Inflação no Japão — sim, você leu certo — acelera ao maior ritmo em quase 30 anos e coloca o banco central em alerta
Inflação vem acompanhada de depreciação da moeda e acende o sinal de alerta entre os analistas quanto a uma possível espiral descendente da economia do Japão
Inflação e Japão costumam ser duas palavras difíceis de se usar na mesma frase. Mas é possível que isso comece a se tornar mais comum a partir de agora.
No mês passado, o custo de vida em Tóquio cresceu no ritmo mais acelerado em quase três décadas.
Num país que desde o fim dos anos 1980 se debate para gerar inflação e superar a estagnação econômica, o resultado tende a deixar os diretores do BoJ, como é conhecido o banco central do Japão, com o coração na boca — e a pulga atrás da orelha.
A inflação e o banco central do Japão
O índice de preços ao consumidor de Tóquio avançou 1,9% em abril, na comparação com um ano antes, puxado pela alta dos preços dos alimentos.
O resultado não deixa dúvida de que a atual onda inflacionária está se convertendo em um tsunami global.
A inflação em Tóquio costuma ser vista como uma prévia do índice nacional de preços ao consumidor.
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Na análise fria dos números, trata-se da leitura mais salgada em pouco mais de sete anos.
Entretanto, excluídos os impactos extraordinários de aumentos de impostos sobre consumo ocorridos em 1997 e 2014, os preços em Tóquio subiram no ritmo mais rápido desde dezembro de 1992.
A leitura inicial é de que o indicador finalmente se aproxima da meta de inflação do BoJ, de 2% ao ano. Se o ritmo da aceleração dos preços persistir, a marca deve ser atingida em algum momento dos próximos meses.
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O que o BoJ vai fazer agora?
Se existe um banco central que entende de alívio monetário, ele atende pelo acrônimo BoJ.
Aqui no Brasil estamos habituados a ver a inflação como nociva. No Japão, o banco central move mundos e fundos — desde o fim dos anos 1980 — para gerar inflação e tirar a economia da estagnação.
Depois de passar anos e anos com a taxa básica de juro a 0%, o BoJ a levou a território negativo em 2016. E ali a mantém até hoje.
Agora, porém, a taxa de inflação se aproxima de uma meta (2%) que até a chegada da pandemia era vista como teórica, quase inatingível.
Outra questão econômica que tem sobressaltado as autoridades locais é a recente — e veloz — depreciação do iene em relação ao dólar.
"Há um risco crescente de uma espiral descendente começar, com o consumo puxado para baixo por um iene fraco e preços crescentes, o que diminui o poder de compra dos salários", disse Takahide Kiuchi, economista executivo da consultoria Nomura.
Em um momento no qual as economias mais desenvolvidas começam a abandonar a política monetária ultrafrouxa, é possível que em breve o BoJ comece a sinalizar um novo caminho para sua política monetária.
*Com informações da Bloomberg e da Reuters.
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