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Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Balanço do mês

Ouro, pós-fixados, dólar e poupança foram os únicos investimentos positivos em novembro; veja o ranking completo

PEC da Transição provocou maré vermelha entre os ativos brasileiros; bitcoin sofreu com a quebra da FTX

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
30 de novembro de 2022
19:40 - atualizado às 15:12
Dinheiro Salva Vidas - Proteção - Segurança - Emergência
Apenas quatro tipos de investimento conseguiram se salvar no mês de novembro, e foram justo as proteções da carteira. Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Novembro foi marcado por uma maré vermelha nos mercados, a ponto de apenas investimentos relacionados à proteção da carteira terem apresentado desempenho positivo no mês.

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O ouro apresentou a maior alta, com valorização de mais de 6%, em um ano que vem sendo amplamente negativo para a commodity metálica; em seguida, os investimentos pós-fixados e atrelados às taxas básicas de juros - Selic e CDI - garantiram a sua remuneração mensal de 1%, beneficiados pela taxa básica elevada, de 13,75% ao ano.

O dólar conseguiu terminar o mês com leve desempenho positivo, ao redor de 0,70%, fechando em R$ 5,29, na cotação PTAX, e R$ 5,20, no mercado à vista. Por fim, a poupança garantiu seu 0,50% mensal mais Taxa Referencial, fechando novembro com retorno de 0,61%.

A porção positiva do ranking dos melhores investimentos do mês termina por aí. O restante ficou no vermelho, incluindo as debêntures, que vinham se mostrando um bocado resilientes ao longo do ano, ainda que afetadas pela volatilidade no mercado de juros.

Na lanterna, vemos mais uma vez o bitcoin, com uma queda de mais de 15%, o Tesouro IPCA+ 2045 e o Tesouro Prefixado 2029, ambos títulos públicos longos e sem pagamento de juros semestrais. Confira o ranking completo:

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Os melhores investimentos de novembro

InvestimentoRentabilidade no mêsRentabilidade no ano
Ouro6,64%-12,42%
Tesouro Selic 20251,06%11,53%
CDI*1,02%11,07%
Tesouro Selic 20271,01%11,83%
Dólar PTAX0,72%-5,12%
Dólar à vista0,69%-6,71%
Poupança antiga**0,61%7,17%
Poupança nova**0,61%7,17%
Índice de Debêntures Anbima Geral (IDA - Geral)*-0,05%9,52%
Tesouro IPCA+ 2026-0,82%5,80%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2032-1,49%-
Tesouro Prefixado 2025-1,59%4,57%
Índice de Debêntures Anbima - IPCA (IDA - IPCA)*-1,71%4,58%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2040-2,68%2,06%
Tesouro IPCA+ 2035-2,68%-1,14%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2055-3,13%-0,24%
Ibovespa-3,31%7,03%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2033-3,86%-
IFIX-4,15%2,23%
Tesouro Prefixado 2029-4,76%-
Tesouro IPCA+ 2045-6,05%-10,48%
Bitcoin-16,42%-65,53%
(*) Até dia 29/11. (**) Poupança com aniversário no dia 28.
Todos os desempenhos estão cotados em real. A rentabilidade dos títulos públicos considera o preço de compra na manhã da data inicial e o preço de venda na manhã da data final, conforme cálculo do Tesouro Direto.
Fontes: Banco Central, Anbima, Tesouro Direto, Broadcast e Coinbase, Inc..

PEC da Transição amedronta o mercado local

Novembro foi um mês de queda da bolsa e alta dos juros futuros em todos os seus vencimentos, especialmente na parte intermediária da curva, devido a uma maior percepção de risco fiscal por parte do mercado.

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E o motivo para isso tem nome e sobrenome: PEC da Transição e sua proposta de elevar os gastos do governo, no ano que vem, em quase R$ 200 bilhões acima do teto de gastos, sem qualquer contrapartida ou nova proposta de ajuste ou âncora fiscal.

Embora o Congresso já tenha sinalizado que um valor tão alto não tem muita chance de passar, a sinalização de que o novo governo Lula será gastador e talvez sem compromisso com a responsabilidade fiscal azedou o humor dos investidores. E a falta de definição quanto a um nome para o Ministério da Fazenda só piorou a situação.

Com isso, o mercado, que antes precificava uma pausa na alta da Selic e um início de ciclo de queda da taxa para meados do ano que vem, passou a precificar uma nova alta, para mais de 14,00% ao ano.

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Para complicar um pouco mais a situação, os meses de deflação acabaram, e outubro exibiu um IPCA acima das expectativas, mostrando que a pressão nos preços ainda está por aí, devendo manter o Banco Central atento.

A alta nos juros futuros sacrificou não só os preços das ações, mas também os títulos públicos prefixados e atrelados à inflação, que tendem a se desvalorizar quando a perspectiva para as taxas é de alta.

