EUA copiou o Brasil? Ata do Fed mostra postura firme na alta de juros; veja o plano do BC americano para conter a inflação
Por aqui, o banco central brasileiro pisou no acelerador do aumento da taxa de juros há algum tempo para conter o forte aumento de preços; saiba se o banco central de lá fará o mesmo

O Federal Reserve vai usar uma dose de ataque para combater a inflação galopante nos EUA. A ata da reunião de março divulgada nesta quarta-feira (06) confirmou o que muitos esperavam: nem mesmo a guerra na Ucrânia será capaz de frear o ímpeto do Fed de subir os juros quantas vezes forem necessárias.
O banco central norte-americano vai elevar rapidamente a dose de juros na corrente sanguínea da economia dos EUA, na tentativa de obter um resultado terapêutico mais rápido: o controle dos preços — algo que o Brasil já vem fazendo há algum tempo.
Enquanto por aqui a prévia da inflação mostrou a maior variação em março desde 2015 (0,95% no mês a mês e 10,25% em 12 meses), por lá, a inflação bateu o maior nível em 40 anos.
Em fevereiro o PCE — a sigla para índice de preços para gastos pessoais, a medida preferida do Fed para a inflação — teve alta de 6,4% em base anual.
O que a ata do Fed de hoje diz
O banco central norte-americano já deu a entender que promoverá sete elevações de juros somente neste ano. Isso significa que, considerando março, o Fed irá subir a taxa básica em todas as suas reuniões em 2022.
O início desse aperto monetário veio no mês passado, quando os juros aumentaram em 0,25 ponto percentual (pp), saindo de praticamente zero e passando para a faixa entre 0,25% e 0,50% ao ano.
Leia Também
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
Na ata desta quarta-feira, o Federal Reserve mostra que não desistiu desses planos e que vai além, deixando a porta aberta para uma alta ainda maior do que 0,25 pp caso seja necessário.
"Muitos participantes observaram que um ou mais aumentos de 0,50 ponto percentual para os juros podem ser apropriados em reuniões futuras, principalmente se as pressões inflacionárias permanecerem elevadas ou intensificadas", diz a ata.
Segundo o documento, esse ajuste de 0,50 pp só não ocorreu no encontro de política monetária do mês passado por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, cujos efeitos sobre a economia dos EUA e global ainda são incertos.
A economia dos EUA está doente?
Embora a inflação esteja fora de controle para os padrões norte-americanos — lá a meta é de 2% ao ano —, a economia ainda não deu sinais de estar doente.
Segundo a ata, todos os membros do comitê de política monetária do Fed concordaram com a visão de que a economia dos EUA é forte, com um mercado de trabalho bastante aquecido — a taxa de desemprego caiu de 3,8%, o que é um nível considerado baixo, para 3,6% em fevereiro.
Porém, alguns dos dirigentes que definem a taxa de juros por lá comentaram que o aumento das incertezas, especialmente ligadas à guerra, pode levar empresas e consumidores a reduzirem os gastos.
Ainda assim, eles entendem que “os Estados Unidos têm um nível relativamente baixo de exposição financeira e comercial à Rússia e a economia norte-americana está bem posicionada para absorver choques adversos adicionais de demanda”, diz a ata.
Veneno ou remédio?
O que diferencia o remédio do veneno é a dose. Embora não esteja doente como mostra a ata do Fed desta quarta-feira (06), a economia norte-americana pode ficar.
Em um ambiente de aumento de preços desenfreado, alta agressiva da taxa de juros e incertezas da guerra, muitos analistas acreditam que o Fed pode jogar a economia dos EUA na recessão — e isso não deve demorar muito para acontecer.
O Deutsche Bank foi o primeiro grande banco de Wall Street a prever uma recessão no país.
No início da semana, o banco alemão disse que vê dois trimestres negativos de crescimento e um aumento de mais de 1,5% na taxa de desemprego nos EUA — desenvolvimentos que claramente se qualificam como uma recessão, embora moderada, segundo o Deutsche Bank.
E o Fed não vai parar por aí…
Quem pensa que o aumento sucessivo na taxa de juros é o remédio mais forte que o Fed pode usar em seu aperto monetário, está enganado.
A redução do balanço patrimonial vem aí — e logo. Segundo a ata desta quarta-feira (06), o banco central norte-americano deve começar a cortar o volume de ativos acumulados logo após a próxima reunião de política monetária, em maio.
Em março de 2020, no auge da pandemia de covid-19, o Fed mais que dobrou seu balanço de US$ 4,1 trilhões para US$ 9 trilhões via compra de títulos do Tesouro e papéis atrelados a hipotecas.
Na ocasião, o objetivo era dar suporte aos mercados financeiros, promovendo liquidez por meio dessas aquisições.
Assim que começou a normalizar sua política monetária, o primeiro passo do Fed foi encerrar com essas compras mensais de títulos do Tesouro e hipotecários. Agora, o banco central norte-americano vai reduzir o que já tem acumulado.
Ao anunciar que essa operação vai começar em breve, o Fed está dizendo ao mercado que a fonte de dinheiro fácil não só secou como agora terá mais ativos em circulação — o que, para muitos analistas, equivale a aumentos da taxa de juros.
A reação após a ata
O mercado não gostou do que leu na ata desta quarta-feira. Assim que os investidores foram tomando conhecimento do conteúdo do documento e dos planos agressivos do Fed, os índices em Wall Street reagiram.
O S&P 500, o Nasdaq e o Dow Jones aceleraram as perdas, refletindo as preocupações com as medidas do banco central norte-americano que podem colocar um freio na economia dos EUA.
O Dow Jones chegou a recuar mais de 300 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 1% e o Nasdaq recuou mais de 2%.
