fluxo de caixa negativo. Esse cenário existe e não deveria ser desprezado", afirmou o vice-presidente de Regulamentação e Assuntos Institucionais da Oi, Carlos Eduardo Medeiros.
O executivo sugeriu que, paralelamente às discussões sobre o cálculo para transição entre os regimes, a Anatel comece a trabalhar na flexibilização das obrigações relacionadas à prestação de telefonia fixa.
Essa seria uma forma de aliviar o peso das operadoras e evitar a devolução da concessão em 2025.
O que quer a Vivo (VIVT3)
O diretor de assuntos regulatórios da Vivo (VIVT3), Anderson Azevedo, adotou postura semelhante à do executivo da Oi (OIBR3).
Ele disse que a companhia tem interesse em aderir à migração de regimes desde que as regras sejam justas.
"(Mudar de regime) É uma faculdade das concessionárias, mas pode não ser um objetivo final se as regras não foram razoáveis", salientou.
Azevedo lembrou que houve uma mobilização de agentes de mercado em 2019 para defender a aprovação da lei 13.789 no Congresso, atualizando a LGT.
Segundo ele, a Vivo buscará exaurir todas as possibilidades para efetivar a migração entre os regimes, mas caso isso não seja viável, a devolução da concessão é uma possibilidade real.
Oi (OIBR3) e Vivo (VIVT3) tem razão?
O conselheiro da Anatel, Artur Coimbra, admitiu que o serviço de telefonia fixa está perdendo relevância.
Ele reiterou que a ideia na migração é destinar os recursos atualmente aplicados em um serviço defasado para disseminar a internet rápida.
"Esperamos conseguir agir da maneira mais rápida possível", declarou.
Coimbra mencionou que ainda há algumas obrigações regulatórias ligadas à telefonia fixa que podem ser removidas. Mas ponderou que os bens reversíveis têm um valor importante e deverão ser trocados por investimentos relevantes.
Caso não haja interesse das teles em manter as concessões após o fim do contrato, a Anatel trabalha com a perspectiva de nova concessão, segundo Coimbra.
Durante o debate, a presidente da Feninfra, Vivien Suruagy, afirmou que "não é razoável estar nessa insegurança sobre como vai ser a mudança da concessão para autorização e se vai acontecer de fato".
Ela fechou o debate dizendo acreditar que à medida em que o processo for caminhando as partes terão mais tranquilidade para a tomada de decisão.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Bolsa Família: Caixa paga benefício para NIS final 8 nesta sexta (19)
Pagamento segue o calendário de dezembro e beneficiários do Bolsa Família podem movimentar valor pelo Caixa Tem ou sacar nos canais da Caixa
À medida que Banco Central recolhe cédulas clássicas de R$ 2 a R$ 100, as mais raras podem alcançar mais de R$ 5 mil no mercado
Enquanto o Banco Central recolhe as cédulas da primeira família do real, a escassez transforma notas antigas em itens disputados por colecionadores, com preços que já ultrapassam R$ 5 mil
MEI: ultrapassou o limite de faturamento em 2025? Veja o que fazer para se manter regularizado
Microempreendedores individuais podem ter uma receita anual de até R$ 81 mil
Entre o relógio e as malas: o que dizem as novas regras de check-in e check-out em hotéis
Portaria do Ministério do Turismo já está em vigor; norma fixa tempo mínimo de estadia, critérios de limpeza e exige clareza nos horários
Esses números nunca deram as caras na Mega da Virada; veja quais são
Histórico da Mega da Virada revela números que não apareceram em nenhuma edição do concurso especial da Caixa
Bola dividida na Lotofácil termina com 4 novos milionários; Mega-Sena e Timemania disputam quem paga mais
Prêmio principal da Lotofácil será dividido entre 4 apostadores; Timemania e Mega-Sena sorteiam nesta quinta-feira R$ 68 milhões e R$ 58 milhões, respectivamente
Caixa libera Bolsa Família para NIS final 7 nesta quinta-feira (18)
Benefício cai na conta hoje para milhões de famílias; valor pode ser movimentado pelo Caixa Tem sem necessidade de saque
Trabalhadores dos Correios entram em greve em 9 estados; entenda os motivos da paralisação
Após acordos prorrogados e negociações travadas, trabalhadores dos Correios entram em greve; Correios dizem que agências seguem abertas
Final da Copa do Brasil 2025: veja o horário e onde assistir a Corinthians x Vasco
Corinthians x Vasco iniciam nesta quarta-feira (17) a decisão da Copa do Brasil 2025, em duelo que vale uma das maiores premiações do futebol sul-americano
Fim da patente do Ozempic: quando as canetas emagrecedoras vão ficar mais baratas?
Decisão do STJ abre caminho para concorrentes do Ozempic, mas especialistas dizem que a queda de preços das canetas emagrecedoras deve ser gradual
Enel fora de São Paulo? Empresa pode ter ‘carta na manga’ contra as acusações após Ministério pedir fim da concessão; veja
Segundo o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a concessionária não tem mais condições de operar no estado depois de diversas crises, mas processo de encerramento do contrato ainda demora
Câmara aprova texto-base do projeto que reduz benefícios tributários e aumenta impostos de bets, fintechs e JCP
Os deputados agora analisam um destaque que visa retirar da proposta o aumento de impostos sobre o juro sobre o capital próprio, de 15% para 17,5%
Renegados? Veja os números que menos saíram na Mega da Virada
Histórico da Mega da Virada mostra os números que menos saíram no sorteio especial da Caixa
Teimosia faz um novo milionário na Quina em dia de bola na trave na Lotofácil, na Mega-Sena e na Timemania
Quina foi a única loteria da Caixa a pagar um valor milionário ontem, mas os prêmios de consolação da Mega-Sena, da Timemania, da Lotofácil e da Dia de Sorte deixam pouca margem para reclamação
Bolsa Família paga parcela de dezembro hoje para NIS final 6; veja o calendário do programa
Depósito do bolsa família ajuda a reforçar o orçamento em um mês de despesas maiores.Veja quem recebe e como consultar o valor
Queda da Selic em janeiro e juros a 11,5% em 2026: Fábio Kanczuk, ex-BC, diz que Copom “tirou todas as amarras” para iniciar ciclo de cortes
Segundo ele, o afrouxamento deve acontecer em janeiro do ano que vem, momento no qual o dólar estará sendo negociado abaixo de R$ 5,40
O primeiro foguete comercial brasileiro vai para o espaço — enquanto cometa 3I/ATLAS se aproxima da Terra
Brasil abre janela para o lançamento do primeiro foguete comercial a partir de Alcântara, em meio à passagem do cometa 3I/ATLAS
O que a Inteligência Artificial (IA) e a transição energética têm em comum? Ambas estão levando este metal a atingir preços jamais vistos
Ambos os temas, que podem nem sempre entrar em intersecção, têm exercido uma pressão quase simultânea nos preços do cobre, que vêm renovando máximas históricas em 2025
Ata do Copom: BC diz que manutenção da Selic em nível ‘contracionista por período bastante prolongado’ é a estratégia correta
Os membros do comitê concluíram que “a estratégia em curso, de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado, é adequada para assegurar a convergência da inflação à meta”
Lotofácil abre semana com um novo milionário; Mega-Sena corre hoje valendo R$ 52 milhões, mas pode ser superada pela Timemania
Ganhador ou ganhadora do concurso 3563 da Lotofácil efetuou sua aposta por meio dos canais eletrônicos da Caixa Econômica Federal