Os prés, que não contam com o componente de proteção contra a inflação, sofreram mais que os IPCA+, indexados ao índice de preços oficial. Da mesma forma, os papéis mais longos e sem pagamento de juros semestrais têm mais risco, apresentando maior volatilidade e caindo mais nesse ambiente de incerteza aumentada.

Até mesmo os títulos privados - as debêntures - reverteram os vários meses de alta e apresentaram desvalorização em novembro, diante deste cenário de volatilidade e ajuste de expectativas nos juros e na inflação.

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Em compensação, as remunerações pagas pelos títulos públicos prefixados e indexados à inflação no Tesouro Direto voltaram a patamares atrativos para quem deseja comprar.

Covid na China provoca tensão

Quanto à bolsa, também pesaram os ruídos relacionados à China, onde ora se acredita que o governo vai suspender ou ao menos relaxar a política de Covid zero, ora esta volta a recrudescer.

No último mês, os casos de covid no Gigante Asiático aumentaram, em um novo surto, e Pequim voltou a pesar a mão nas restrições.

Só que a população começou a protestar fortemente contra a política restritiva, o que embolou as expectativas dos investidores, alimentando esperanças de que as medidas restritivas possam afrouxar em breve.

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Isso beneficiou mineradoras e siderúrgicas, que apresentaram os melhores desempenhos do Ibovespa no mês. Veja a seguir as melhores e piores ações de novembro:

Melhores ações do Ibovespa em novembro

AçãoCódigoDesempenho
GerdauGGBR431,32%
CSN MineraçãoCMIN330,74%
CSNCSNA328,38%
ValeVALE327,71%
Gerdau MetalúrgicaGOAU426,52%
BradesparBRAP424,56%
CopelCPLE612,32%
UsiminasUSIM57,19%
CosanCSAN36,41%
São MartinhoSMTO36,27%
Fonte: B3/Broadcast

Piores ações do Ibovespa em novembro

AçãoCódigoDesempenho
HapvidaHAPV3-33,97%
AmericanasAMER3-33,08%
CognaCOGN3-32,52%
ViaVIIA3-30,35%
PositivoPOSI3-29,93%
CVCCVCB3-29,85%
YduqsYDUQ3-28,70%
EZtecEZTC3-27,19%
Lojas RennerLREN3-25,70%
BRFBRFS3-25,00%
Fonte: B3/Broadcast

Política monetária americana trouxe alívio, o que segurou o dólar e fez o ouro brilhar

Nos Estados Unidos, porém, o clima foi bem diferente. A percepção de que os juros já subiram bastante e já começam a desaquecer a economia e surtir efeito sobre a inflação levou o Federal Reserve, banco central do país, a começar a sinalizar altas menores para as taxas nas suas próximas reuniões.

Com isso, as bolsas americanas fecharam novembro em alta, e o dólar terminou o mês em queda ante outras moedas fortes, o que acabou prevenindo que sua cotação também disparasse em relação ao real.

Foi por isso que, mesmo diante de uma forte alta dos juros brasileiros e uma piora no cenário fiscal, a moeda americana subiu menos de 1% por aqui.

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Já o ouro, melhor investimento do mês, tende a perder espaço quando a expectativa é de forte aperto monetário nos EUA, uma vez que, em cenário de alta dos juros, os investidores tendem a preferir se proteger em títulos públicos americanos a se refugiar no metal, que não paga juros.

Com a sinalização de que a alta nas taxas nos EUA talvez já esteja chegando ao fim, o ouro conseguiu recuperar parte da forte perda que teve neste ano.

Bitcoin vive novela à parte com a quebra da FTX

Mas essa sinalização do Fed não deveria ser positiva para as criptomoedas? Deveria, mas o bitcoin e outras criptos vivem uma novela à parte, muito sofrida, depois da quebra da exchange FTX.

A empresa, que chegou a ser a segunda maior corretora de criptomoedas do mundo, foi à lona depois que a Binance, sua concorrente, resolveu vender a sua posição em tokens proprietários da FTX, o FTT.

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Este movimento desencadeou uma crise de liquidez na empresa, evidenciando que ela não tinha como pagar resgates vultosos, o que levou a uma corrida dos clientes para se desfazerem de suas posições na corretora, gerando um ciclo vicioso.

Descobriu-se ainda que a FTX estava usando recursos de clientes para fazer operações alavancadas por meio da sua firma de investimentos, a Alameda.

A crise da FTX desencadeou ainda a quebradeira de outras empresas do mundo cripto e derrubou em bloco as cotações de diversas criptomoedas, pois quando esse tipo de evento acontece, a confiança desse mercado fica bastante abalada, e a fuga dos investidores é instantânea.

O bitcoin chegou a cair para a faixa de US$ 16 mil nos piores momentos do mês, cotação que não era atingida desde o final de 2020. Agora, no entanto, a maior criptomoeda do mundo conseguiu se recuperar um pouco, sendo negociada na faixa dos US$ 17 mil, ou R$ 88 mil.

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