Para a Capital Economics, o Fed deve aumentar os juros em 0,50 pp em algumas reuniões deste ano, colocando a taxa na faixa entre 2,50% e 2,75% ano final de 2022.
Em relação ao balanço, a consultoria viu um plano menos agressivo do que se esperava, já que o banco central norte-americano terá um limite de US$ 95 bilhões ao mês até agosto.
A mesma opinião é compartilhada por Edward Moya, economista da Oanda. “Todos sabiam que o Fed estava telegrafando que a redução do balanço estava chegando e as expectativas eram de que o ritmo fosse de cerca de US$ 100 bilhões, então o valor de US$ 95 bilhões foi inicialmente visto como mais brando”, disse.
Esse país tem um trunfo para se transformar no Vale do Silício da América do Sul — e o Brasil que se cuide
Um novo polo de tecnologia começa a surgir na América do Sul, impulsionado por energia limpa e uma aposta ambiciosa em inovação.
Horário de verão em 2025? Governo Lula toma decisão inapelável
Decisão sobre o horário de verão em 2025 foi anunciada nesta terça-feira pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira
Quina 6851 e outras loterias acumulam; Mega-Sena pode pagar R$ 33 milhões hoje, mas não oferece o maior prêmio
Embora a Quina tenha acabado de sair pela primeira vez em outubro, ela já oferece o terceiro maior prêmio da noite desta terça-feira (14)
Lotofácil 3511 começa semana fazendo um novo milionário na próxima capital do Brasil
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta terça-feira (14) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3512
Brasil x Japão: Onde assistir e horário
Amistoso Brasil x Japão: canais, horário de Brasília e prováveis escalações da Seleção
Grupo SBF (SBFG3) está ‘subavaliado e ignorado’? Bradesco BBI vê potencial de 45% para a ação da dona da Centauro
Os analistas acreditam que os preços atuais não refletem a maior visibilidade do crescimento do lucro da empresa
Não é cidade nem campo: o lugar com maior taxa de ocupação de trabalhadores do Brasil é um paraíso litorâneo
Entre os 5.570 municípios do país, apenas um superou a taxa de ocupação 80% da população no Censo 2022. Veja onde fica esse paraíso.
CNH sem autoescola: Governo divulga o passo a passo para obter a habilitação
Governo detalha o novo passo a passo para tirar a CNH sem autoescola obrigatória: EAD liberado, instrutor credenciado e promessa de custo até 80% menor
Pix Automático: está no ar a funcionalidade que pretende tornar mais simples o pagamento das contas do mês
Nova funcionalidade do Pix, desenvolvido pelo Banco Central, torna o pagamento de contas recorrentes automático entre bancos diferentes
Ele foi internado em clínicas psiquiátricas e recebeu até eletrochoques, mas nada disso o impediu de chegar ao Nobel de Economia
Diagnosticado com esquizofrenia paranoide, o criador do “equilíbrio de Nash” superou o isolamento e voltou à razão para, enfim, receber o Nobel.
Agenda da semana tem reunião do FMI, IBC-Br no Brasil, Livro Bege e temporada de balanços nos EUA; confira os destaques dos próximos dias
Em meio à segunda semana de shutdown nos EUA, a agenda econômica também conta com o relatório mensal da Opep, balança comercial do Reino Unido, da Zona do Euro e da China, enquanto o Japão curte um feriado nacional
Ressaca pós-prêmio: loterias da Caixa voltam à cena hoje — e o maior prêmio da noite não está na Lotofácil nem na Quina
Quase todas as loterias da Caixa tiveram ganhadores em sorteios recentes. Com isso, o maior prêmio em jogo nesta segunda-feira está em uma modalidade que não costuma ganhar os holofotes.
Como as brigas de Trump fizeram o Brasil virar uma superpotência da soja, segundo a Economist
Enquanto os produtores de soja nos Estados Unidos estão “miseráveis”, com a China se recusando a comprar deles devido às tarifas de Trump, os agricultores brasileiros estão eufóricos
‘Marota’, contraditória e catastrófica: o que o ex-BC Arminio Fraga acha da política de isenção de IR para alguns investimentos
Em artigo publicado no jornal “O Globo” deste domingo (12), o economista defende o fim do benefício fiscal para títulos como LCI, LCA e debêntures
Município com mais ricos, BlueBank à venda e FII do mês: o que bombou no Seu Dinheiro na semana
Veja quais foram as matérias de maior audiência na última semana
Mega-Sena acumula, mas Espírito Santo ganha novos milionários com a +Milionária e a Lotofácil; confira os resultados
Duas apostas iguais feitas na pequena Santa Maria de Jetiba, cidade de pouco mais de 40 mil habitantes no interior do Espírito Santo, levaram mais de R$ 86 milhões cada uma
Será que é hoje? Mega-Sena tem prêmio estimado em R$ 27 milhões neste sábado (11), mas outros sorteios podem pagar ainda mais
Apostadores também têm outras chances de ficarem milionários com os sorteios de hoje; apostas estão abertas até as 19h nas lotéricas, no site e também no aplicativo Loterias Caixa
Felizardo do Rio de Janeiro acerta cinco dezenas da Quina e leva R$ 33 milhões para casa; veja outros resultados dos últimos sorteios
Também tem milionário novo no pedação em São José dos Pinhais, no Paraná, onde um apostador acertou as dezenas da Dupla Sena
Esse paraíso dos ricos e bilionários já pertenceu ao Brasil e está mais próximo do que você pensa
O país vizinho ao Brasil combina incentivos fiscais e qualidade de vida, atraindo cada vez mais bilionários.
Hora de comprar uma casa própria? Caixa voltará a financiar 80% do valor dos imóveis
Antes do anúncio do novo modelo de crédito imobiliário, limite de financiamento era 70%